sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Caros Colegas.

A chegada de um novo ano sempre renova as esperanças nos nossos corações e mentes. Por isso fazemos votos sinceros:

Que esse de 2011 nos traga os meios enviados por Deus para suprir nossas carências e necessidades materiais.

Que o Criador continue olhando pelo nosso espírito e nos faça ver o próximo com mais compreensão e amor.

Que a caridade, o respeito e a humildade prevaleçam como sentimentos a nos guiar no trato com os nossos semelhantes.

E que a busca pelo bem estar dos que de nós dependam permaneça acima dos nossos próprios interesses, pois ao servirmos seremos servidos na mesma proporção do nosso empenho, pela satisfação do dever cumprido com a Graça Divina.

Feliz Ano Novo a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 31/12/2010.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AAPPREVI e a ADIN

Curitiba (PR), 29 de dezembro de 2010.

À
Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil - FAABB

Prezados Senhores.

Seguidas vezes dirigimos alertas à Presidente dessa Federação no sentido de não aceitar incondicionalmente a Resolução 26 como base legal para distribuição do Superavit da PREVI. Em que pese a veemência dos nossos apelos, a Presidente Isa Musa de Noronha achou por bem acompanhar os demais convocados para compor o quadro de negociadores nessa questão, assinando Memorando de Entendimentos com teor vago e comprometedor pelas cláusulas estipuladas.

Com base nesse acordo que reputamos espúrio, o Banco do Brasil se prevaleceu da autorização que lhe foi dada, em nome do universo de participantes representados pelos Dirigentes assinantes do compromisso, para assenhorear-se de 50% do patrimônio da PREVI, mesmo sem apoio na legislação vigente.

Tivesse a Presidente Isa Musa de Noronha cumprido diligentemente o seu papel, negando-se a assinar aquele documento, forçosamente o rumo dessa história teria sido modificado tomando a direção correta da legalidade.

Calcados na certeza de que aquele ato redundará em prejuízo permanente aos seus representados, na qualidade de componentes das Associações de Aposentados afiliadas, a AAPPREVI vem respeitosamente solicitar suas providências para reverter a situação criada por essa Federação, na pessoa de sua Presidente.

Deste modo, encarecemos ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) denunciando a ilegalidade da Resolução CGPC N° 26, de 29/09/2008, de modo a impedir que o patrocinador (Banco do Brasil) se perpetue consumindo o patrimônio da PREVI ilegalmente.

Por oportuno, cumprimos o dever de informar que este pedido está amparado no que preceitua a Constituição Federal:

Art. 103. Podem propor a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004);

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (entre outros).

Para tanto, a AAPPREVI coloca-se à disposição dessa ilustre FAABB aportando os recursos ao alcance, seja prestando orientação efetiva através da Assessoria Jurídica, seja com aportes financeiros para suportar as despesas a serem rateadas entre suas dignas afiliadas.

Pela premência exigida na assunção dessa responsabilidade, pedimos pronta resposta à presente, pois temos contas a ajustar com os nossos associados relativamente ao impasse criado pelo inadequado comportamento da sua Presidente.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo da AAPPREVI
Associação dos Assistidos, Aposentados e Pensionistas do Plano de Benefícios N° Um, da PREVI

Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR) - 29/12/2010.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Presa fácil

Caros Colegas.

Conhecemos bem com quem lidamos, por isso mesmo é de estarrecer o comportamento “ingênuo” dos que decidiram pela distribuição do superavit do modo em que foi imposto. Não há desculpa palpável sob a ótica da boa fé para explicar a aceitação do termo de doação posto à mesa pronto e acabado para assinatura. E que, sem contestação, foi aceito e assinado pelos nossos tarimbados representantes, todos com mais de trinta anos de experiência no trato com o dono do dinheiro.

Quando na ativa, conhecemos e aplicamos os métodos poucos ortodoxos usados pelo Banco do Brasil para conduzir seus negócios na área comercial. Os seus contratos, chamados mútuos, são normalmente abarrotados de normas e regras escritas em linguagem dúbia para confundir a outra parte, numa inteligente redação contendo termos e expressões que deixam subentendido nas entrelinhas que o mutuário aceita incondicionalmente subjugar-se à vontade do Banco. E isto nos acompanha na aposentadoria quando contratamos empréstimos de toda ordem: Cheque Especial, CDC, Seguro, Renovações, Composições, etc.

Neste contrato de agora não foi diferente embora aos mutuários fosse dado o direito de modificar a redação, coisa inusitada e de cuja prerrogativa eles abriram mão – não se sabe sob quais condições. Mas os técnicos não precisaram se esmerar no texto, pois fizeram um trabalho elementar porquanto se destinava a mutuários de pouca experiência, supõe-se. É isto que remete ao entendimento de que houve consenso na aceitação do engodo.

É sabido que o necessitado por aporte financeiro quando procura o Agente para pleitear benefícios o faz quase que em desespero. Daí a posição do Banco de senhor absoluto da situação para conduzir o negócio num plano inclinado que leva o resultado aos seus cofres, deixando o mutuário com a ilusória sensação de que foi bem atendido. Ao contemplado resta aceitar os termos e ficar amarrado ao seu benfeitor – que supostamente o tirou do aperto.

O acordo assinado pelos entendidos no caso presente é eivado de segundas intenções, marca registrada do BB, pois ali nada está claro. São linhas escritas de modo a permitir a interpretação que o Banco e a Previ queiram dar à doação dos 7,5 bilhões de reais, extraídos fraudulentamente do patrimônio do PB1. O compromisso foi assumido sob o artifício de que permitem aos donos do superavit usufruir da metade dele como se fora favor supremo, o que oficializa a rapinagem da outra metade.

Nesse contrato está dito como o Banco determina à Previ fazer concessões financeiras aos seus participantes, mas sem se deter em pormenores técnicos e práticos que suportem a destinação de modo claro. Todo o conteúdo dá margem à desconfiança na interpretação, mas por enquanto vamos nos dedicar a três itens apenas:

a) - Benefício Especial Temporário de 20%. Depois de feitos os cálculos ele se reduz consideravelmente. Além de não incidir sobre a parcela do INSS – o que vai de encontro à finalidade do Plano que é complementar aposentadoria - há que se deduzir os descontos de IR (27,5% para muitos) e da CASSI (3% para todos). Também não está implícito se incidirá o percentual de Pensão Alimentícia. Portanto, em se considerando mais esse abatimento (20% de PA) o alardeado beneficio cairá para menos de 10% para tantos que se enquadrem assim.

b) – Antecipação de 12 parcelas do benefício. Aqui se constata mais riscos iminentes. Por que não se usou o termo “retroação”? Uma vez que o superávit sob distribuição refere-se ao acumulado até 2009, perde-se todo o ano de 2010 sem recebimento algum. De se notar que as “negociações” arrastaram-se durante todo o ano de 2010, e o Banco já contabilizou sua parte. Se não bastasse esse “prejuízo”, a declarada “antecipação” pode ter uma de duas interpretações: ou refere-se ao último dos exercícios prometidos e aí o pagamento fica reduzido em sua extensão, ou pode ser entendido como o pagamento antecipado de todo o exercício de 2011. Neste caso, a PREVI poderá atribuir-se o direito de nada pagar durante o ano de 2011 (o da antecipação).

c) “A manutenção do Benefício Especial Temporário estará condicionada à existência de saldo disponível no fundo previdenciário específico”.
Ora, se cálculos foram feitos para suportar esses pagamentos, como em algum momento poderá não haver saldo disponível? Em quais circunstâncias o dinheiro poderá acabar antes do tempo? Por culpa de quem ou do quê? E por que não foi dito o mesmo com relação à parte do Banco?

Por tudo isto, é de se lamentar que nada tenha sido aquilatado pelos experientes negociadores que se deixaram (?) iludir pelo ladino Banco do Brasil, ao impor o contrato faccioso. Tivesse o documento merecido acurada leitura, como era de se esperar, de modo elementar poderiam ter exigido novo e mais explícito texto.

Esperemos que as distorções sejam corrigidas e que os temores registrados não se confirmem, para evitar mais transtornos e dissabores. O importante agora é aprendermos a lição no esforço de passar de ano e ocupar novas salas. E que no currículo seguinte mereçamos a orientação de outros professores – mais hábeis e interessados em prestar assistência e ajuda aos seus “alunos”.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 27/12/2010.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Caros Colegas.

Durante todo este ano de 2010 recebemos a visita diária de inúmeros colaboradores sob o permanente olhar dos seguidores, trazendo suas mensagens de solidariedade e companheirismo. Hoje invertemos a via de comunicação e o Blog Previ Plano 1 pede licença para penetrar no mundo particular de vocês.

Na impossibilidade de dar um respeitoso abraço em cada um, pela distância que nos separa, elevamos nosso pensamento ao Criador pedindo abençoar uma viagem virtual para transportar na bagagem os mais sinceros votos de paz, harmonia e prosperidade, fazendo com que este seja um

Feliz Natal para todos:

Ademar, Ademir Peruzzolo, Airton Portilho, Alcides Maurício, Alencar de Castro, Alexandre Ostramari, Amadeu Tamandaré, Ana Lúcia, Ana Maria, Ana, Anderson, Ângela, Anônimos, Antonia, Antonio Eustachio, Antonio J. Carvalho, Ari Zanella, Aristophanes, Ary Taunay, Áurea, Beatriz, Bruno Baumgartem , Carlão, Carlos Félix, Carlos Norberto Kasper, Carlos Quintela, Carlos Roberto Magna, Carlos Valentim, Carmen, Célia, Célida, Charles Donald, Chico Silva, Cidimar Alves, Claudemir Dalmenico, Cláudio Pavan, Cláudio, Corila, Daisy, Dantas, Darcy Ferreira, Denise, Dilson, Ed (blog), Edgardo, Edinalva, Eduardo Köhler, Elaine, Elenita, Eliana Maria, Eliana, Elias, Eliete, Elis, Elisângela, Elizabete, Elizabeth, Elvira, Ênio, Ernesto, Euclides, Eusébio Mesquita, Evandro Vilela, Faraco, Fernando Toscano, Flávia, Francisco Rodrigues, Gasampa, Geny, Geralda, Geraldo Guedes, Gilvan Rebouças, Giongo, Guilherme, Gustavo Patu, Hamilton, Helenice, Heleno Pinto, Hélio Teixeira, Henrique Soares, Heráclito, Heraldo Nóbrega, Holbein, Ina, Inês de Lima, Irailva, Isa Musa, Iuri, Ivan Rezende, Jader, James Paiva, Jander, Jane Torres, Janussa, JBMonteiro, Jeanne, Joana, João Batista, João Carlos, João José Junqueira, João Rossi, João Santana, Joaquim Luiz, Jonas, Jorge Teixeira, José Adrião, José Álvares, José Aristophanes, José Carlos Ferrari, José Domingos, José F. Rovere, José Heitor, José Luiz da Silva, José Luiz, José Roberto Eiras, José Roberto, José Tadeu, Juarez Barbosa, Julita, JVasconcellos, Langoni, Laninha, Laura, Lázara, Leda Goellner, Leomax, Leonardo Gondim, Lízia, Lorena, Lourdes, Lourdinha, Lourival de Souza, Luis Eustáquio de Castro, Luiz Augusto, Luiz Carlos dos Santos, Luiz Edmundo Baptista, Luiz Herculano, Luiz Parussolo, Luiz Portilho, Maciel, Manoel Sales, Marcelo, Marco Antonio, Marco Aurélio Damiano, Marco Júlio, Marcos Francisco, Margarete, Margareth, Maria Antonia, Maria Claudete, Maria de Lourdes, Maria do Carmo, Maria do Socorro, Maria Eleonora, Maria Elizabeth, Maria Francisca, Maria Helena, Maria Inês, Maria Joana, Maria José, Maria Lúcia, Maria Regina, Maria Rosa, Maria Sílvia, Mariano Branquinho, Mariete, Marivalda, Mary, Maurício Furtado, Maurício, Mauro, Mesquita Santana, Mesquita, Milton, Mirian, MLUGarcia, Moacir Júnior, MSA Sousa, Nelson Campos, Nelson, Neuza, Nilda, Odair Pedro, Odilardo Carneiro, Onival Celestino, Othon Freitas, Paraguassú, Passavais, Paula Regina, Paulão, Paulo Assunção, Paulo Beno, Paulo Borges, Paulo Cezar de Tarso, Paulo Motta, Paulo Segundo, Pedro Paim, Pedro Paulo, Plínio, PRCirne, Raul Avellar, Ravacci, Roberto Abdian, Ricardo Annoni, Rita de Cássia, Roberto Tiné, Roberto Varella, Rogério Carvalho, Rosa Maria, Rosalina, Rubem Tiné, Russel Furtado, Sandra Rebeca, Sandra, Sérgio Cidade, Sérgio Figueiredo, Sérgio Inocêncio, Sílvia, Socorro Aragão, Solonel, Sônia, Tereza Cristina, Terezinha, Tollendal, Uita, Vânia Alencar, Vânia, Vera Lúcia, Viana, Wagner Cardoso, Wanderley, Wânia, Washington Lopes, Welington Mesquita, Wilson Luiz, Zaidan.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 24/12/2010.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pobres coitados

Caros Colegas.

Fico em dúvida a quem dirigir o rótulo de coitados. Se aos participantes do PB1, ou se aos Dirigentes da PREVI. Felizmente o dicionário dá duplo sentido ao termo, por isso posso atribuí-lo sem constrangimento.

Nós, aposentados e pensionistas que dependemos da PREVI, somos coitados pelo sofrimento que amargamos sob o jugo dos seus desalmados e insensíveis dirigentes. Estes, por sua vez, merecem ser tratados de coitados no entendimento de que são uns desgraçados e infelizes.

No momento em que todas as famílias merecem partilhar do festivo espírito do Natal, nossos dependentes se quedam na incerteza do cumprimento de promessas feitas. Hoje, véspera da data magna da cristandade, quando os corações anseiam por paz e tranqüilidade, muitos carregam um sentimento de impotência e de frustração por não usufruir dos poucos recursos que lhes são devidos. Por sádica determinação de uns poucos – ou por falta desta mesma determinação – estamos impossibilitados de prover um Natal digno de ser comemorado. Não que o dinheiro prometido seja imprescindível para superar o momento, pois nem todos contavam com isto, ou disso precisem para se suprir. Mas promessa é dívida, e em cima do que nos é prometido temos o direito de prometer também, aos outros e a nós mesmos.

Também, há que se pensar na grande massa de iludidos com as promessas saídas de bocas que mastigam ouro e cospem amargura. Os colegas de poucas posses, por auferirem parcos proventos, contam com o dinheiro prometido como recompensa pela fidelidade do crédito dado aos infelizes manipuladores da vontade alheia, que usaram de subterfúgios e argumentos deturpados para servir aos seus senhores. Prometeram distribuir pão e vinho para a ceia do Natal e jogam nas mentes esperançosas a dúvida da desinformação. Semeiam a necessidade da busca por certezas e dão margem a que arautos do desespero tentem socorrê-los na tentativa de satisfazer seus anseios de esperança, aumentando assim o descompasso do bom assedio aos canais de informação que tratam do assunto. Com isso somente aumenta o quase desespero pela ausência de informações concisas e confiáveis.

No entanto, essas informações determinantes estão na vontade de uns poucos que as dominam. E por conhecê-las as manipulam ao sabor do sadismo do seu procedimento condenável, talvez pelo prazer masoquista de infligir dor, para tirar proveito ao anunciar a esperada notícia do crédito quando bem lhes aprouver - com o pensamento voltado para próximas votações.

A PREVI, através de sua cúpula, sabe tudo a respeito das liberações dos tostões direcionados aos participantes, como distribuição de parte do superávit. A pauta da consecução das autorizações para determinar o crédito dos valores já está definida. Tanto é que já cumpriram uma seqüência do acordo fajuto.

É sabido que a incorporação das duas verbas ao contracheque de dezembro teve a motivação de proporcionar a incidência dos 20% sobre esses beneficiários, num segundo momento. Portanto não resta dúvida que a direção do Órgão se armou da garantia e segurança de que já pode fazer todos os créditos. E se assim é, já tem as datas agendadas.

E por que não divulgar essas datas? Por que não efetivar os créditos restantes, atrelados ao mesmo compromisso?

Melhor seria declarar que a esmola somente estará disponível na folha de janeiro. E se é intenção liberar ainda em 2010 que determine a data, porquanto ela é conhecida pelos poucos coitados, infelizes e desgraçados dirigentes da PREVI.

Feliz Natal a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 23/12/2010.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Oposto

Caros Colegas.

Desde que fundei o CANAEL cultivo outra lista que lhe serve de oposto, pois esta é bem menor que a outra, mirrada até. O Cadastro se presta a mostrar uma mistura de nomes bons e ruins para ocupar cargos nas Entidades que nos servem, como aposentados e pensionistas. E lá estão colocados para ser vitrine ao olhar crítico dos eleitores interessados. Já a minha outra lista, sem título ainda, é uma pretensão de registrar somente bons nomes para concorrer a esses cargos, notadamente na PREVI e CASSI, e até mesmo na AAPPREVI, pois pretendo cumprir bem o meu mandato e entregar o boné à cabeça que lhe assente.

Ironicamente as duas relações crescem guardando sua característica primeira – o oposto. Enquanto o CANAEL a cada dia recebe acréscimos, o rol dos bons diminui, para minha tristeza. No momento em que necessitamos urgentemente apresentar vultos para compor novo conjunto de “negociadores”, me deparo com o temor de que possa repetir o engano da última escolha quando, por erro de avaliação, enalteci quem não merecesse tamanho empenho. E a dúvida recai também entre eminentes formadores de opinião, cuja postura e comportamento recentes me abriram os olhos para critérios defendidos.

Posso estar redondamente errado, mas guardo a opinião de que quem tem seguidores, seja por admiração ou por respeito, não pode defender posições pessoais. Essas figuras emolduradas precisam sobrepor-se aos problemas que enfrentam e visar o coletivo, atentando para o que melhor possa ser recomendado - ou calar-se, para não dar maus exemplos.

Ninguém tem culpa se hoje não tenho um teto para deixar aos meus dependentes, seja por qual razão for. Nenhum deles morrerá se não tiver um imóvel, de papel passado, para morar. Pois mora-se em qualquer lugar desde que se garanta a vida: pode-se sobreviver numa caverna, na rua, sob a ponte, no topo de uma árvore ou até mesmo dentro de um tonel, se bem que esse tipo de moradia hoje em dia não encontrará habitante – foi inventada por um sábio como hoje não mais se encontra. Não se morre por falta de cobertura. Mas morre-se de fome.

Ninguém igualmente é culpado por eu não ter uma farta ceia de Natal, por isso não posso pensar somente na minha Ceia. Posso comer uma ceia normal, como a de todos os dias, de todos os anos, desde que conte com recursos para mantê-las juntamente com todas as outras refeições até meus últimos dias, e dos que de mim dependam.

Por isto está difícil manter minha pequena lista de bons nomes. Ultimamente tenho tirado de lá mais do que colocado, e ela diminui assustadoramente. Para que possa mantê-la peço a ajuda de todos os freqüentadores do Blog Previ Plano 1: apontem nomes que sejam verdadeiramente confiáveis. Mas, por favor, não me venham com nomes viciados, repisados e comprovadamente inservíveis pelo passado recente, e que repudio.

Por esses não moverei uma palha. No entanto, do mesmo modo que elevei quem me traiu, proclamarei aos quatro ventos as qualidades de quem for unanimidade nos conceitos primários a contemplar uma liderança: honradez, lealdade e desprendimento por amor ao próximo. E que mantenha a visão no bem estar futuro de todos os aposentados e pensionistas do PB1, esquecendo a si como unidade carente, mas se incluindo no coletivo necessitado.

Feliz Natal a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 21/12/2010.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Egoísmo

Caros Colegas.

Tenho plena consciência de que o mundo não acabará em mim. O meu mundo é que findará comigo. Por isso fecho os olhos para minhas mazelas, que são cuidadas, e os abro para o futuro de quem fica. Tenho 71 anos e uma família a cuidar, agora e depois da morte. Sou responsável pelo que criei e ao assumir esse compromisso não foi com um contrato com prazo de validade. A família é formada a partir de um gesto de amor desprendido, e não pode ser abandonada à própria sorte quando o fato gerador deixar de existir.

Se o passar do tempo nos dota de experiência, o peso dos anos por vezes nos torna egoístas. É sabido que a velhice é o termômetro que mede a temperatura da paciência e da tolerância. No entanto, o universo do idoso se encurta com o acúmulo dos anos vividos, se atrofia e o sufoca. Por isso, em momentos decisivos que envolvam sua subsistência ele é levado a duvidar de si mesmo, da sua capacidade de amar no presente e depois da morte. E, assim, cala o coração e fala pelo bolso, pois o instinto de preservação se manifesta fazendo-o esquecer o compromisso assumido com sua alma, olvidando que a família não pediu para ser formada e que ele responde pelo seu bem estar em vida e depois dela. E se não há chances de continuar a dedicação após o seu fim, cabe-lhe esforçar-se ao máximo para que não sofram materialmente por culpa de suas atuais negligências – ou do seu egoísmo.

O egoísmo é um sentimento condenável em toda a vivência do indivíduo, ainda que tolerado em certa fase irresponsável da rota cumprida. Mas na velhice, a idade da razão, é inadmissível essa postura mesmo em se olhando para o bolso vazio. Na hora de pensar entre o seu futuro e o dos seus espera-se que fique com o mais duradouro, até porque o seu futuro já chegou. De nada adianta findar-se de burra cheia cortando as perspectivas de bem estar dos que ficam. E é bom lembrar que mortalhas não têm bolsos, nem existem ataúdes com gavetas.

Nesta negociação recém concluída é de se supor que quem dela cuidou fechou os olhos para o amanhã, assinando no escuro uma promessa de ganhos imediatos. Trocaram um patrimônio inteiro por sua metade, firmando ainda um compromisso de que seu crescimento ficará destinado na mesma proporção. Já se fala em novas tratativas para cuidar de benefícios e até cifras são citadas para distribuição, mas corremos risco de amargar novos prejuízos se deixarmos o mesmo grupo cuidar do assunto. Se eles já estão comprometidos como poderão mudar a postura? Afinal, acordos assinados devem ser cumpridos. A não ser que se revoguem os seus termos por indevidos – ou por desqualificação dos acordantes.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 19/12/2010.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Laranja podre

Caros Colegas.

É tempo de cuidarmos de nós e do que teremos que plantar e colher. Na gleba em formação é preciso adubar o solo, escolher boas sementes e não olvidar a época do plantio. E sabemos que um fruto podre contamina todo o cesto. Por isso vamos limpar o balaio e ir além. Devemos cuidar para que todo o celeiro seja desinfetado para expurgar os bichos peçonhentos instalados: escorpiões, lacraias, cobras e lagartos.

É necessário tirar o mau cheiro - a inhaca deixada para atrair de volta os urubus, abutres e carcarás. Também devemos erguer uma paliçada em torno para inibir o assédio de ratos, raposas e hienas, não nos esquecendo de assear as cercanias para eliminar o lamaçal onde chafurdam porcos e crocodilos em nojenta promiscuidade, nesse zoológico de bichos alheios à nossa fauna. Não podemos correr o risco de perder nova colheita.

Não podemos esquecer que agora somos meeiros da terra antes somente nossa, por força de grilagem urdida pelo novo sócio. E este incluiu na bandeja das iscas com que nos engrupiu uma negociação a partir de janeiro, talvez para nos passar a perna novamente. Então cuidemos em trabalhar direito para participar com boas propostas e bons nomes, sabendo de antemão que até prova em contrário nada do que aí está merece a menor confiança, pelo desastre que nos foi imposto descaradamente, pois cesteiro que faz um cesto faz um cento.

Escudados nas armas adquiridas no plebiscito recente vamos formar nossa tropa de choque para novo combate. Agora somos veteranos nessa arte, porquanto saímos incólumes e estamos mais fortes, mais unidos e mais experientes. E, melhor informados, temos alto cacife para exigir mudanças e impor nomes. Bons nomes tirados das nossas fileiras deverão substituir os inconseqüentes que serão retirados sob a pressão de argumentos irrefutáveis. Com a conjunção de blogs, formadores de opinião e articulistas consagrados nós seremos imbatíveis na tarefa que estamos abraçando – limpar o terreno das ervas daninhas e guardar os silos ainda abarrotados da “erva”, no bom sentido.

O tempo não espera. E a época do amanho chegou. Mãos à obra, todos, contando agora com a nova força agregada pelo maior número de aposentados e pensionistas do PB1, que não podem se iludir com as migalhas jogadas sobre a mesa do Natal.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 17/12/2010.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fazer o quê?

Caros Colegas.

Os Blogs e espaços afins tiveram seus dias de glória enquanto durou a expectativa em torno da votação da consulta. Talvez aí esteja a única coisa boa a se festejar. Não que se tenha usado factóides para a sobrevivência de nenhum deles. Sobreviverão com qualquer assunto depois desta temporada de caça aos bilhões – ou aos tostões. Isto porque conseguiram acordar milhares de aposentados e pensionistas até então dormindo sobre o colchão da ilusão, e que doravante estarão atentos para fatos da mesma natureza.

Já não cabe agora apontar vencedores ou vencidos entre os eleitores que determinaram os números finais. Cada um teve a sua motivação, e a complexa natureza humana não pode ser avaliada pelo resultado de um pleito qualquer, mesmo que envolva a sobrevivência financeira de quantos estiveram concentrados nessa querela.

São muitos os aspectos envolvidos no resultado a que se chegou, mas uns poucos foram determinantes, valendo a pena enumerar alguns deles para servir de parâmetros futuros: o início de tudo, isto é, a criação da Resolução 26; o paciente e eficiente trabalho de lavagem cerebral desenvolvido pelo “trio maravilha” Governo/BB/PREVI; o estado de quase penúria da parte mais fraca na disputa e, por fim, o alheamento sem culpa de enorme parcela de assistidos.

Primeiramente há que se tirar o chapéu para a magistral trama engendrada pelo lado forte da contenda. O patrimônio da PREVI aguçou a cobiça do governo que fabricou a Resolução jogando-a no colo do Banco. Este, escolhido para gerir a “coisa” usou o Fundo como fonte de recursos para inflar seus balanços. Com inteligentes manobras contábeis foi lapidando seu diamante atuarial até transformá-lo em moeda sonante na etapa decisiva. Muito antes disso passou a “fabricar” dividendos para seus acionistas, entre eles o seu maior investidor – o governo – e para cumprir obrigações trabalhistas com a distribuição de PLR aos seus funcionários da ativa, contando com um dinheiro inexistente.

Concluída a gema restava tirá-la do cofre em que estava guardada. E veio a jogada de mestre. Durante todo o exercício de 2010 o Banco botou seu bloco na rua com a ordem de levar pão e circo ao seu público, mas não nessa ordem. O circo mambembe percorreu todo o país consubstanciando a etapa de convencimento de que havia muito dinheiro para distribuir e que metade dele lhe pertencia. Depois cuidou de botar as pessoas certas nos lugares certos para carimbar o desenlace - e foi empurrando o desfecho até o momento propício. Esgotadas as paciências e roncando as barrigas foi desferido o golpe fatal: às vésperas das Festas de fim de ano, bolsos vazios e bocas famintas, ribombou a sublime oferta com o uso de “legítimos representantes” da grande massa de necessitados.

Foi aí que o Rei lançou seu édito em direção aos súditos: dou-lhes metade dos bilhões do superavit da PREVI em troca da outra metade – e de todas as metades futuras. É pegar ou largar. Pegaram!

Resultado, 80% dos consultados deram seu veredito: prefiro a metade agora ao todo depois, sem data definida. Portanto, palmas para os dignos dirigentes do Banco e da Previ que souberam escolher a dedo os representantes dos participantes, para colocá-los no topo da pirâmide servindo incondicionalmente (ou condicionalmente?) ao Banco do Brasil, patrocinador do maior Fundo de Pensão da América latina como se ufanam em mostrá-lo ao mundo dos negócios. Esses personagens botaram no chinelo os atrapalhados irmãos criados pelo gênio Walt Disney para assaltar os cofres do Tio Patinhas. Com uma diferença, os da ficção assaltam às claras e levam no peito um trocadilho numérico para identificação. Esses tupiniquins não saquearam um cofre com suas próprias mãos, mas pela contribuição que deram para a execução “do trabalho”, deveriam ser identificados com a centena 171, que não só serve para jogar no bicho, mas, também, para identificar tipos nocivos à sociedade.

Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR) – 16/12/2010.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os vitoriosos

Caros Colegas.

Nem SIM nem NÃO. Os vitoriosos serão outros. Serão os endereços eletrônicos de incansáveis formadores de opinião que já estão ganhando a eleição. Esta votação ficará conhecida como um marco divisório no relacionamento dos aposentados e pensionistas com seus sites informativos. Os participantes da PREVI nunca tiveram ao dispor tantas informações para a escolha do voto como agora. Os números galopantes que crescem no placar da votação atestam isso com significativa mudança comparando com a última eleição.

Essa diferença afigura-se um libelo da insatisfação com a forma de gestão errada instituída na PREVI, onde normativos obsoletos são aplicados por insensíveis dirigentes que burocraticamente seguem esses ditames. Mesmo eleitos para defender os interesses dos associados que representam, sentam sobre normas ultrapassadas e comodamente obedecem ao patrocinador esquecendo quem são seus verdadeiros patrões.

Uma vez que essa postura subserviente se impõe há décadas, o resultado numérico da participação que se comemora servirá para reverter o quatro da insensatez e do comodismo desses eleitos e lhes servirá de aviso que os tempos mudaram. E que os “cabeças brancas” acordaram para sua triste realidade. Doravante, ou muda o sistema de gestão na PREVI, em todos os sentidos, ou eleitos não mais terão vez para ocupar cédulas de votação – em nenhum lugar. Os seus nomes passaram a ser visados, o CANAEL os tem registrados com os cargos ocupados funcionando como curriculum onde se tem a origem dos seus votos.

Com a força inconteste dos inativos, somada a dos futuros aposentados, pintou-se o quadro ideal para exigir mudanças no Estatuto da PREVI. Um Novo ano nascerá em breve e com ele a promessa de entendimentos visando à implantação dessa reforma e suas conseqüências. Vamos partir em busca de melhoria para pensionistas e correção de injustiças na distribuição de benefícios; aprimoramento no sistema de votação; limitação dos poderes do patrocinador; celeridade na distribuição de superavits; atendimento igualitário e tempestivo; cumprimento às demandas judiciais; escolha criteriosa para credenciamento justo de representatividade dos participantes nas mesas de negociação. Também é necessário tirar do Banco o poder único dessa escolha. E que ela ocorra com a exigência de “folha corrida” dos pretensos representantes, para aquilatar a lisura de comportamento em todos os segmentos da sociedade, notadamente no âmbito em que atuam – Entidades relacionadas ao funcionalismo do Banco, ativos e inativos.

Por tudo isto, 2011 auspicia-se um ano bom para aposentados e pensionistas. Que ele chegue trazendo certezas para enterrar os anos negros e de vacas magras que atravessamos, por culpa dos votos mal orientados que distribuíamos, mas que, graças à internet e àqueles que a usam para informar, doravante votaremos conscientemente, como agora.

Votemos, pois, seja no SIM ou no NÃO. Com o resultado seremos todos vitoriosos pela quantidade de votos mostrando nossa influência para exigir e impor mudanças na PREVI.

Guardem esses nomes, endereços e sites. Eles, juntamente com outros, são os responsáveis incansáveis que se dedicam à espinhosa arte de bem informar. Graças a todos entramos definitivamente na era da informática para sair da secular ignorância em que deixamos de participar nas decisões dos destinos da PREVI. Doravante podemos recorrer a qualquer um deles para buscar informações comprovadamente confiáveis e precisas para nortear nosso comportamento, enquanto participantes do Plano de Benefícios Número Um, da PREVI.

Guardem os endereços para consulta e os nomes para conhecer sensatas opiniões lendo os seus escritos.

Eles estão sempre solícitos e disponíveis como a dizer: use e abuse, pois boa vontade é a nossa marca:

BLOGS:

Cecília Garcez, Demitidos do BB, Do Ed,
Colegas BB, Juarez Barbosa,
Medeiros, Motta,
Romildo, Sérgio Inocêncio, Unidade BB, Veteranos BB, Zanella.

ENTIDADES:

AAFBB,
AAPBB, ABRAPREV,
ADBB, AFABB-BA,
AFABB-ES, AFABB-DF,
AFABB-Joinville, AFABB-Tupã, AMEST,
ANAPAR, FAABB, SINDBAN-Criciuma, SINDBAN-Bauru, UNAMIBB.

FORMADORES DE OPINIÃO

Abdian, Adrião, Airton, Aldo, Antonia, Aristophanes, Avellar, Branquinho, Carlão, Daisy, Damiano, Dantas, Domingos, Edgardo, Faraco, Ferrari, Hélio Teixeira, Heráclito, Holbein, Isa Musa, Ivan Rezende, jander, Jane Torres, Joana, Joaquim Luiz, Jorge Teixeira, Juarez Barbosa, Köhler,
Langoni, Laricchia, Lázara, Loreni, Luis Eustachio, Parussolo, Paulo Beno, Raposo, Rebouças, Rogério, Rosalina, Rossi, Ruy Brito, Santiago, Sérgio Figueiredo, Solonel Jr,
Taunay, Tiné, Tollendal, Toscano, Valentim, Vânia, Wânia, Wilson Luiz.



Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 14/12/2010.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Quem mente?

Senhora Isa Musa de Noronha.

Não mui digna Presidente da FAABB, agora, no meu entendimento.

Já não falo aqui como representante da pessoa Jurídica AAPPREVI, mas como o seu presidente, pessoa física, Marcos Cordeiro de Andrade, que assume o que faz e o que diz.

Reflita antes de falar em todas as Associações incluindo a AAPPREVI nesse coletivo. Não lhe cabe declarar em seus depoimentos descabidos que todas as Associações que compareceram à Reunião daquele dia 17 em Brasília, algumas pagas com dinheiro da FAABB, estavam de acordo com a pouca vergonha que lá ocorreu. Faça o favor de excluir a AAPPREVI do saco de gatos em que a quer colocar, pois ali eu a representei e sei o que vi e ouvi. A AAPPREVI não compactuou com a farsa encenada. A AAPPREVI teve todas as suas propostas recusadas. A AAPPREVI declarou, com todas as letras, que não concordava com o que ali foi encenado. A AAPPREVI continua contra tudo que ali foi vergonhosamente dramatizado, combinado e levado a efeito no dia seguinte, junto ao Banco. Apoiei a representatividade da FAABB confiando que ela não passasse recibo de doação ao Banco, como lamentavelmente fez.

A AAPPREVI insiste em declarar que a FAABB traiu os princípios de defesa dos aposentados e pensionistas que recebem pela PREVI. A AAPPREVI reafirma o propósito de incentivar o voto NÃO no plebiscito fajuto, fabricado pelo Banco do Brasil na qualidade de patrocinador, e com a concordância da FAABB ou, o que é mais provável, de sua presidente Isa Musa de Noronha que agora, através de comunicado faccioso, tenta desqualificar a posição adotada por esta sua afiliada, ainda.

Sem argumentos para defender-se da entregação de que participou, Dona Isa Musa de Noronha tenta agora envolver a Direção da AAPPREVI em sua infeliz decisão de apoiar o patrocinador. Seus motivos são somente seus, mas cabe-lhe apoiar-se em argumentos convincentes e honestos para defender o motivo porque mudou de lado. Eu, Marcos Cordeiro de Andrade, repudio qualquer insinuação de que estive de acordo com a farsa encenada na Reunião de Brasília sob o seu comando. Nesta sua Nota há acusações de que a contestação divulgada é feita por mentirosos e covardes, culminando com o seu “Não é verdade”. Por isso aguente as conseqüências por ser inconseqüente. Para se acusar de mentiroso e covarde um homem correto, é necessário, antes de tudo, ser tão correto quanto ele e que o acusador não se faça acompanhar de safados, escroques e desqualificados de toda sorte.

E para que todos tomem conhecimento da sua tentativa em me envolver nos seus “envolvimentos”, publico a seguir a NOTA OFICIAL da Federação que a senhora acaba de divulgar, não sem antes bradar ao mundo que por este e por outros motivos eu voto NÃO e recomendo o voto NÃO:

Às Associações de Aposentados e Pensionistas do BB
Prezados Senhores,

Não tenho consultado grupos da internet. Há muito eu os deixei de lado, pelo modo pouco civilizado que fazem uso dessa ferramenta: a internet. Escrevem na internet, nos grupos, coisas que não teriam a coragem de dizer frente a frente. Contudo, preocupa-me a posição de algumas associações, através de mensagens que recebo em meu e-mail ,enviadas por colegas que, freqüentando os grupos, se espantam com o que corre por lá.

Quando fizemos a reunião em Brasília, no dia 17 de outubro, véspera do segundo encontro com o BB, todas as Associações sabiam que a Resolução está valendo. Todas as Associações estão cientes de que, para ter benefícios para nós, haveria a contrapartida para o Banco, pois a despeito de ações judiciais, a resolução não está suspensa, nem revogada, não há sentença transitada em julgado. Conseguimos negociar a parte incontroversa: 50%. Os outros 50% saberemos quando a Justiça decidir sobre nossa ação judicial, pois hoje a Resolução está valendo e estamos na Justiça para derrubá-la... Se tivermos ganho de causa, o BB terá de se virar para recompor suas contabilizações e estornar os ativos atuariais que tiver considerado.

Na reunião de Brasília foram escolhidas propostas para serem levada à mesa. É incompreensível que agora, feito o acordo, questionem que a assinatura do acordo esteja doando 50% ao BB. Repito. Todos sabiam que a resolução 26 iria nortear a distribuição do superávit.

Se não era para acatar isso, as Associações deveriam ter votado, naquele dia 17, que a FAABB não deveria ir à mesa.

Sou contra o plebiscito. Mas isso é idéia da CONTRAF CUT, para dizer aos sindicalizados que a CUT os escuta.

Contudo, dizer sim ou não, em um plebiscito assim, pouco importa.

Preocupa-me a posição da Federação.

A FAABB foi à mesa defendendo as propostas que as associações escolheram. Agora a FAABB recebe criticas de algumas das filiadas. Alguém tinha a ilusão de que o BB abriria mão da Resolução 26? Claro que não. Dia 17 de outubro as Associações votaram propostas que a FAABB levaria à mesa sabendo, estando convictas, de que a Resolução 26 estava valendo.

Isso deve ficar bem claro, pois há mensagens na internet dizendo que a FAABB assinou à revelia das Associações.

Não é verdade.

No dia 17, véspera da reunião como Banco, no Hotel Nacional em Brasília, as associações escolheram as propostas que a FAABB defenderia à mesa. Naquela data, já não existia mais Liminar derrubando a Resolução 26, então, todos sabiam que qualquer benefício conquistado teria a contrapartida do BB, pelos menos até quando a Justiça nos der ganho de causa.

Atenciosamente,

Isa Musa de Noronha


Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR) - 12/12/2010.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Novas Ações

Caros Colegas.

A AAPPREVI tem orgulho em anunciar o ajuizamento de mais cinco processos em favor de associados. Aos dez meses de vida completados ontem, a Associação já tem seu nome transitando em nove processos pelos tribunais do Rio sob os cuidados da sua Assessoria Jurídica:

Advocacia Almeida Brito – Curitiba (PR)

- RENDA CERTA - 1° lote – TJRJ – 45ª VC - N° 0185131-94.2010.8.19.0001
- RENDA CERTA - 2° lote – TJRJ – 49ª VC - N° 0365250-50.2010.8.19.0001
- CESTA ALIMENTAÇÃO – 1° lote – TJRJ – 44ª VC - N° 0129640-05.2010.8.19.0001
- CESTA ALIMENTAÇÃO – 2° lote – TJRJ – 33ª VC - N° 0365260-94.2010.8.19.0001

Escritório Sylvio Manhães Barreto – Rio de Janeiro (RJ)

- RMI – Grupo A – 12ª VT - PROC. Nº 0001411-44.2010.5.01.0012
- RMI – Brupo B – 12ª VT – PROC. Nº 0001410-59.2010.5.01.0012
- RMI – Grupo C – 72ª VT – PROC. Nº 0001450-55.2010.5.01.0072
- RMI – Grupo D – 78ª VT – PROC. Nº 0001400-11.2010.5.01.0078
- RMI – Grupo E – 76ª VT – PROC. Nº 0001427-97.2010.5.01.0076

Os integrantes dos grupos acompanham o andamento das ações diretamente no Site como se estivessem no Fórum manuseando os processos. As ações judiciais impetradas pela AAPPREVI podem ser integradas pelos associados enquadrados nos pleitos, sem limite da quantidade de processos, e não arcam com quaisquer despesas. O patrocínio da Associação é responsável pelo custeio (Custas processuais, honorários, perícias e até sucumbência, no caso de insucesso). Também não há taxas de adesão, incidência de comissões ou assinatura de contrato de prestação de serviços. A gratuidade assegurada ao associado e suportada pelo pagamento da mensalidade de R$ 10,00, devida pela condição de sócio e destinada ao pagamento de Honorários advocatícios estipulados em Contratos. A AAPPREVI sobrevive com a arrecadação por subordinar-se ao pagamento mínimo de despesas: não paga aluguel e seus dirigentes não percebem salários ou outros benefícios pecuniários.

Encontra-se em fase de ajuizamento a Ação IR – 1/3 PREVI (Fazenda Nacional) e continuamos acolhendo adesões para os lotes seguintes dos Processos ajuizados (Renda Certa, Cesta Alimentação e RMI). Outras Ações já têm estudos da viabilidade concluídos, cujos enquadramentos serão oportunamente divulgados.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 11/12/2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Charlatanismo

Caro Colega.

Leia com atenção como se fora uma bula de remédio de tarja preta, recomendado para tratar da sua saúde financeira por um grupo de charlatães com pretensões de junta médica. Se não entender determinados termos peça ajuda a um colega que sofre do mesmo mal, mas que é assistido por médicos experientes e verdadeiros que cursaram a Universidade da Vida.

O fatídico medicamento de que se trata leva o ilusório nome de “Memorando de Entendimentos”, e o inteiro teor da bula está disponível para atenta leitura aqui do lado, logo depois do enunciado da enquete que o reprovou taxando-o de não recomendável para ser ingerido por aposentados e pensionistas.

Esse é o perigoso remédio que a “equipe” quer que você engula. Cuidado! A meizinha é tão letal que pedem para você responsabilizar-se pelas conseqüências do seu ato assinando com o voto.

Esse voto tem o mesmo valor de um lançamento feito na conta poupança que você formou para garantir sua saúde financeira na velhice. A essa conta somente você tem acesso, mas se der autorização para que os charlatães enfiem na sua goela o remédio fatídico, você estará matando sua saúde financeira precocemente, vitimada por incontroláveis efeitos colaterais adversos.

Votar sim nessa consulta tem o peso de um lançamento errado sem direito a estorno. Uma vez autorizado a vida seguirá o rumo inexorável em direção ao fim. E você não poderá culpar ninguém pelo estado terminal em que chegar a saúde das suas finanças.

Saúde é coisa séria. E para cuidar dela somente devemos confiar em profissional de passado ilibado, que respeite o juramento que o eleva à condição de guardião da vida com uma velhice saudável. E que, baseado em sólidos princípios morais nunca trairá sua confiança, pois quem zela por você com lealdade tem os princípios ditados por Deus. E sua consciência não tem bolsos.

Vote NÃO nessa consulta facciosa, verdadeira aberração que induz ao erro os aposentados e pensionistas que recebem pela PREVI - ainda.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 10/12/2010.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Arca de Marcos

Caros Colegas.

Este Blog bem que poderia chamar-se a Arca de Marcos, hereticamente parodiando a outra, de fins divinos. Esta, pagã, navega em meio ao dilúvio da desinformação tentando chegar ao Ararat do conhecimento para soltar seus animais e povoar o mundo da internet. Aqui convivem bichos de todas as camadas do reino animal. Uns, de invejável utilidade e inteligência. Outros, dispensáveis, que por falta de enquadramento não são úteis nem inteligentes. E entre essas categorias há os inocentes úteis que são manipulados e, por isso, classificados como Maria vai com as outras ou simplesmente vacas de presépio, pelo costume da convivência com duvidosas classes: Valmis, Isas, Sasserons – tipos banidos desta Arca que busca purificação.

De paquidermes a minúsculos seres, aves e insetos, há de tudo um pouco. Aos trancos e barrancos convivem antas, jumentos e ovelhas; abutres, pombas e cisnes; cobras, víboras e camaleões; piolhos, pulgas e cricris. Além de raras espécies em extinção catalogadas no livro da história: Adrião, Aristophanes, Chirivino, Edgardo, Faraco, Heraclito, Holbein, Paim, Rebouças,Tolendal, Valentim e muitos outros que ocupam a esteira da criação de sumidades, resvalando lentamente rumo ao fim da linha de produção divina juntamente com gênios de outras artes que não a da palavra escrita, que estes, da Arca, desenvolvem com sublimidade.

Por vezes o condutor da Arca precisa intervir e baixa o cajado pesado de letras para manter a ordem e evitar matanças. Mas nem sempre chega a tempo de conter desgraças como recentemente aconteceu. O Bicho Rossi, excelente destruidor de parasitas famosos, foi eliminado por carniceiros, predadores abundantes no meio, sem nomes definidos e por isso carimbados como anônimos inservíveis. Não genericamente nominados, porque há os que mesmo levando esse rótulo têm serventia, em maior número, e é bom frisar que um dia divulgarão as identidades - espera-se. Até para distinguí-los dos imprestáveis.

Neste momento em que se inicia uma votação dentro da Arca os bichos estão em polvorosa. Engalfinham-se verbalmente buscando a primazia do convencimento à cata de votos. As duas facções, uma do bem outra do mal, contam com argumentos fortes. Consistentes uns e desandados outros, formando grupos distintos: de um lado, a verdade esclarecedora, promissora; do outro, a mentira deslavada, desagregadora.

E no meio da disputa ficam os inocentes úteis, bombardeados por informações e desinformações, desnorteados como baratas tontas por não saberem distinguir a boa índole da má formação; a lealdade da falsidade; a honradez da vilania; o caráter da falta de pudor. E, por vezes, nem mesmo sabem discernir o que é o sim e o que é o não, misturando significados. São as vítimas da mentira que grassa no interior da Arca. Estas vítimas, como os eleitores que aprovaram o escabroso Renda Certa anterior, cooptados pela dubiedade de propósitos encoberta pela lábia enganadora dos mesmos Valmis, Isas e Sasserons, correm sério risco de repetir o voto exterminador de direitos e esperanças. Errar é humano, persistir no erro é burrice.

Também não dá para entender porque os nomes lá de cima, formadores do rosário de notáveis dissecadores das entranhas da PREVI, não são levados a sério. Somente pode-se creditar essa desconsideração ao alheamento dos que ignoram seus escritos, e ao desconhecimento daquilo que leva um Cidadão de Bem a recomendar o voto NÃO. Estarão as lesmas gosmentas certas e eles errados?

Votar no NÃO é a solução.

Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR), 08 de dezembro de 2010.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AAPPREVI - Declaração do voto NÃO!

Caros Colegas.

O NÃO é a opção escolhida pela Diretoria da AAPPREVI para declarar sua opção de voto na consulta que se inicia.

A enquete da AAPPREVI apresentou esmagadora preferência pelo voto NÃO. Depois de encerrada, eis os números apurados:

NÃO = 659 votos (75%)
SIM = 215 votos (24%)
Total = 874 votos

Como sempre acontece em vésperas de eleição nos órgãos afetos ao conjunto dos associados, a AAPPREVI direcionou consulta aos seus dirigentes de modo a colher a opinião de cada um antes de conhecerem as demais opiniões.

Aglutinados os indicativos individuais, o voto NÃO é o recomendado pela Associação, respeitadas opiniões em contrário guardadas por alguns associados.

Por oportuno, reafirmamos que a negação ao acordo deve-se ao fato de que o documento não condiz com a posição que recomendamos ser defendida por nossos representantes. Uma vez assinado por estes em obediência à redação imposta pelo patrocinador, levaram a efeito um autêntico ato de traição ao desvirtuar a orientação recebida. Tanto é que fizeram uso Indevido dos poderes investidos que, a despeito de se destinarem à preservação do patrimônio da PREVI, foram desviados para contribuir com a destruição paulatina das reservas garantidoras dos nossos benefícios de aposentadoria e pensões, com a transferência de particularíssimos poderes para espúrio aproveitamento por parte do patrocinador.

Enganada na boa fé, a AAPPREVI empenhou-se em desenvolver um trabalho incansável indicando o nome da Presidente Isa Musa de Noronha como a pessoa indicada a nos representar, à frente da FAABB, na defesa dos interesses dos participantes do PB1. Lamentavelmente não logramos êxito na apresentação de propostas para distribuição do superávit e, o que é pior, nossa indicada aderiu à condenável postura de favorecer o patrocinador, deixando órfãs as Associações de Aposentados e Pensionistas que nela confiaram.

Entendemos que a Presidente Isa Musa de Noronha deveria ter feito uso da firmeza de caráter em que nos fez acreditar, e não poderia, em hipótese alguma, ter assinado o abominável compromisso em nosso nome, pois não foi para isso que a levamos à mesa de negociações.

Em razão desses fatos, enfatizamos nosso propósito de recomendar o voto NÃO, ao tempo em que damos andamento aos preparativos para ingresso na justiça de uma Ação repudiando, negando e contestando a autoridade de que se investiu a senhora Isa Musa de Noronha para agir em proveito das suas convicções pessoais, abandonando o verdadeiro sentido da imposição à representatividade que lhe foi outorgada. Tanto ela quanto os demais assinantes da carta-doação serão levados às barras do Tribunal se não prevalecer o voto NÃO. E o acordo será contestado, pois não reconhecemos autoridade representativa nos que o firmaram na forma inscrita, em nome dos aposentados e pensionistas da PREVI.

A solução é votar NÃO!

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 07/12/2010.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O fio do bigode

Caros Colegas.

A divulgação do “acordo” nos termos em que foi assinado remete ao entendimento de que todos serão contemplados. Uns terão menos e outros mais, o que leva à certeza de que nem todo mundo sairá satisfeito. Mas receberão assim mesmo.

Todavia, o contrato de doação assinado nos põe sob uma dupla ameaça:

- Primeiro: Está dito que será respeitado enquanto durar o dinheiro – e ele pode acabar a qualquer momento, até mesmo daqui a um ano. Basta ser usada mais uma artimanha do Banco, em conluio com a PREVI, pois eles tudo podem, juntos ou em separado;

- Segundo: Está subentendido que a partir dessa doação o Banco se faz dono da metade de tudo que o fundo tem ou que venha a produzir. Não somente relativo a superavits, mas metade de TODO o PB1 lhe pertence e pertencerá ad eternum, do modo em que está anunciado nas entrelinhas.

Por isso é imperioso refletir do que vai adiantar um benefício temporário, cujo prazo é indefinido, quando amanhã ou depois o perdermos sem a certeza de quando, e se, teremos nova esmola passageira. Ainda mais correndo risco de serem os benefícios atuais reduzidos, sem as balinhas de açúcar efêmeras. De qualquer modo, e apesar dos temores, vamos recebê-los sem a necessidade de aprovar o acordo.

De se notar que ao Banco será fácil encontrar meios de fabricar deficit no fundo, do mesmo modo que no passado fabricou este superavit que ai está – tudo para satisfazer seus intentos, suas apropriações. Em havendo resultado negativo o que nos está sendo “dado” agora não terá continuidade. Com a agravante de que voltaremos a pagar as contribuições mensais o que, obviamente, reduzirá o benefício no mesmo valor. Também não podemos esquecer que a PREVI paga “complemento” desde que tenha dinheiro para tal.

Para desviar o foco do verdadeiro significado do acordo firmado o Banco se vale de uma promessa, de cumprimento incerto, para dar a entender aos participantes do PB1 que logo teremos mais benefícios. Foi divulgado Termo de Compromisso onde diz que “em janeiro de 2011 será instalado processo negocial... para avaliar e adotar possíveis alterações no regulamento do Plano de Benefícios 1 da PREVI”.

Esse documento cita a anuência de duas autoridades do governo (que nem sabemos se nele permanecerão), mas cujas assinaturas não constam no seu bojo: o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo da Silva e o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado. O Blog Previ Plano 1 publicou no dia 26/11, na coluna Notícias Relevantes, cópias dos papéis oficialmente remetidos pela FAABB capeados por Nota endereçada à AAPPREVI, onde se constata a ausência dessas chancelas. Está tudo lá, ainda.

É bom lembrar que vai longe o tempo em que se firmavam compromissos sérios com troca de fios de bigodes. Apesar da fartura com que ornam respeitáveis faces, hoje, em plena era das falcatruas - mensalões, meiões e cuecões - há necessidade da aposição de assinaturas para validar documentos de quaisquer valores: desde um salário mínimo até 7,5 bilhões de reais – ou mais.

Além de tudo, o plebiscito que se pretende é tendencioso. É apontado como consulta ao corpo social para validar a distribuição do superavit quando é sabido que essa etapa é desnecessária. O artifício de se dirigir aos participantes com essa finalidade não encontra amparo nos estatutos, pois a figura do Corpo Social foi abolida, e a partir do quê a aprovação dessa distribuição passou a ser atribuição do Conselho Deliberativo, seguida de consulta aos órgãos competentes. Supõe-se até que este estágio já se consolidou no caso presente, pelo que se depreende do comparecimento dos negociadores a esses Órgãos. Portanto, em sendo assim, no momento atual basta a PREVI efetuar os créditos dentro do que foi combinado, ou seja, destinar 7,5 bilhões de reais aos participantes e assistidos. E não dar nada ao patrocinador. Assim sobrará outro tanto para contemplação posterior.

Por isso o acordo recebeu a redação marota doando esse outro tanto ao Banco e, ainda por cima, dando como justificadas as apropriações havidas e autorizando que outras aconteçam a partir daí, sempre na mesma proporção, meio a meio. Para isto, sim, há necessidade de consulta aos donos do dinheiro, pois o patrocinador não tem direito a nada como pleiteia, por imposição da LC 109, de 29/05/2001, em que pese o artifício fabricado com a Resolução 26, inconstitucionalmente se sobrepondo à Lei. A consulta em andamento tem essa única finalidade: reconhecer direitos inexistentes, do Banco do Brasil.

Portanto, votar SIM significa doar ao Banco a metade do PB1 a partir de agora. E dispensá-lo do pagamento dos cerca de 15 bilhões que “toma emprestado” através de escriturações.

Votar NÃO impede que isso aconteça.

Traduzindo: Votar SIM ou NÃO em nada interfere na distribuição em curso. Os benefícios prometidos serão respeitados e o pagamento do dinheiro garantido até 31/12/2010, data fatal imposta pela Lei.

Mas se o SIM vencer na consulta pretendida e na forma em que está, nós perderemos a garantia do recebimento de benefícios futuros, com ou sem aumentos, de acordo com o entendimento que contemple o acordo que cheira a maracutaia. O Banco pode dar a interpretação que lhe convier e depois dizer: vocês autorizaram.

Eu não vou arriscar. Meu voto é NÃO, pois:

Votar no NÃO é a solução.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 05/12/2010.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Está decidido

Caros Colegas.

O superávit já garantiu a ceia de natal dos participantes do PB1. O Banco abriu o cofre da PREVI e depois de separar o dinheiro que quis, devidamente autorizado por um dificílimo acordo que durou três anos para ser terminado, prometeu distribuir as sobras.

O pessoal da ativa vai se regalar com Peru Sadia (ou Perdigão – é tudo da Previ mesmo), com champanhe francês, sobremesa com barras de chocolate crocante e goiabada cascão. Tudo degustado com ajuda dos seus belos dentes cuidados pelo Plano Odontológico do Banco do Brasil. Enquanto que os velhos aposentados e pensionistas, com suas utilíssimas dentaduras grudadas com Corega, se contentarão com um galetinho desossado acompanhado de sangria com adoçante artificial e uma supimpa sobremesa de alfenim à base de Aspartame.

Este será um natal sem precedentes na história dos esquecidos pela distribuição anterior. E ninguém precisa temer pelo resultado do plebiscito programado. Ele não terá serventia para dar mais ou menos dinheiro agora. O que está determinado no papel assinado por nossos estafados líderes não tem volta. Será pago, pois o dono da PREVI não é de quebrar promessas. Até porque, votando sim ou não, os altíssimos percentuais serão creditados, nem que seja através de folha suplementar – o que é mais provável, uma vez que a Fopag já estará fechada no dia 15, data magna do encerramento da “consulta”.

Portanto, famintos e endividados, não se preocupem em fazer cálculos mirabolantes. Eles, os donos da bolada, sempre fazem a coisa sair bem feita. Afinal, foi tudo escrito para que nós, que estamos acostumados a lidar com números, nos encaixássemos em cada índice presenteado. Basta ler o acordo para entender o quanto cada um receberá, é fácil decifrar e para os que não têm diplomas atuariais há como recorrer aos canais competentes: cartilhas, fale conosco, blogs, diretores eleitos (e nomeados), associações de aposentados. Enfim, um mundo de entendidos capazes de pôr qualquer Champollion no chinelo.

Mas o perigo mora nas entrelinhas do difícil contrato firmado a título de doação. Foi escrito com a mestria dos que cuidam dos contratos de planos de saúde, ou de empréstimos filantrópicos com que o Banco premia seus aposentados e pensionistas. Pois são todos direcionados a idosos – a terceira idade, a idade da morte. Estão tramados com a mesma semvergonhice. Feitos sob medida para enganar crédulos roubando-os na maior cara de pau.

Somente nossos procuradores movidos pelo cansaço extremo e a boa fé que lhes é peculiar, não viram isso ao assinar o contrato que deu ao Banco o direito – e o poder – de nos tirar até o último centavo da poupança que levou 104 anos para chegar ao que chegou. E já está se desmilinguindo. A dinheirama que somava 28 bilhões baixou para 14 em menos de um ano e agora, depois do histórico acordo assinado pelas sumidades, chegou a 7 e meio bilhões como num passe de mágica. Mas até isso devemos relevar porque somos uma classe privilegiada, defendida com unhas e dentes por abnegados e sábios representantes – que só pensam em nós, inocentes úteis e ingratos que às vezes não compreendemos seus esforços sobre humanos ao enfrentar negociações adversas, de mentirinha é certo, mas ocasiões em que esquecem seu próprio bem estar – se é que eles têm bem estar.

Também é de se lamentar que a partir da assinatura daquela entregação o patrocinador esteja devidamente autorizado para contabilizar ganhos – passados e futuros. Aquilo tem mais força que uma bula papal para os católicos. É como o édito real que autorizou a derrama, ou o roubo qualificado.

Portanto, caríssimos aposentados e pensionistas, não esquentem a cabeça procurando entender a propaganda que os assediará em breve. Simplesmente aumentem o tamanho da lata de lixo para receber os reclames solenemente, pois virão com força total. E de variadas fontes: ANABB, FAABB, AFAs, PREVI, Sindicatos, Governo e o diabo a quatro. Tudo mandando votar no SIM. A decisão é sua.

Mas, por via das dúvidas, eu vou votar no NÃO.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 03/12/2010.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Explica, mas não justifica

Sr. Presidente,

A propósito de sua afirmativa de que a FAABB estaria sendo tendenciosa com relação ao voto sim ou não no plebiscito que a Previ anuncia, respeitosamente desejo esclarecer que a FAABB respeita a posição de todas as suas filiadas e no Ofício cumpre seu dever de orientar que as Associações levem exaustivamente a discussão do tema a seus associados. Os exatos termos do Ofício dizem em seu primeiro parágrafo:
“Nos próximos dias a Previ deverá divulgar todos os detalhes dos benefícios especiais que serão concedidos relativos à Reserva Especial Para Revisão do Plano, caso participantes e assistidos do Plano 1 votem favoravelmente em plebiscito de 9 a 15 de dezembro.”

No último parágrafo recomenda:

“A FAABB considera fundamental que toda essa discussão seja levada claramente para nossos associados, pois esses deverão votar com consciência do que estão escolhendo.”
Atenciosamente,

Isa Musa de Noronha

====================================================================================================================

Caros Colegas.

É aceitável, compreensível, e necessário que cada associação declare sua tendência de voto no plebiscito, na tentativa de influenciar seus representados no bom sentido.

No entanto, a FAABB – Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil não pode desviar-se da neutralidade pressuposta no relacionamento entre suas afiliadas. Deve, isto sim, envidar todos os esforços pelos meios possíveis para dotá-las dos conhecimentos necessários para fazer juízo de valor e, assim, repassar aos seus associados o entendimento desapaixonado do que redundará o voto dado no plebiscito. A estas Associações cabe a fidelidade aos seus princípios, tendo em primeiro lugar a preocupação com os destinos do patrimônio que dá suporte ao pagamento dos benefícios – no presente e no futuro – ora em discussão.

Em que pese a lembrança do parágrafo final do Ofício, destacado pela Presidente Isa Musa de Noronha, em que a FAABB cumpre o papel inerente à neutralidade que dela se espera, o mesmo não ocorreu com a infeliz colocação registrada na introdução do documento:

Nos próximos dias a Previ deverá divulgar todos os detalhes dos benefícios especiais que serão concedidos relativos à Reserva Especial Para Revisão do Plano, caso participantes e assistidos do Plano 1 votem favoravelmente em plebiscito de 9 a 15 de dezembro.”

Por esta colocação, entendo que a Federação foi tendenciosa na sua intenção, levando ao entendimento de que os participantes e assistidos somente serão atendidos na distribuição dos benefícios prometidos caso “votem favoravelmente em plebiscito de 9 a 15 de dezembro”.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 02/12/2010.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eternamente trouxas

Caros Colegas.

Tratam-nos como idiotas porque agimos como tal. Todos os adjetivos usuais para definir o idiotismo nos são aplicáveis no momento presente. Além de outros: ingenuidade, boa fé exacerbada, memória curta, baixa autoestima – tudo se concebe. Este ano de 2010 será reconhecido no futuro como o marco regulatório que definiu nosso comportamento subserviente da aceitação de imposições, direcionamentos, e castração de desejos e vontades. Tudo porque nos deixamos conduzir como animais levados ao matadouro, tangidos entre currais afunilados até o destino único do suplício.

Assistimos desde janeiro ao jogo sujo do Banco, com o uso da PREVI, preparando o bote fatal para impor seus desígnios. Depois de divulgado o superávit teve início a execução de um plano mesquinho, pois bastava ali ser anunciada a distribuição do montante obtido sem necessidade dos desdobramentos conhecidos. Mas a estratégia guardada não permitia simplismo, e esticar o tempo era imperioso para se chegar à data limite: final do ano. Nessa faixa de chegada estaria consolidado o ambiente para o anúncio retumbante: barrigas vazias, a constatação da passagem de mais um ano em direção à morte, época da acentuação das necessidades, esperança de um natal mais feliz que o de antes, e por ai segue. Vai longe o tempo em que se conquistavam pessoas pelo estômago. Hoje essa conquista se consuma pelo bolso.

Armado o circo no início do ano foi posta em prática a programação do duradouro espetáculo mambembe. A companhia teatral foi posta em campo, composta dos bem intencionados elementos da PREVI liderados pelo seu arrogante presidente, serviçal do Banco do Brasil, competentíssima figura na arte da enganação. Seus acompanhantes também desempenharam seus papéis com excelência, ostentando o pomposo título de Eleitos.

Foram infindáveis espetáculos encenados pelo Brasil afora, nas capitais e grandes Cidades, para divulgar resultados bilionários – tudo nosso, diziam. Com explicações inócuas e desnecessárias, o espaço de tempo entre os eventos era dilatado para durar todo o primeiro semestre. Depois vieram os encontros patrocinados pelas “Entidades Representativas dos Aposentados e Pensionistas” (outra enganação), convocando a mesma valorosa e entendida equipe da PREVI, para seguidas apresentações perante a platéia dos dóceis velhinhos com sua infantil credulidade, batendo palmas para a enganadora trupe.

Ai chega-se ao final do exercício, quando o Banco tem que se desvencilhar dos indícios de irregularidades praticadas. E isto está sendo fácil, visto que a programação foi cumprida à risca e, uma vez chegado o momento aprazado foi desferido o golpe final, contundentemente amparado pela argumentação inquestionável na forma de proposta, com cunho de decisão, apresentada numa bandeja estendida cheia de merrecas cintilantes. Disponíveis para uso imediato depois de aprovado o plebiscito.

E os pobres diabos famintos, desiludidos, endividados e ávidos pelos tostões prometidos estão prontos para, em uníssono, aprovar o desfecho tão esperado. Com murmúrios silenciosos pretendem dizer SIM através dos bolsos. Quando o pouco de dignidade que lhes resta clama para que se diga NÃO.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 01/12/2010.