domingo, 28 de março de 2010

A foto!

Caros Colegas.

Uma foto de candidatos à defesa de um plano de saúde destinado ao amparo da minha velhice terá mais representatividade se espelhar o que sou. Uma foto de um grupo de velhos de pijamas rotos e robes mal passados. Bengalas em punhos de mãos trêmulas, mas firmes. Meios sorrisos em bocas murchas que o batom procure disfarçar. Postura alquebrada sob o peso dos anos de sofrimentos passados. Abraçados e de mãos dadas como a demonstrar o apoio conjunto que têm para oferecer. Rostos enrugados pelos rictos de preocupação constante no cuidado dispensado à criação de filhos e netos, demonstrando saber como orientar e fazer. Vestimenta simples e com calçados baratos num indicativo de despojamento. Corpos magros mostrando a rigidez dos velhos músculos já muito solicitados no transporte do pesado fardo da vida.

Este sim, é o retrato ideal de um grupo que se proponha a defender o meu final de vida. Onde as doenças serão mais comuns e onde o sofrimento é mais constante. Nesse grupo eu confiaria. A um grupo assim entregaria o meu voto sem esperar pedido. Se um grupo assim se dispuser a me proteger beijo-lhes as mãos e nelas entrego a cura das minhas mazelas.

Mas essa foto não existe.

Existe sim a foto de um grupo que mais parece propaganda do elixir da longa vida. Conjunto de figuras representativas do sucesso de uma existência sem apertos financeiros. De pessoas isentas de doenças porque os ricos consultórios lhes estão disponíveis. Elementos portadores de semblantes altivos onde se grudam sorrisos largos. Sorrisos que mostram alvíssimos dentes bem cuidados por caros dentistas. Risos de deboche por posarem para decrépitos aposentados e pensionistas que eles nunca chegarão a ser. Rostos lisos onde as rugas da sabedoria ainda não tiveram tempo de instalar-se. Figuras rotundas como a querer insinuar que desfrutam da bonança e vivem no ócio. Foto em que mal cabem gordas figuras que em nada se parecem com quem possa pensar em mim.

Esta é a foto que me mandam com ordens de votar em quem ali está.

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Pura perda de tempo.

Quem não conheceu o sofrimento não pode reconhecer a dor alheia.

E esta foto tem nome.

Unidos pela CASSI – Chapa 1.

Neles NÃO VOTO, nem amarrado!

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 28/03/2010.

sexta-feira, 26 de março de 2010

CALÚNIA

Caros Colegas.

Escrevo na qualidade de Presidente Administrativo da Associação dos Aposentados e Pensionistas da PREVI – AAPPREVI.

O Senhor Douglas Scortegagna e a ANABB estão proibidos de usar o nome da AAPPREVI, e por extensão os nomes dos seus Dirigentes, para fazer propaganda enganosa ou para qualquer outro fim.

Não fomos consultados para apoiar esta ou aquela chapa concorrente às eleições 2010 da CASSI.

Não nutrimos simpatia pela chapa apoiada pela ANABB como apregoa seu noticiário desta data, 26/03, atribuído ao senhor Douglas Scortegagna onde faz afirmação leviana, numa demonstração inequívoca de ausência de compromisso com a verdade. Em nota divulgada no seu Site aquela associação permite ao indigitado representante fazer uso de expressão abrangente para se promover, falseando a verdade com a seguinte declaração:

“A CASSI está mudando. Por isso, todas as entidades estão juntas com a chapa 1 – Unidos pela CASSI. Não é só a ANABB, é a AAFBB, as associações de aposentados, os representantes da Contraf-CUT e da Contec e de dirigentes de todas as outras entidades do funcionalismo.”

Repudiamos com veemência essa injuriosa declaração incluindo o nome da AAPPREVI e dos seus dirigentes no rol das associações de aposentados envolvidas nessa falsa assertiva. Não permitimos que nos incluam no conchavo que por certo o senhor Scotegagna e a ANABB promoveram. Exigimos reparação com a exclusão dos nossos nomes desse balaio de gatos, pois não nos prestamos à despudorada manobra publicitária incluindo-nos como apoiadores dessa ou de qualquer outra chapa.

Nesta data estamos instruindo nosso Departamento Jurídico no sentido de adotar as providências cabíveis para reparar a calúnia consumada. A Justiça será acionada para mostrar aos incautos que a AAPPREVI é uma realidade e que se impõe pela independência e seriedade com que atua. Ela nasceu para ser uma Entidade séria e assim será enquanto estivermos à frente dos seus destinos.

A legitimidade da nossa Associação está consubstanciada nas informações contidas no seu Site www.aapprevi.com.br, onde constam disponíveis ao público os documentos comprobatórios da fundação, como sejam: Ata de Fundação e Estatuto registrados no 3° Ofício do Registro de Títulos e Documentos Pessoas Jurídicas de Curitiba, Estado do Paraná, em 26 de fevereiro de 2010, sob o n° 6.441 e Inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda em 04/03/2010 sob o n° 11.632.592/0001-80.

Por tudo isto, reafirmamos o propósito de agir com transparência, independência e de braços dados com a verdade.

Não nos prestamos a acordos espúrios com Entidades ou seus representantes nem por quem se apresente em seu nome com falsas declarações envolvendo a AAPPREVI e seus Dirigentes.

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente da AAPPREVI

Curitiba (PR) – 26/03/2010.

A eleição na CASSI

Caros Colegas.

Política é um assunto que o Blog procura evitar. Política no sentido partidário, envolvendo partidos que elegem representantes do povo a serviço dos Poderes municipais, estaduais e federais.

No entanto a política dos resultados que envolvem os destinos das nossas Entidades assistenciais, no âmbito da Saúde e da Previdência, mantêm-se à parte das recomendações de exclusão no trato diário das discussões.

A eleição na CASSI, cuja votação se inicia no dia 1° e vai até o dia 9 de abril próximo, merece ser abordada aqui para contemplar expectativas.

Seguindo o conceito “dizer em quem não votar” contido no CANAEL (Cadastro Nacional de Eleitos), a AAPPREVI, mais nova agremiação a se inserir no rol das defensoras dos participantes e assistidos da PREVI, procurou saber a opinião individual dos seus Dirigentes.

Nesse sentido direcionou-lhes mensagem com o seguinte questionamento:

- Apoiamos alguma chapa;
- Indicamos o CANAEL;
- Não apoiamos nenhuma chapa.

Sem surpresas a resposta contemplou a segunda opção, com algumas variações propensas à mescla de posicionamentos.

Se calcados inteiramente no veto a nomes constantes do CANAEL ficaremos sem opção de voto, uma vez que são chapas fechadas que só admitem votos no conjunto e ambas estão ocupadas por integrantes do CANAEL.

A indicação de alguma chapa específica fere nossos princípios por aprovar nomes não confiáveis, constantes do CANAEL.

Por último, ao vetar ambas as chapas incentivamos a abstenção, pecado maior em que incidimos numa sucessão de erros passados.

Como resultado desse arrazoado, procuramos adotar postura democrática que se coaduna com a imparcialidade no sentido de influenciar eleitores, apenas fazendo algumas recomendações a título de orientação.

Assim sendo, deixamos a critério de cada um avaliar seus candidatos, à luz do CANAEL, direcionando seu voto ao menos maculado entre os concorrentes. Aquilatando também os envolvimentos deles com siglas e doutrinas prejudiciais à nossa causa e à defesa dos interesses do nosso grupo, em função do trinômio CASSI/PREVI/BB.

Devemos ainda avaliar individualmente candidatos conhecidos de outros pleitos e o seu comportamento à frente de cargos na CASSI, principalmente, e em Entidades diversas. Nessa avaliação é interessante conhecer o trabalho desenvolvido (quem fez o quê), o relacionamento com os dependentes de suas ações (dirigente que não atende associado não é merecedor de crédito), e o mais importante de tudo: qual sua plataforma de trabalho – se demagógica ou passível de consecução.

Por tudo isto, a AAPPREVI conclama seus associados e demais colegas a marcar presença na votação, usando seu voto conscientemente sem subordinação à política de convencimento de cabresto encetada pelo Banco do Brasil através do SisBB, pela própria CASSI em suas chamadas publicitárias, e pelas grandes associações no uso de panfletagem enaltecendo seus candidatos – nem todos bons e nem todos inteiramente ruins.

Não nos deixemos enganar pela máquina publicitária estampando fotos sorridentes e slogans batidos nos seus cartazes. Às vezes a enumeração de cargos exercidos direciona ao entendimento de profissionalismo sindical ou do apego a sinecuras e benesses proporcionadas pela dança das cadeiras. Essa propaganda segue à risca a doutrina Ricupero: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”.

Finalizando, vale lembrar que do resultado da eleição depende o tipo de atendimento que iremos receber pelos quatro anos seguintes. Se acertarmos, ótimo, mas se errarmos será o caos, pois o que já é ruim ficará pior, seguindo a Lei de Murphy. E o continuísmo, quando calcado no que não presta só leva à deterioração do que já existe.

www.canael.com.br

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 26/03/2010.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Recado do Ebenézer

Caros Colegas.

Ebenézer Aparecido disse:

Do alto da plataforma do pau de sebo galgado em oitenta e uma tentativas transformadas em anos, dou-me ao luxo de ter uma vida razoavelmente confortável sem ter tido a infelicidade de cometer desatinos. Sem receber renda certa, cestas ou comissões complementares ao salário digno, podem dizer também que embalo a velhice sem tropeços financeiros. Mesmo assim não me filiei à AAPPREVI, nem o farei para fugir à tentação de fazer interferências sob o julgamento de que me cabem direitos por dez reais ao mês, como muitos o fazem. Ajudarei muito mais não atrapalhando, embora reconheça que não é justo usufruir o que os outros pagam.

Durante manhãs rotineiras no aconchego da varanda, acomodado na espreguiçadeira egoisticamente pessoal – notebook no regaço das pernas bambas e ao som de pássaros desengaiolados - forço meu tempo transcorrer com a lentidão dos pensamentos bons, ao regalo de um dos poucos prazeres que a quase senilidade me permite com a novidade virtual: acompanhar o Previ Plano Um, bálsamo que unge minha decadente atividade cerebral sob os aplausos de Tico e Teco, meus dois neurônios remanescentes (comparação emprestada da linguagem dos netos).

No entanto, comentaristas gulosos e intrometidos me fazem cochilar por vezes.

Uns poucos deles, desrespeitando as regras da boa convivência, se aproveitam da honesta boa vontade do mediador e tentam tirar proveito para suprir a falta de espaços à propagação das suas preferências políticas, e até frustrações outras. São comentários de anônimos que tentam enganar, com começo e fim enaltecedores das virtudes do Blog, mas com miolo frouxo tratando de assuntos alheios ao que se quer e espera. E política é o que mais buscam, desconhecendo que é coisa que agrada a poucos, mesmo quando exposta na vitrine própria que, positivamente, não é esta em que estamos. Aqui é pouso e guarida de assuntos nobres e a política nos moldes atuais enoja.

Outros, desavisados e avoados, postam questionamentos já explicados e dissecados em respostas anteriores, num atestado do torpor ignorante em que vivem e insistem permanecer. Estes melhor fariam se, forasteiros que são, procurassem o inteiro saber do conteúdo e dos propósitos utilíssimos do Previ Plano Um, do CANAEL e, agora, da promissora e bem-vinda AAPPREVI – antes de cometerem absurdos com perguntas repisadas e de respostas conhecidas.

Assim agindo prestariam um excelente serviço a todos que se deleitam com o restante do que permitem ao Marcos produzir, sem roubar seu precioso tempo. E a mim sobraria o prêmio de redobrar o prazer ao acompanhar as novidades do meu mundo de aposentado do Banco do Brasil, na companhia virtual dos meus iguais - e sem cochilos de enfado.

Ebenézer Aparecido (que não é candidato a nada) pediu. E concordei em publicar.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 25/03/2010.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Porque a Ação Judicial é de Graça!

(Cesta Alimentação e/ou Renda Certa).

Caros Colegas.

É de graça para o associado da AAPPREVI, residente em qualquer parte do País, porque a Associação arca com todas as despesas do início ao fim da demanda, usando a renda auferida com cobrança das mensalidades (R$ 10,00 por sócio).

O advogado nada cobrará do associado e toda relação envolvendo o assunto será desenvolvida entre ele e a AAPPREVI. Nem comissão será cobrada. Ao associado cabe apenas encaminhar os documentos diretamente ao endereço da Associação e acompanhar o andamento do processo através do Site www.aapprevi.com.br. Nada lhe será cobrado durante todo o desenrolar da Ação.

O advogado receberá seus honorários da AAPPREVI sob a forma de mensalidades estipuladas em contrato de Serviços Advocatícios específicos, para acompanhamento dessas Ações. Este documento está registrado ao amparo da Lei e com vigência assegurada até o término da Ação. Além desses recursos nada mais perceberá, desenvolvendo seus trabalhos sob a expectativa de fazer jus à sucumbência.

Nas causas com outros patrocínios, as despesas do associado recaem sobre custas processuais (R$ 300,00 individuais antecipados, em média), despesas processuais advindas (recursos, taxas judiciárias, honorários periciais, diligências para obter cópias dos autos, etc. – que podem chegar a R$ 4 mil reais), honorários advocatícios (20% do valor contemplado).

Na AAPPREVI as despesas finais do associado ganhador da causa se restringem a zero.

Por tudo isto podemos afirmar que são GRATUITAS para o associado as Ações Judiciais “Cesta Alimentação” e “Renda Certa” patrocinadas pela AAPPREVI.

Eis um recente despacho condenando a PREVI ao pagamento do benefício (10/03/10):

Processo n° 2008.001.295.969-2 – DESPACHO conclusivo (sucumbência – 10%) - Site http://www.tjrj.jus.br/

"ISTO POSTO, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, resolvendo o mérito na forma do artigo 269, I do Código de Processo Civil, para condenar a ré ao pagamento das quantias apuradas referentes ao Plano de Benefício de Renda Certa, que excederem o limite mínimo de 360ª contribuições, a contar da data de aposentadoria até a data da suspensão geral (dezembro/2006), devidamente corrigidas e com juros de 1% ao mês, a contar da citação. Condeno a ré nas custas e honorários de advogado que fixo em 10% sobre o valor atualizado da condenação. P.R.I. Rio de Janeiro, 10 de março de 2010. WILSON DO NASCIMENTO REIS Juiz de Direito".

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 22/03/2010.

sábado, 20 de março de 2010

Caiu a máscara!

Caros Colegas.

É vergonhoso o estado de coisas que se implantou no País. O pilar de sustentação da Democracia deixou-se corromper. O Setor da sociedade mais acreditado a figurar nas pesquisas recentes desce a ladeira sem freios e desgovernado em direção ao poço sem fundo da podridão dos conchavos políticos e de acordos espúrios. A imprensa, nossa tão querida e respeitada imprensa já não nos serve como parâmetro de dignidade e respeito. E não é mais um escudo protetor contra iniqüidades.

Se não bastasse a justiça cega que se fechou nessa desculpa para nos deixar ao desamparo, nas mãos de corruptos em cujo colo depositamos nossos sagrados votos - símbolos máximos do direito democrático - agora chega a vez de a mídia ocupar seu lugar na ala dos não confiáveis.

No País da desordem que beira o caos da corrupção, tínhamos esperança, quase certeza, de que seríamos defendidos em nossos direitos usurpados na hora da verdade. Na hora em que fosse chamada a Imprensa nos socorreria. Que vã expectativa. Que improvável expectativa. Que lástima termos aguardado com tanta ansiedade o comparecimento do socorro evocado com desespero.

É comum dizer-se para desmascarar um potentado inescrupuloso que o Rei está nu. Lamentavelmente, mas muito lamentavelmente mesmo temos que dizer com todas as letras em negrito: A Imprensa está Nua.

Caiu a máscara de bom moço que nos era mostrada. Os arroubos de liberdade ferida não mais encontram guarida no seio da sociedade. As empáfias declarações clamando a Liberdade de Imprensa não têm mais cabimento. Que Liberdade de Imprensa é essa que serve a patrões poderosos? Que liberdade é essa que está acorrentada aos interesses financeiros? Que liberdade é essa que se vende? Que liberdade é essa que empresta a sua caneta para que mãos escusas a usem para escrever no seu próprio lombo as regras da impunidade, do descaso e da subserviência?

Dá nojo abrir um jornal depois de saberem-se falsas as manchetes. Depois de ter descoberto os meandros em que transitam os profissionais antes tidos como sérios e independentes. Editoriais antes acreditados tornaram-se peças de folhetins. O que antes era tido como publicação exemplar de repente vira arauto a serviço do dinheiro e da semvergonhice. Artigos buscados avidamente com os olhos ao alvorecer já não se prestam ao que queremos. A verdade não mais existe. A liberdade de imprensa é falsa.

Dinheiro nenhum compra a liberdade. Mas a liberdade de imprensa se vendeu por uns trocados. Acordos obscuros puseram a mídia na bandeja da corrupção. A imprensa tem novo Senhor. Ou continua tendo os mesmos senhores. Nós é que não sabíamos.

Embalados num mesmo saco, descobrimos tardiamente que imprensa e poder financeiro ocupam o mesmo espaço contrariando as leis da física.

Para nosso desespero tudo hoje se vê e a tudo assistimos impotentes.

Se já não tínhamos Justiça em que confiar agora nos tiraram a confiança na Imprensa.

Valha-nos Deus.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 20/03/2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O Intrigante!

Caros Colegas.

Há questões que são abordadas aqui depois de maturadas para evitar tropeços na formação de conceitos. Outras, no entanto, devem ser tratadas tempestivamente pelo caráter de urgência que a indignação imprime, muito embora comportando o cuidado de sempre na preservação da verdade e respeito no tratamento.

O Blog PreviPlano1 se orgulha de não recusar a publicação de comentários. Todavia, nesta data tivemos que deixar em “quarentena” determinada participação de inconformado com nossa condição de aposentados. Isto pelo cuidado em não ferir suscetibilidades e acatando conselho de orientador mais vivido e sábio – Mestre Valentim.

Dizendo-se da ativa e pertencente ao Previ Futuro, o indesejável comentarista do blog direciona ao conjunto de aposentados as mais deslavadas injúrias, creditando nossas reclamações e pleitos aos campos da fofoca e da preguiça. Alegando ainda que o Banco seja o dono da Previ e tem mais é que sacar “seu dinheiro” daqueles cofres quando e como bem entender.

Desconhece o detrator as razões da ocorrência de superávits. Estes são oriundos dos aportes financeiros ao Fundo feitos pelos aposentados de hoje, quando na condição de ativos como ele se proclama. A bem da verdade, esses ativos têm hoje complementos salariais sob amparo dos superávits, em cada naco que o Banco vorazmente abocanha à sombra de justificativas fabricadas e sem apoio legal.

Não fora o concurso desta “velharia” que ele manda arranjar emprego no boteco da esquina, ou ir capinar uma roça (talvez para deixar à mostra o capim que falta aos asnos, devido à sua proliferação nos dias atuais) nenhum superávit estaria sendo pleiteado por seus formadores, nem cobiçado por outros que nem de longe podem pensar em fitá-lo com olho gordo, por não terem contribuído para sua formação.

Superávits cumulativos também têm sido alimentados pela incúria dos dirigentes, do Banco e da Previ, no cumprimento canhestro de normas disciplinadoras da distribuição de benefícios, com interpretações dúbias de resoluções em proveito próprio.

Resoluções que propiciaram outros Fundos promover distribuição de benefícios aos seus assistidos, ao Banco e à Previ se prestam a justificar saques indevidos, numa dilapidação constante do patrimônio formado para pagar aposentadorias e pensões a quem fez poupança com esse fim, por trinta anos e até muito mais que isto.

No entanto ele, injuriador, esquece que já se beneficia destes superávitis, recebendo polpudas PLR do seu irresponsável patrão, por culpa deste último. Patrão que descaradamente cumpre suas obrigações trabalhistas com o dinheiro alheio, numa autêntica rapinagem acobertada politicamente por manobras escusas de autoridades vermelhas de despudor.

Diz ele que a Previ é do Banco, mas não nos indica onde buscar amparo a essa assertiva maluca. A Previ pertence a quem sua sigla determina. Na consumação da posse o patrão só entra na indicação da origem dos verdadeiros donos, no nome do nosso Fundo: Caixa de Previdência DOS Funcionários do Banco do Brasil.

Portanto, meu caro ativo que pretende promover discórdia entre nós - seu grupo e o nosso - contente-se com seu minguado salário dado pela paga que um concurso de sopinha de letras disponibilizadas em múltipla escolha transformou em emprego. Nesse mesmo emprego que nós, todos nós aposentados, entramos através de rigoroso “vestibular” que poucas faculdades teriam coragem de adotar nos dias de hoje, pois ficariam às moscas por falta de candidatos competentes. Emprego de que nos orgulhamos pela forma como o desenvolvemos. Em precárias condições de trabalho e muitas vezes em locais inóspitos, desprovidos dos confortos a que muitos estão habituados e deles desfrutam como funcionários da ativa, no Banco do Brasil.

Nós, os “velhos ociosos e fofoqueiros” que não sabemos votar como disse, não fomos contemporâneos do ar refrigerado nem das poltronas estofadas. Não tínhamos computadores para fazer nosso serviço. Não recebíamos participação nos lucros da empresa e as mordomias que tipos como você desfruta não nos chegavam nem em sonhos. Mas tínhamos orgulho do nosso trabalho. Enchíamos a boca para dizer que éramos funcionários do Banco do Brasil, porque naquela época ele era um patrão correto. Ao contrário, você tem esse emprego como um “bico”, até arranjar coisa melhor. Mas cuide-se. Mentalidades tacanhas dificilmente alcançam mais que seu mundinho permite. Mude de comportamento em relação à velhice. Caso contrário, ao ingressar em seu meio (se chegar a tanto), será o espelho que você usa: um velho intrigante e disseminador da discórdia.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 19/03/2010.