quinta-feira, 29 de abril de 2010

Merece respeito?

Caros Colegas.

ANABB – Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.

Fugindo totalmente à finalidade que a trouxe ao mundo, agora é declaradamente uma fachada para suprir suas empresas lucrativas.

Ao abrir um leque de parentescos e enquadramento de estranhos com acesso ao quadro de associados, a Entidade mostra para todos sua verdadeira vocação: fazer negócios.

Sua sede de poder não tem limites refletindo a megalomania de quem a dirige. E a massificação dos números tem sido a tônica a embalar suas metas.

Arvora-se em ser “considerada a maior associação de uma única classe de trabalhadores da América Latina”, com mais de 100 mil sócios e agora parte para conquistar novos horizontes numéricos.

Quem sabe quer ser a maior congregação de diferentes classes de trabalhadores? É o que se depreende da chamada por novos sócios que faz em seu Site, com a abertura de suas portas ao ingresso no quadro associativo.

Lá está dito que agora podem se associar “empregados das entidades ligadas diretamente ao funcionalismo do Banco do Brasil como: ANABB, Previ, Cassi, Empresas Bancorbrás, Cooperforte, Entidades do Sistema AABB e empresas integrantes do Conglomerado Banco do Brasil S.A. e cooperado da Cooperativa Habitacional ANABB Ltda. (COOP-ANABB)”.

Se não bastasse essa salada mista de categorias de trabalhadores, inventou parentes que também podem associar-se, tais como trinetos e trisavós de cônjuge, enteados, sogros, cunhados, etc.

A ânsia de poder é tamanha que perde o respeito por seus sócios e atropela até nomes históricos, chegando ao cúmulo de grafar em chamada de destaque São Luiz com “Z” ao se referir à respeitável capital do Maranhão – São Luís, que sediará o próximo CINFAABB.

O mais estranho nisso tudo é que os dirigentes da Associação aliaram-se a outros e montaram uma chapa para disputar a Eleição da Previ. São, portanto, pessoas com essa mentalidade que querem gerir o maior Fundo de Pensão da América do Sul. Talvez por isso mesmo, por ser o maior, pois só pensam em grandes números.

O que mais impressiona é o fato de que não tinham tempo para defender os participantes e assistidos do PB1 que querem proteger. Imaginem agora, tendo que cuidar de todos esses novos sócios e seus parentes com a dedicação proclamada.

Aliás, esses que abram os olhos porque dedicação não é o forte da ANABB. E preparem os bolsos para comprar seus produtos – a linha é variada, embora sem utilidade alguma para esse público alvo.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 29/04/2010.

domingo, 25 de abril de 2010

A questão é outra.

Caros Colegas.

Creio que estamos dando forças ao inimigo, porque o assunto não é tão simples como superficialmente aparenta. Queiramos ou não, se trata de uma questão polêmica e política.

Muito embora esteja mantida a acertada postura de afastar discussões políticas do Blog, peço licença para expor minha opinião sem querer abusar da boa vontade de todos, mas numa tentativa para descartar presenças indesejáveis. Assim, espero que os comentaristas evitem transitar por esse caminho com interferências contundentes, justamente para evitar as duas coisas: polêmica e política.

Numa reflexão desapaixonada, fica claro que esse Alencar de Castro é fictício e até seu linguajar soa falso, talvez para nos levar a crer tratar-se, de fato, de um sindicalista convicto - um “cumpanhêro”.

É sabido que nós, oriundos do BB, formamos numa classe à parte no seio bancário, tanto pelo conjunto de informações adquiridas como pela desvinculação do grupo manipulado pelos sindicatos.

Seja pelo grau de formação profissional, seja pela faixa salarial em que estamos incluídos ou, principalmente, pela condição de inativos o poder que querem exercer é nulo. Diferentemente da grande massa de trabalhadores em estabelecimentos financeiros, nós não estamos acorrentados à rotatividade no emprego nem aos baixos salários – presas fáceis dos movimentos sindicais. Portanto os pelegos não têm nenhum poder sobre nós e se desesperam por isso.

Para explicar o momento em que vivemos, entendo que visam nos envolver numa questão localizada para desviar-nos do foco maior – a sucessão presidencial, num duplo sentido. De se notar que procuram atacar o calcanhar de Aquiles, no nosso caso o leque formado por vários fatores, exclusivos do nosso âmbito: distribuição do superávit, aplicação dos recursos do PB1 (aportes do BB, Belo Monte, etc.), o aumento dos aposentados e a escolha do presidente da PREVI pela via torta - com a indevida e proposital interferência do governo. Presentemente este último ponto é mais urgente, pois temem nossa contribuição numérica para alijá-los do poder no nosso Fundo.

Assim sendo, com essas ações provocativas nos deixam ocupados com as particularidades afastando a temida questão principal, pois nos têm como um grave empecilho à consumação dos seus propósitos.

Para corroborar esse pensamento é necessário que saiamos do trilho em que andamos, fazendo uma rápida incursão a outro meio, o que servirá de consolo para crer que não estamos sozinhos na mira desses ataques. Outros segmentos estão sofrendo arremetidas semelhantes e não sucumbem à tática do adversário - estão retraídos, calados, esperando o momento certo de pronunciar-se e agir. Isto é o que ocorre com as forças armadas, o clero, os empresários, escritores, professores, estudantes, artistas, profissionais liberais, intelectuais de um modo geral, a grande mídia e por ai vai.

Por isso a preocupação dos situacionistas em agradar o povão, os coitados sobreviventes à custa dos penduricalhos populistas: bolsa família, bolsa escola, vale gás, restaurantes de um real, reajustes com cara de aumento salarial - coisas que dão votos, muitos votos. Como essas guloseimas não adoçam a nossa boca, e à falta do que oferecer, direcionam ataques jocosos ao grupo em formação ameaçando nosso patrimônio maior, na qualidade de aposentados e pensionistas da PREVI. Do mesmo modo essa diretoria que se afasta deve estar programando alguma medida de última hora para nos oferecer qualquer migalha a título de benefício. É como o tratamento dado aos aposentados pelo poder central, forjando intransigência na concessão de 6,14% de reajuste para, ao final, aproveitar-se da ingenuidade dos velhinhos donos de milhões de votos e num gesto de “bondade” conceder um pouco mais, quem sabe até “atendendo pedido” de determinado elemento do partido da estrela ou por encenada resolução do guru do sindicalismo. São atitudes tipicamente populistas e que, por isso mesmo, não se firmam entre nós.

Todavia, teimam em ignorar nossa capacidade intelectual e prometem tirar do fogo do inferno quem aderir a eles, “salvadores da pátria”.

Portanto, se não assoprarmos a brasa não seremos atingidos pelas fagulhas.

Deixemos o Alencar de Castro de lado, porém sem permitir que a boa fé esqueça a cautela - com a certeza de que outros virão no seu rastro sinuoso.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 25/04/2010.

sábado, 24 de abril de 2010

Aos incomodados, os fatos.

Prezados Colegas.

Nossa Associação não tem a pretensão de ser maior ou melhor que nenhum grupo. Apenas procuramos ocupar o espaço que nos é devido, dentro das propostas que defendemos.

A AAPPREVI nasceu pequena como tudo que tem origem no idealismo descompromissado. Ela está crescendo honestamente sem vínculo de qualquer natureza com quem quer que seja e também sem mentiras ou bravatas. Nossos propósitos são sérios e temos compromissos assumidos dando a certeza aos associados de que não os abandonaremos no meio do caminho a ser percorrido. Assim é que o contingente de confiantes sócios cresce numa média de três por dia, pois hoje já somamos 243 amigos congraçados com confiança e esperança, apenas dois meses e meio depois de a AAPPREVI ter sido criada. E já com duas Ações Judiciais gratuitas em andamento.

O Blog Previ Plano1 é um atestado inconteste da aceitação e interesse que nossos trabalhos atingem. Podemos até creditar aos seus números as manifestações deselegantes e ameaçadoras vindas de aglomerados poderosos tentando desestabilizar essa atuação.

Criado em 26/09/2009, somou até agora 49.886 visitas com 67.909 exibições de página de diferentes origens.

O quadro estatístico do Google Analytics dá uma visão da importância alcançada e por si só explica o temor que abala até a poderosa Contraf-CUT, que nada tem a ver conosco mas se intromete, incomodada com nosso crescimento e nas firmes posições que assumimos sem medos nem ranços. Sem falsos líderes ou estrelas.

A história está repleta de casos em que pequenos grupos assustaram gigantes mal posicionados. No nosso caso eles sabem que somos apenas 243 hoje, mas o conjunto que procuramos defender é superior a 120.000.

Aos incomodados, os fatos:

http://www.aapprevi.com.br/documentos/pdf/analytics_previplano1.pdf

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 24/04/2010.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Insensíveis degenerados!

Caros Colegas.


A História é mais bem contada através de imagens. Pena que o cinema é relativamente novo e o vídeo mais recente ainda.

No entanto, para comparar o conteúdo do vídeo da apresentação dos resultados em Brasília não precisamos ter participado de acontecimentos remotos. Temos acreditados relatos de ocorrências históricas montadas em cenas gravadas para o cinema.

As imagens deste vídeo da PREVI lembram julgamentos sumários acontecidos, como réplicas antigas desta ocorrência recente.

Em um anfiteatro blásfemo nos chegam reconstituições grosseiras do que foi o julgamento de Jesus, no célebre filme “A Paixão de Cristo” da nossa infância. Nos salões do antigo Senado Romano foi encenado o julgamento de César. Na corte de Nuremberg foram julgados e condenados bodes expiatórios escolhidos para aplacar a ira norte-americana.

E em todos esses antigos acontecimentos há uma cena comum: a prepotência dos acusadores.

Tudo isto nos traz de volta a esta farsa recente numa comparação com as mesas formadas para abrigar os acusadores daquelas incongruências históricas.

A PREVI montou estrategicamente aparato sem igual para encobrir verdades, enganando platéias sob o argumento de que as orientava quando, na verdade, a intenção primeira era afugentar insatisfações e iludir bem intencionados participantes. E isto conseguia abarrotando-os de números verdadeiros, mas cansativos, depois do quê permitia leitura de perguntas previamente selecionadas, com respostas estudadas e dúbias. Ao final passava a tratar a todos abaixo da mesa como se fossem acusados de crimes hediondos.

Invertendo a ordem do anunciado, os componentes debatedores transformavam a platéia em oponentes inconvenientes e perigosos.

O malfadado intento era conseguido a começar pela disposição do conjunto, tendo ao centro o presidente da Instituição como a declarar solenemente sua condição de mando. Posição esta enfaticamente lembrada com seguidos atos falhos dirigindo-se a todos como se fora a própria PREVI e o Banco do Brasil, reconhecendo este como seu verdadeiro patrão. Nisto ignorando seu papel de representante máximo dos participantes e assistidos do nosso Fundo. Tudo se não bastasse a companhia de figuras previamente estudadas para assessorá-lo com esgares de nojo e sorrisos irônicos.

Sempre foi uma mesa formada por debochados e cínicos integrantes que, ao invés de informar respondendo perguntas de resultados óbvios, tergiversavam com palavras cruentas e desafiadoras, como se a platéia estivesse repleta de inimigos seus e que deveriam ser vencidos a qualquer custo – até mesmo com demonstrações explícitas de desconforto por aturar sua presença, como a dizer: vocês nada são se comparados a nós e como nada deverão permanecer - aqui na mesa tudo somos e tudo podemos; recolham-se à sua insignificância.

Portanto caros colegas assistam ao vídeo antes que o tirem do ar.

Ali há cenas somente comparadas ao cinismo explícito da CPI do Orçamento com os debochados caras de pau “Anões do Orçamento”, larápios incontestes.
Cenas repletas de Valérios, Estêvãos, Arrudas, e tantas outras inqualificáveis figuras.

Essa mesa itinerante montada pela PREVI abrigou o máximo em cinismo e prepotência. Esse quadro escabroso precisa ser substituído por qualquer coisa que seja diferente, pois nada do que ali está encontrará paralelo em matéria de desserviço. Assim como não pode ser superado em ruindade, incompetência, deboche e prepotência.
Positivamente merecemos coisa muito melhor.

Por isso votemos contra. Somente assim teremos chances de conhecer dias melhores, mudando essa gente.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 19/04/2010.

Tarde demais. O vídeo foi editado com exclusão dos debates. Somente deixaram os resultados numéricos do interesse deles.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Descaso total.

Caros Colegas.

A insensibilidade tem limites.

Sem ter a pretensão de comparar-me ao Rei RC, sei como ele se sente ao declarar que gostaria de escrever algo diferente de tudo que já foi escrito, para compor uma canção ímpar.

A impotência que me abate por presenciar a insensibilidade da PREVI, me leva quase ao desespero lidando com sofrimentos de colegas que me procuram. E eu, dentro da pequenez de meus poderes, procuro em mim palavras para usar na formação de conceitos que sensibilizem os dirigentes da nossa Caixa. Nada encontro porque acho que tudo já lhes foi dito e nada quiseram ouvir. Não movem uma palha para minorar sofrimentos. Fecham os olhos à miséria fabricada e alimentada com o descaso proposital de que estão imbuídos. Do alto do conforto adquirido à custa do voto, robustecido pela esperança de milhares de participantes destituídos do mínimo de dignidade que a idade avançada lhes deve, essas pessoas posam prepotentes como senhores absolutos da razão e donos do direito de ignorar desgraças, a desfilar impávidos como se destituídos de culpas, distribuindo deboches com sorrisos sarcásticos em reuniões despropositadas.

Não há argumentos que nos convençam que a situação estabelecida transcorre dentro da normalidade. Não há como entender que dezesseis pessoas joguem com a sorte de tantos milhares que clamam por justiça na distribuição de migalhas.

São 16 dirigentes com o poder de gerir um patrimônio de 140 bilhões pertencentes a mais de 120 mil pessoas.

16 insensíveis dirigentes de um lado, sem saber o que é pobreza, desconhecendo agruras financeiras, ignorando problemas com moradia e saúde. Robustos e saudáveis. Ricos e confortáveis. E do outro lado uma legião de idosos à volta com o lado negativo de tudo que os 16 desfrutam.

São milhares a clamar por justiça e tratamento digno e cujo clamor não encontra eco. Ninguém levanta a voz para defendê-los. Nenhum ser superior se digna puxar as orelhas desses dirigentes para fazê-los enxergar o óbvio. Até parece que eles são superiores a tudo e a todos. Será que os mais de 120 mil participantes estão errados? Será que os cerca de 50 mil pedevistas e demitidos reclamam sem nenhum fundamento? Será que os desalojados pela CARIM agiram de má fé? Será que os que brigam na justiça contra desmandos fabricam motivos?

Alguma coisa está errada nisso tudo. Ou esses 16 estão certos e o resto...
Bem, o resto para eles é simplesmente o resto.


Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 16/04/2010.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Correção de rumos!

Caros Colegas.

Em toda campanha eletiva o normal é enaltecer as qualidades dos candidatos, enumerando-se suas potencialidades e as facções políticas de apoio que exercem o papel de atrair simpatizantes.

Isso numa disputa envolvendo o poder público e cujo voto é obrigatório, com diversidade de chapas concorrentes.

Todavia, no caso desta atípica eleição PREVI 2010, onde apenas duas chapas concorrem à votação, essa lógica não funciona, pois além de o voto ser facultativo deve-se enfatizar as más qualidades dos candidatos para afastá-los da disputa, deixando no páreo a outra chapa na esperança de que corrija distorções existentes. Isto porque aqui não valem influências partidárias por ambas abrigarem siglas rejeitadas pelo bom senso. Além do que neste particular o voto é facultativo e tão valioso quanto o outro, talvez até mais, sendo que aqui os resultados estão mais próximos uma vez que deles depende o bem estar do associado - e de seus familiares - hoje e sempre. E esse associado sabe que não pode ser omisso, sob pena de ter que responder por cobranças – até depois de morto - se negligenciar na vigilância dos benefícios devidos aos seus dependentes.

Por conta disso, há que se fazer um paralelo entre as candidaturas aqui comentadas.

De um lado se encontra um grupo escolhido para dar continuidade à má administração existente. Do outro uma chapa que se diz oponente, com a intenção de amputar os tentáculos malignos que solapam o patrimônio envolvido e trazer de volta o exemplo da boa administração.

De todo modo o que está em disputa é a primazia de defender participantes com direito a um patrimônio superior a 140 bilhões de reais, e esse mesmo patrimônio - seriamente ameaçado pelos desmandos permissivos acobertados pela atual conjuntura. Neste particular é bom lembrar que essa fortuna tem o destino certo de pagar benefícios previdenciários, devidos na forma de poupança amealhada à custa dos próprios beneficiários. E se continuar sendo mal administrada os destinatários correm sério risco de terminar seus dias na mais absoluta miséria, juntamente com todos aqueles que deles dependam.

Nessa ponta da disputa que mais diretamente nos afeta, como participantes do Plano de Benefícios n°1 da Previ, o que importa são os feitos dos nossos defensores eleitos em pleitos anteriores, independentemente de suas filiações partidárias e convicções políticas. Neste caso, como já tiveram sua oportunidade e nada fizeram, ou fizeram muito em direção ao nada, o único caminho a seguir é alijá-los do poder evitando o continuísmo destruidor.

Por isso, na eleição PREVI 2010 não se pode pensar nas siglas partidárias do voto obrigatório, nem em nomes bons em quem votar, mas simplesmente fixar-se na certeza de não votar em determinada chapa pela total negatividade que representa.
Deve-se, isto sim, contribuir para a implantação de mudanças e, a partir daí, exercer severa fiscalização para forçar os novos eleitos a trilharem o caminho da seriedade, com desempenho honesto e capaz.

Se não podemos trazer de volta à lisura os desencaminhados propositadamente, resta-nos a opção de mostrar aos noviços o bom caminho que lhes servirá de guia em respeito aos nossos votos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 13/04/2010.

domingo, 11 de abril de 2010

A grande família

Caro Langoni.

Publiquei sua mensagem nos comentários do post anterior a este por não encontrar como respondê-la com a desenvoltura desejada.

Não pude me fixar nos assuntos tratados porque um em particular me empurrou a alimentar devaneios. Refiro-me à grande família de nossas origens profissionais.

Aposentados e pensionistas. Ativos e pedevistas. PAA e demitidos. Pré e pós-67, pós-98 e, agora, pós 2006 - com e sem renda certa. PB1 e Previ Futuro.

Mas o que significa essa miscelânea de designações?

Para quem está de fora parece mais um samba do crioulo doido. Ou uma salada mista de minis eras geológicas. Mas para nós, integrantes do que já foi a grande Família Banco do Brasil significa tristeza. Significa contemplar o esfacelamento dessa família que já conheceu dias melhores, plenos de união e de apoio mútuo. Significa acompanhar a dissensão engendrada pacientemente pelo próprio Banco do Brasil, com o apoio de entidades que ajudou a criar sob o símbolo da preservação de benefícios.

Analisar essas nomenclaturas é o mesmo que assistir a um filme saudosista. É rever imagens que nos enchem de orgulho por ter estado nelas. É se emocionar ao sentir-se como irmão siamês apartado do outro corpo sem critérios médicos. É saber que seus irmãos se detestam entre si, porque o padrasto repartiu mal a riqueza que era de toda a família. É sofrer por saber que uns têm mais que outros e outros até não têm nada. E nada poder fazer.

Mas Deus nos dá consolo para todos os males. E no consolo acalentado nos mostra remédios para curar feridas e, no caso presente, recomenda-nos deixar de lado as cicatrizes e untar as chagas ainda abertas com o bálsamo da união.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 11/04/2010.