sábado, 28 de agosto de 2010

De que vale tudo isso

Caros Colegas.

É triste o que vivenciamos. É muito triste conviver com a insensibilidade dos órgãos que nos assistem. Positivamente estamos abandonados. E, o que é pior, sendo explorados descaradamente exatamente por quem deveria nos proteger. Do Banco é compreensível a atitude. É perfeitamente cabível que atue a serviço do Governo, seu patrão, que pensa que é seu dono. Mas da PREVI esperava-se comportamento mais digno, mais humano e mais coerente com a sua formação. Afinal a Caixa não pertence ao Banco, nem ao Governo. Ela ai está graças ao seu passado, construído com o dinheiro desse bando de “velhotes que choram de barriga cheia”, como mal disse o presidente dos fracos e oprimidos, Sua Excelência o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva.

Usando suas palavras, ouso dizer que nunca na história deste país se viu tamanho descaramento ao se tratar de assunto tão sério quanto uma classe e seus idosos. De nada adianta parte da sociedade se pautar em falsos slogans e tronchas informações de que os aposentados e pensionistas que recebem pela PREVI são privilegiados. Privilegiados como, se vivem das migalhas que transbordam dos seus próprios cofres? Desde quando ser roubado deslavadamente é privilégio? De onde tiraram essa idéia de que ser anoso neste país é alguma regalia? Como os fracos podem sobreviver em uma sociedade que somente reconhece direitos se exigidos através da força? Como pode uma categoria garantir seus bens e suas posses se não tem a cultura da violência? Como podem os aposentados e pensionistas se apegar ao que lhes pertence, e que o governo lhes toma, se os que detêm o poder somente conhecem a linguagem da greve, criada por eles mesmos?

Tudo isto é deveras lastimável. Metem a mão na poupança dos dependentes da PREViI sem medos como se, também, não lhes sobrassem culpas. E assim agem porque sabem que a essa categoria não cabe o direito de greve, pois aposentado não tem porque fazer greve. Só se for greve de fome. Mas isto seria o seu fim porque os deixariam morrer à míngua sem atendimento, para livrarem-se dessa carga que aos olhos do Poder é imprestável. Isto porque governos sucessivos já lhes exauriram as forças deixando-lhes os ossos à mostra. E as hienas do poder rejeitam-lhes os ossos porque têm muita carne fresca à disposição para se deleitar, compradas com o dinheiro desses mesmos pobres coitados. Desses velhotes inservíveis eles agora só querem as moedas amealhadas com a paga do trabalho forçado na época dos músculos fortes e da mente explorável. Porque hoje são infindáveis feixes esqueléticos que pesam nos ombros do governo já que reclamam por direitos e se apegam aos tostões que ao Planalto faz falta, por incompetência dos que lá se aboletaram, incapazes de gerar riquezas honestamente. Em apenas oito anos de governo não dá para competir com quem levou 106 para juntar dinheiro - mais precisamente 140 bilhões de reais. Ainda mais que essa dinheirama toda pertence a um bando de velhos em idade terminal que não têm como levar nada no caixão. Afinal, se vai ficar tudo para o governo depois que o último deles se for, lançar mão agora é apenas uma antecipação da fatalidade. E, também, no momento eles não precisam de nada para “aproveitar” os últimos dias de glória: ganham bem e são irresponsáveis; têm à disposição restaurante para comer “PF” a um real; remédios genéricos baratíssimos propícios à eutanásia; vacinas específicas para inocular vírus das mais variadas gripes com a promessa da cura impossível. Portanto é mole, mole apropriar-se da sua poupança e este governo não está inovando nada. Há precedentes. E sacar dinheiro dos Fundos de Pensão é como tirar bala da boca de criança.

Mas isso não é tudo. Até uma porcaria de empréstimo simples esperado por todos não é anunciado, mesmo quando é sabido que tudo já está delineado. Com prazos e limites fixados, os poderosos ficam fazendo politicagem para tirar proveito das honras do anúncio. Parece-lhes que os tomadores formam um bando de velhacos e caloteiros que nunca honraram as prestações vencidas. Mas mesmo que quisessem agir como velhacos e caloteiros não teriam como dar trambique porque a mensalidade é descontada na FOPAG. E as cabeças pensantes que determinam e liberam o mútuo sabem que os devedores já incorporaram ao seu orçamento o fruto do realinhamento anual amparado em normas específicas. Por isso fazer segredo das regras é comportamento sádico. Isto é desumano, deplorável e condenável sob todos os aspectos. Quem assim age não pode e nem deve voltar à posição de mando. Mas disso cuidaremos depois, com chapas imaculadas.

E não me venham falar em código de ética, pois não se enquadra. O conhecimento prévio das novas regras do ES é de vital importância para seus tomadores e a ninguém mais interessa. Então por que fazer segredo dos seus números? Acaso a divulgação vai quebrar a bolsa? Vai diminuir o PIB nacional? Vai provocar uma corrida aos bancos? Vai modificar as tendências das pesquisas eleitorais? Por que calar? Nós só queremos entender!

Por fim, o mais relevante de tudo é que, também, ainda temos um superávit a ser distribuído e com prazo de validade quase vencido. Superávit que ainda não foi aplicado como manda a Lei porque o Banco do Brasil tem planos para ele e faz da Lei o seu pão de cada dia. Juntamente com o superávit se encontra todo o patrimônio da PREVI. E o Poder já decidiu onde empregá-los ao seu bel prazer, mesmo sabendo que não pode mexer em um centavo do que ali está. Mas mexe. Mexe e tira. Mexe e rouba. E continuará tirando e mexendo e roubando se nada for feito.

Infelizmente de nada adianta apelar para as associações que deveriam proteger todo o patrimônio porque elas também se escondem. Parece que existe um medo terrível de peitar os poderosos. Uma covardia encadeada travando vontades, desejos e capacidades como se fossem iniciar uma luta fora da legalidade. E em algumas impera a lei de se dar bem sonegando informações.

É inadmissível que pessoas de duplo trânsito nada tenham o que dizer. Ora, se oficialmente freqüentam duas cúpulas forçosamente sabem das coisas que lá acontecem. Mas guardam para si o que têm obrigação de divulgar aos seus eleitores. E escondem informações preciosas e vitais para estes, que beiram o suicídio levados pelo desespero.

Os Eleitos da Previ participam de reuniões seguidas e delas saem mais ignorantes do que antes dos eventos. Somente divulgam amenidades e fotografias. Muitas fotografias onde estão sempre bem postos, enfatiotados, nem parecendo que a algumas dessas “reuniões proveitosas” foi o acaso que os levou através de um “convite inesperado”, no último instante. Depois ninguém ouviu, ninguém viu e ninguém fala. Tenham dó! É a cômoda e acovardada postura dos três macacos sábios.

Por tudo isto, esgotados os meios diplomáticos, há que se trilhar o caminho da justiça na busca de amparo aos assistidos da PREVI - enquanto é tempo. Alguém tem que tomar uma atitude e inflamar seus pares incitando-os à razão.

Se nem o conjunto das associações nem a Federação que as aglutina se prestam a exercer o papel caberá a alguma delas agir isoladamente, com responsabilidade, e tomar a tocha nas mãos para atear fogo no paiol. Para fazer muito barulho e estragos no reduto dos poderosos. Adentrar a Casa da Lei com força e com vontade. E isso terá que ser feito logo, pois não dá mais para esperar. A morte não dá prazos.

Mas haverá uma Associação com peito para tal feito?

Quem sabe?

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 29/08/2010.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nosso caminho, nossa meta

Caros Colegas.

De tudo que ai se vê tiramos uma lição definitiva. A necessidade de se cuidar de mudanças nunca foi tão premente e oportuna como agora. Convivemos com expectativas cujos resultados serão determinantes para consagrar dias melhores. Ou para indicar a continuidade das incertezas com relação ao futuro e até mesmo quanto ao presente, que somente piora a cada dia que vemos passar por nós. Não podemos viver de promessas. O nosso amanhã já chegou e o nosso passado pede justiça.

Uma análise fria e desapaixonada comprova a falta de representatividade com que lidamos. Seja na PREVI ou na CASSI, e até nas associações que nos cercam, não contamos com defensores empenhados nas missões confiadas. Entra eleição e sai eleição, elegem-se candidatos e são empossados nos mais variados postos, mas não vislumbramos gestões independentes e comprometidas com o salutar desempenho das funções.

Também pudera, elegemos sempre os mesmos nomes. Nomes viciados com a mesmice administrativa, acomodados e acovardados diante da necessidade de inovar ao assumir seus postos. São nomes acostumados com cargos idênticos e sem capacidade empreendedora para implementar mudanças. Incapacidade alimentada por falta de vontade política ou pelos compromissos assumidos com grupos dominantes que atuam no campo associativo, sindical e patronal.

De nada adianta confiar nos “experientes” candidatos e aceitarmos seus slogans de campanha: vote em fulano que há “x” anos está à frente da associação tal; vote em beltrano que é dirigente sindical e participa da “luta contra o patrão desalmado”; vote em cicrano que vem de baixo, pois há mais de vinte anos não sabe o que é subordinar-se ao trabalho no Banco, mantendo-se por cima flutuando em cargos da Cassi e da Previ, sem nunca ter perdido uma eleição.

Isso de nada vale. E se levarmos o assunto para comparações corriqueiras, como na linguagem do futebol, veremos que está tudo errado com o nosso voto - eternamente desperdiçado. Máximas como “em time que está ganhando não se mexe” serve como ressonância para mexermos no time que está perdendo. A seleção do Dunga desandou. E foi mexida numa tentativa acertada para evitar novos fiascos. Os “experientes” foram trocados por carne nova e já no primeiro jogo mostraram serviço.

É chegada a hora de fazermos o mesmo. Por isso temos que partir para jornada arrojada com a visão no futuro próximo. Precisamos urgentemente de mudanças nos setores que nos afetam e cujos dirigentes são eleitos com o nosso voto. Vamos pensar em gente nova, descompromissada com o peleguismo. Despida da camisa do patrão e coberta com o manto da honra. Protegida sob a redoma da honestidade e dotada da força de vontade inovadora. Portadora de boa visão que enxergue os problemas da velhice, com a certeza de que poderão ser minorados com trabalho, fé e perseverança.

Precisamos cuidar das mudanças necessárias para sanear a Cassi e a Previ. Está comprovado que a dança das cadeiras deve acabar, pois o ritmo é lento, as cadeiras são ocupadas sempre pelos mesmos dançarinos que, ocupados com a dança em si, não têm tempo para trabalhar por nós. Ou não se incomodam com isso. Até porque não lhes sobra tempo para tal com a visão voltada para o próximo cargo, pois nem bem tomam posse já pensam na campanha seguinte. E o resto que se dane, uma vez que o soldo está garantido e a legião a que servem está satisfeita com o seu desempenho.

Pensando assim a AAPPREVI abre a temporada de caça aos candidatos. Não uma caça predatória, mas uma caçada ecologicamente correta. Vamos pinçar nomes para nossas próprias chapas. Para isso esqueçamos os dirigentes da AAPPREVI que já foram premiados com a oportunidade de fazer história, e estão muito ocupados no cumprimento da missão. Serão muito mais úteis no “posto efetivo”.

Preparem-se, Colegas. Abasteçam seus currículos de indignação e vontade de mudanças. Cerquem-se de conhecimentos dos assuntos que nos dizem respeito e retirem do fundo do baú seus diplomas de honestidade e trabalho. Troquem o velho pijama pelo guarda pó desbotado do artesão da vida. Larguem o controle remoto da TV e afinem os dedos no teclado do computador para escrever a nova história dos aposentados e pensionistas.

Contamos com todos vocês - sócios ou não, ativos e inativos - para formarmos chapas seguras e capazes de transformar nosso abalado e corroído mundo velho. Nós não estamos mortos, ainda. Vamos tirar da parede do descaso os velhos medalhões embolorados como se fôssemos enfeitar uma casa nova com ornatos cintilantes, cheios do brilho da esperança.

Mãos à obra.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 26/08/2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Garota do Censo

Caros Colegas.

Está se tornando perigoso escrever sobre o PB1. Não se pode mais dizer “nós” nas tentativas de alertar autoridades para os buracos que ratos estão fazendo no “nosso” queijo. Sempre aparece quem diga que não passou procuração para defendê-lo.

É só alguém publicar um manifesto, uma carta ou mesmo um bilhete endereçado a algum intocável para a gritaria ser grande. As suscetibilidades feridas são muitas, e os atingidos não se fazem de rogados ao alfinetar os pobres diabos que tentam fazer alguma coisa com a arma de que dispõem.

Mesmo que esta arma seja a mais eficaz de toda a história moderna para combater dirigentes inescrupulosos e omissos, ninguém está livre de ser atacado duramente ao usar a palavra escrita, seja onde for e na defesa do que quer que seja. Até mesmo os inocentes Blogs de cunho específicos passaram a ser alvo da sanha dos atingidos.

Todo conteúdo deverá passar doravante por uma finíssima peneira que filtre as conotações comparativas, somente permitindo a passagem do superficial. Assuntos como política, religião, futebol, raça, ideologia são tabus, mesmo que mencionados aleatoriamente. As citações não poderão mais conter frases como ‘Graças a Deus’ porque alguém virá contestar em nome dos ateus. Não se poderão citar vultos da história por suspeição: ou são anarquistas, ou materialistas, exterminadores, comedores de criancinhas e “otras cositas más”. Nomes de políticos então, nem pensar: estaremos enaltecendo partidarismos ou fazendo campanhas publicitárias. Times de futebol também engrossam a lista, porque retratam a alma do brasileiro. E o que nos sobra é muito pouco – ou quase nada.

Faz parte da estratégia de convencimento de quem defende teses apelar para reforços de linguagem com citações, exemplos, ditos ou frases de efeito. Mas nos Blogs isto deve ser evitado, pois os vigilantes de plantão estão atentos para rebater qualquer coisa que se lhes afigure ofensiva. E para eles isso é um mundão de coisas.

Ontem recebi em minha casa a Garota do Censo que, já início de noite, polidamente pediu permissão para a abordagem, desculpando-se pelo inconveniente do horário. Com prazer a recebi e atendi ao que vinha. Muito simpática e polida me fez as perguntas de praxe, corriqueiras, e respondidas sem inconvenientes, sem observações desnecessárias. Estranhei que no corpo do questionário não constaram certas conotações básicas: religião, ideologia e futebol como preferências do entrevistado. Entendo agora que estas coisas não interessam ao governo, pois de nada adiantam para o bem estar do povo, na sua visão. Às autoridades somente interessa saber quantos somos, assim como ao pecuarista basta conhecer o número de suas cabeças. Deve estar provado aí que isto é assunto de somenos importância, pois dele os Blogs já cuidam para atacar freqüentadores.

Ficou difícil pedir providências para defender necessidades básicas de participantes do PBI (note-se que escrevi “de participantes” e não “dos participantes” – é perigoso querer defender a coletividade). Itens como realinhamento do Empréstimo Simples, distribuição do superávit, voto de minerva, mudança de estatutos e outros não parecem ser unanimidade.

Se forem endereçadas cartas a Senadores há reclamações; a lista contém nomes de “traíras” ou peca por omissão, estando incompleta. Carta ao Presidente Lula também desagrada; a linguagem usada é forte e desrespeitosa ou é muito branda, fraca em contundência verbal. Dirigir-se aos Eleitos também desagrada; estão lá graças ao nosso voto e devem ter vergonha na cara e cumprir as promessas de campanha; ou devem ser tratados com mais respeito e bajulação, afinal nos representam dignamente.

Então, fazer o que?

Devo esquecer ao que me propus e passar a agir egoisticamente?

Devo usar o Blog para uso próprio na defesa dos meus interesses e abandonar todos aqueles que em mim confiam?

Devo dar ouvidos aos magoados com o que escrevo e deixar de falar em nome de todos os aposentados e pensionistas iguais a mim?

Será que terei que escrever cartas usando apenas o pronome EU? Vejamos como ficará aos olhos de quem leia pedidos nestes termos:

Senhor Presidente da República:
Peço que diga ao Banco do Brasil para não meter a mão no meu dinheiro que está na PREVI...

Senhor Senador:
Cumpra o dever de honrar o voto que lhe dei e diga na tribuna para a PREVI pagar a parte do superávit que me toca...

Manifesto à Nação:
Eu, Marcos Cordeiro de Andrade, quero que conheçam minha situação de penúria como participante do Plano de Benefícios n° 1, da PREVI, pois fui funcionário do BB e hoje ganho pouco para sobreviver...

Carta à FAABB e às Associações:
Sei que já fazem muito por mim, pelo que sou agradecido e nada tenho a reclamar, mas será que poderiam dar um jeito de melhorar, ainda mais, minha qualidade de vida?

Será que funciona, ou devo esquecer os melindrados e tocar o barco?

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 23/08/2010.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Associação de todos

Caros Colegas.

Toda associação gira unicamente em torno dos sócios, razão maior de sua existência, e tudo que acontece no seu interior é assunto que diz respeito ao conjunto desses instituidores. Nelas não se deve tratar do que quer que seja a portas fechadas somente deixando transparecer resoluções havidas que agradem aos seus dirigentes e que lhes tragam elogios e votos futuros. Cada associado é dono de uma parte de tudo que ali existe e acontece, seja bom ou ruim para si e seus iguais. Por isso ele precisa ter conhecimento e participar das ocorrências nos momentos em que se processem, desde os projetos iniciados passando pelas tratativas até a divulgação dos resultados. Nesse entendimento, o associado tem o elementar direito de conhecer o dia a dia da associação que é mantida com o seu dinheiro - até porque será ele em última instância o destinatário do que advir. E sua participação ativa somente contribuirá para o sucesso de todas as tentativas de acertos para beneficiar o conjunto em que está inserido.

Os participantes do Plano de Benefícios n° 1, da PREVI, ativos, aposentados e pensionistas, perfazem um total de 120.000 pessoas que buscam unirem-se em grupos representativos (as associações) para defender sua posição na situação de dependência, sempre em confronto com os mandantes no Fundo.

Pela complexidade dos riscos a que os participantes estão expostos com perda de benefícios e usurpação de direitos, de vez que o Plano é erroneamente administrado em prol do Banco do Brasil como administrador que somente enxerga seus interesses, essas forças antagônicas estão dispostas desproporcionalmente. Isto porque do lado do patrocinador ele tudo pode e tudo faz em desrespeito à Lei e à Ordem, enquanto que os participantes contam para sua defesa com pouca ou nenhuma força exercida pelas associações a que estão vinculados, pulverizadas pelo país afora em 32 núcleos incapazes de fazer frente aos seus algozes por falta de uniformidade nos atos e atitudes. Mesmo geridas sob administrações corretas, essa incapacidade se dá por serem impotentes para lutar contra as arbitrariedades praticadas sob a cega visão da Justiça. E muito embora essas entidades concentrem mais de 60.000 sócios em suas fileiras, elas atuam como compartimentos estanques ainda que os seus propósitos e fundamentos se afinem com os desejos e as necessidades de todos.

Os estatutos dessas entidades propugnam as mesmas diretrizes e se fossem unificadas em nada perderiam da essência. Ao contrário, ganhariam em representatividade pelo volume dos seus componentes. E seriam imbatíveis no trato dos assuntos por que lutam.

Tempos atrás, no dia 11 de março de 1993, numa tentativa de promover essa unificação sem ferir identidades foi criada a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil – FAABB, para congregar as Entidades com o intuito de coordenar trabalhos direcionados a um mesmo fim – defesa dos aposentados e pensionistas oriundos dos quadros do BB. Em que pese o caráter louvável da iniciativa, o resultado não foi o esperado por motivos vários, entre eles a teimosa alegação de preservar-se independência com sustentação de vaidades.

Assim é que, mesmo irmanadas sob uma mesma representação, as Associações de Aposentados e Pensionistas continuaram dissociadas do objetivo comum, trabalhando isoladamente enclausuradas em suas siglas, sedes e diretorias. O que se esperava ser uma união de forças tornou-se uma extensa corrente formada de seqüenciais elos fracos. E essa falta de união permitiu ao Patrocinador do Fundo crescer desmesuradamente em sua ousadia e prática desleal, promovendo o desgaste crescente do patrimônio formado para pagamento de nossos benefícios, culminando por bandear-se descaradamente para o lado do governo que no momento manda e desmanda na PREVI, desvirtuando suas finalidades e pondo em risco o futuro de todos nós, como seus dependentes.

Numa tentativa desesperada de por fim aos desmandos praticados, vimos conclamar as afiliadas da FAABB para que se ponha em prática os preceitos de união e igualdade, e formar um plano de ação conjunta sob a mesma diretriz.

Se deixados de lado projetos individuais inócuos, será proveitoso explorar a capacidade de todos os dirigentes, e seus colaboradores, para elaboração e desenvolvimento de um projeto capaz de enfrentar com sucesso as forças oponentes que no momento agem sem freios e sem temores. Para tanto, faz-se necessário começar pelo incremento de campanhas para alcançar novas filiações a todas as associações do gênero, de modo a engrossar o volume de nossa representatividade como um todo, passando dos atuais 60.000 sócios e alcançando, quem sabe, o número ideal de 100.000 filiados. Mesmo com o atual volume temos capacidade para mudar os rumos das próximas eleições na PREVI e na CASSI, desde que unidos. Imaginem com o número que perseguimos!

Com essa intenção, seria de bom alvitre que a FAABB arrogasse a si a tarefa de coordenar a feitura dos fundamentos de um bem planejado esquema, com uma visão mais arrojada em direção ao trabalho conjunto para enfrentamento legal dos óbices existentes, a começar por encaminhar um questionário/proposta a ser preenchido pelas suas 32 afiliadas. Esses trabalhos conteriam as idéias a serem empregadas na elaboração de um potente e arrojado projeto para execução sob a responsabilidade de todos, respeitando a orientação soberana da FAABB.

Como subsídios para alinhavar a teia, a federação poderia orientar suas afiliadas no sentido de captar sugestões dos seus associados para servir de suporte à participação de cada uma no trabalho, e o conjunto dessas colaborações redundaria na proposta final para encaminhamento à FAABB. O assunto a ser tratado versaria, primordialmente, em torno da necessidade de agirmos com ações diretas e contundentes, pela via judicial e demais opções. Já as despesas resultantes seriam rateadas entre as Associações, e a Ação judicial interposta representaria a totalidade dos participantes do PB1, independente do número de associados de cada Entidade envolvida. Ou de todas, como queiram.

Para o sucesso da empreitada a FAABB poderia incluir essa proposta na agenda da sua próxima reunião anual a realizar-se em setembro, ao que me consta. E para que não fique apenas em discussões, o assunto deve ser tratado preliminarmente através de contatos pertinentes, via e-mail, deixando para a reunião a definição imediata da execução do plano, pois não há tempo para as costumeiras e exaustivas introduções que ocorrem em casos da espécie. É recomendável, ainda, que o acesso à reunião seja restrito à participação das afiliadas da FAABB, somente facultando a palavra aos oradores devidamente identificados, evitando-se convites a terceiros e vedando terminantemente o acesso de estranhos ao evento - como representantes da ANABB, BB, CASSI, PREVI, etc., para tornar saudável o encontro e evitar discussões e interferências danosas aos planos em andamento.

Através do link abaixo os participantes do PB1 poderão penetrar no mundo das afiliadas da FAABB e a elas dirigir sugestões e questionamentos, com pedidos para engajamento na campanha.

Ali constam as Siglas de todas as 32 Associações e os nomes dos presidentes com respectivos e-mails. De se notar que esses dados estão à disposição do público nos Sites das Associações referidas, e aqui apenas os unificamos para facilitar o contato dos associados com suas Entidades. Portanto, não estamos divulgando segredos e nada configura quebra de sigilo ou invasão de privacidade. De igual modo esta proposição está sendo encaminhada a todos os constantes da relação, que esperamos sejam contatados pela Federação, dispensando boa acolhida ao que ora se propõe.

http://www.aapprevi.com.br/documentos/pdf/relacao_assoc_maio_2010.pdf

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 18/08/2010.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Carta de Valentim ao Sasseron

Joinville (SC), 9 de agosto de 2010.

Ilmo. Sr.

JOSÉ RICARDO SASSERON

Dd. Diretor de Seguridade da PREVI

Praia de Botafogo, nº 501 – 3º e 4º Andares

22.250-040 – RIO DE JANEIRO (RJ)


Prezado Diretor Sasseron,


EMPRÉSTIMO SIMPLES – Chegou ao nosso conhecimento que, durante os debates realizados no encontro, na AABB em Balneário de Camboriú, no dia 06-08-2010, com Diretores e associados das AFABBs do Cone Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), ao qual, infelizmente, não me foi possível comparecer, em que pese minha posição de Diretor de Comunicação da AFABBJ, teria V.S., respondendo pergunta feita pelo Vice-Presidente Administrativo da AFABBJ, sobre elevação do teto do Empréstimo Simples de R$ 75 mil para R$ 150 mil e dilatação do prazo de 72 para 150 meses, argumentado que o maior problema residiria no “endividamento” dos tomadores.


Por isso mesmo, entendemos que a PREVI deveria elevar o teto do E.S. ao máximo possível, até o final do mês de setembro próximo, a fim de possibilitar aos aposentados e pensionistas a renovação de seus empréstimos contratados em2009, proporcionando-lhes, desta forma, recursos para a quitação antecipada de outras dívidas que mantenham junto a outros credores, Banco do Brasil inclusive, o que lhes proporcionaria, com certeza,maiores saldos líquidos em seus proventos mensais de aposentadoria, com melhoria no respectivo padrão de vida, alívio emocional e maior tranqüilidade.


Ademais, permita-me, caro Diretor, argumentar que do “endividamento” deve cuidar cada um, individualmente, não cabendo, segundo entendo, à PREVI tal tipo de preocupação, mesmo porque se os mais endividados não puderem contar com a compreensão da PREVI, que administra os recursos de nosso fundo de pensão, para melhorar suas condições financeiras, fatalmente terão que se valer de outras fontes, contraindo empréstimos muito mais onerosos, quiçá de agiotas.


Vale lembrar, também, que, por se tratar de empréstimo consignado, a PREVI nada perderá, inclusive porque conta com seguro permanente do saldo devedor para ressarcimento em caso de falecimento do mutuário.


Ressalte-se, ainda, que o valor do empréstimo a ser concedido estará vinculado à disponibilidade na margem consignável, pormenor que limitará o montante do empréstimo.


Todos sabem que as aposentadorias concedidas a partir de 1998, foram assaz prejudicadas em seus valores em decorrência dos oito anos de congelamento salarial da era FHC, que provocou a redução das contribuições. As mudanças no Estatuto em 1997, também geraram diminuições injustas nas complementações pagas pela PREVI. De tudo isso, resultou, obviamente, decréscimo acentuado na margem consignável, margem esta que somente poderá ser incrementada se a PREVI conceder reajuste linear de 30 ou 40%, para todos os assistidos e pensionistas, mediante utilização de parcela da Reserva Especial destinada à revisão do plano de benefícios.


Outra maneira factível e segura de possibilitar a concessão de Empréstimo Simples de maior valor a uma quantidade maior de beneficiários, seria a dilatação do prazo dos 72 meses atuais para o máximo de até 150 meses.


Considere-se, por oportuno, que, nos dias atuais, pode-se atribuir ao próprio Banco parcela ponderável de responsabilidade pelo endividamento de seus servidores e aposentados do Plano de Benefícios nº 1, administrado pela PREVI, em decorrência da facilidade na concessão de empréstimos extra - folha, para pagamento em até 96 meses (oito anos), além do cheque-ouro, operações essas oneradas com taxas de juros que, não raro, exorbitam o razoável.


Na expectativa de merecer sua atenção e poder contar com o seu valioso e imprescindível apoio ao pleito, que a todos os participantes e assistidos do Plano de Benefícios nº 1 beneficiará, aproveito a oportunidade para renovar protestos de estima e consideração.



Atenciosamente,


________________________________
Carlos Valentim Filho – matr. 1.899.740-6
Posse no Banco em março/1949
Aposentado desde outubro/1980

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Carta aos Senadores

Caros Colegas.

Eis a carta que estamos encaminhando aos Senadores da Republica, verdadeiramente imbuídos no nobre propósito de representar a população brasileira com honestidade e fidelidade ao sagrado cargo em que estão investidos.

Curitiba (PR), 13 de agosto de 2010.

Excelentíssimo Senhor Senador.

Na condição de um dos seus representados como cidadão brasileiro tomo a liberdade de inteirá-lo de fatos negativos envolvendo a PREVI, muito além daqueles que no momento engrossam o noticiário da mídia e já freqüentam o plenário do Senado Federal.

Lamentavelmente a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) tem sido usada politicamente ao longo do tempo, num incessante processo de desmantelamento estrutural e financeiro sem que algo seja feito para coibir os abusos perpetrados, nem mesmo por aqueles que foram investidos na função de bem gerir os seus destinos, mas que, inescrupulosamente, valeram-se dos cargos para permitir o uso indevido do patrimônio do Fundo e contribuir para a ocorrência de delitos de toda sorte.

Em ações judiciais, manifestos e interpelações, as 32 entidades que congregam os aposentados e pensionistas do Plano de Benefícios n° 1, da PREVi, têm sido incansáveis em denunciar os desmandos perpetrados sem que, no entanto, alguma voz se levante em defesa desses participantes, compostos de idosos em idade avançada quase que na totalidade.

Mas quis o destino que a nossa Câmara Alta desse ouvido ao clamor público provocado pelos seguidos escândalos envolvendo a PREVI, que no momento afloram com força ocupando a mídia e, sob o peso da dignidade e o senso de proteção ao povo a quem servem, os Senadores chamaram a si a prerrogativa de inquirir os envolvidos nas acusações, num alento de esperança a nos embalar.

Para fortalecer sua presença na Reunião do próximo dia 31 e municiá-lo com argumentos contundentes, comprovadamente acreditados, enumero a seguir os principais pontos negativos em que um dos convidados a depor tem participação direta, pela seqüência dos fatos condenáveis havidos, e permitidos em sua gestão de forma contumaz. Neste ponto ele é duplamente culpado: por não reparar os erros passados e por dar continuidade às irregularidades e desmandos perpetrados – imprimindo participação direta por oito anos seguidos.

Ele teve ingerência na distribuição criminosa de parte do superávit cujo rateio deveria contemplar os 120.000 participantes, mas onde uns poucos receberam somas altíssimas (inclusive dirigentes, seus pares) enquanto que a maioria nada auferiu, ainda que enquadrados na mesma lógica distributiva - nesse episódio houve quem recebesse R$ 1.700.000,00, num flagrante desrespeito às normas vigentes. Vale salientar que esse ato foi reconhecido publicamente pelo Senhor Sérgio Rosa como merecedor de reparo, por indevido, mas onde não fez valer sua autoridade de presidente para sanar as irregularidades (foram mais de 8.000 beneficiados nesse “pacote” vergonhoso). É bom dizer que os preteridos estão recorrendo à Justiça e que esta tem reconhecido, em primeira instância, o ferido direito de isonomia.

O presidente da PREVI, nomeado pelo patrocinador Banco do Brasil para defender ali os seus interesses, age descaradamente para beneficiar o patrão. Tanto é que, na gestão do Sr. Sérgio Rosa, o Banco usou de artifícios contábeis para lançar mão de cerca de nove bilhões de reais do patrimônio do Fundo para engordar seus balanços. Deste modo gerou lucros artificialmente com a finalidade de suplantar a concorrência no ranking dos mais lucrativos. A partir dessa ocorrência (que ele denominou de Fato Relevante) distribuiu dividendos aos acionistas, entre eles o Governo como maior beneficiário, e pagou PLR aos funcionários da ativa em cumprimento às determinações legais, mas com o dinheiro do Fundo, e não dele como seria óbvio.

O descumprimento da Lei Complementar n° 109, de 22/05/2001, notadamente no seu Artigo 20 (obrigatoriedade de distribuição do superávit acumulado em três exercícios seguidos), também se deve à gestão Sérgio Rosa. A PREVI, por interferência dos seus gestores, nega-se a fazer a distribuição normativa entre seus beneficiários para favorecer o Patrocinador, que reclama ter direito a 50% do montante, ao arrepio da Lei, além de permitir os saques virtuais à época dos balanços semestrais. De se notar que esse comportamento evidencia a interferência danosa do Governo, via Banco do Brasil, nos negócios da nossa Caixa de Previdência.

Aliás, essa postura é característica de governantes incompetentes que, Incapazes de gerar riquezas honestamente para alimentar seus programas megalômanos, assaltam o dinheiro público sem se importar com os estragos causados, principalmente aos menos favorecidos e indefesos. FHC investiu pesada e cruelmente na política neoliberal mal aplicada e sucateou o BB destruindo seu bem maior, o funcionalismo, para fazer caixa à sua custa. O Governo atual rouba descaradamente a poupança previdenciária de 121.000 idosos, amealhadas ao longo de 106 anos de sacrifícios com o pagamento ininterrupto de mensalidades por trinta anos ou mais de sua vida laboral.

O Governo Fernando Collor saqueou a poupança dos brasileiros e é bom lembrar que esses três governantes sempre perseguiram os aposentados e pensionistas originários dos quadros do Banco: Fernando Collor os taxou de marajás; Fernando Henrique, de vagabundos e o atual, Luís Inácio Lula da Silva diz que são velhinhos aloprados que choram de barriga cheia.

A gestão FHC criou dispositivos próprios para beneficiar o patrocinador, permitindo-lhe demitir mais de 50.000 servidores aos quais vedou o direito ao saque de suas reservas aportadas ao Fundo. Isto mediante alterações estatutárias na PREVI com a mesquinha visão de aumentar seus ganhos, onde forçou esse contingente a aderir aos Planos de Demissão Voluntária (PDV) instituídos, mediante condenáveis métodos de convencimento. Reconhecidamente pelos que vivenciaram o episódio, foi um período onde imperou o terror entre eles levando-os ao desespero e à insegurança. Com essas demissões o Banco enxugou sua folha de pagamentos visto que os excluídos eram os mais antigos da Casa e conseqüentemente os mais caros. Esses servidores, sem receber as indenizações reclamadas, são responsáveis pela formação de uma classe de injustiçados, párias remanescentes da degola efetivada e que trazem seqüelas até os dias de hoje. Como sobreviventes aos métodos terroristas de assédio moral e pressão de toda sorte exercida no ambiente de trabalho, estão à margem da sociedade e amargam a pobreza em que foram jogados, onde até suas moradias foram confiscadas pela PREVI, através da sua Carteira Imobiliária, por falta do pagamento das mensalidades que não puderam honrar. Mesmo assim tiveram melhor sorte do que os que são portadores de males psíquicos e, também, sem contar a quantidade dos que cometeram suicídio por não suportar a desonra de que foram vítimas.

Com o advento do governo dos trabalhadores esperava-se que essas injustiças fossem reparadas. Mas a gestão do Senhor Sérgio Rosa nada fez nesse sentido apesar dos insistentes reclamos das associações e grupos criados, e as seguidas interpelações e ações judiciais interpostas. De se notar que até projeto de Lei específico tramita avocando a readmissão desses servidores injustamente alijados do emprego. Calcula-se que a PREVI economizou cerca de R$ 22 bilhões ao não restituir as reservas desses participantes, tudo para engrossar o patrimônio face à cobiça do Patrocinador que se diz dono de 50% do montante acumulado. Tanto é que sorrateiramente vem sacando esses ativos na forma de aportes contábeis aos seus balanços semestrais, sem que os Órgãos fiscalizadores próprios exijam o cumprimento da Lei, mas isto se explica porque o Governo dá respaldo a esses desmandos, embora nada justifique esse comportamento.

Baseado nesses fatos seria de bom alvitre que o senhor Sérgio Rosa fosse submetido às seguintes perguntas:

1. Qual foi o seu envolvimento no acordo entre o BANCO DO BRASIL x PREVI realizado em 1997, que perdoou R$ 10,97 bilhões referentes à dívida previdenciária do BB com os funcionários pré-67?

2. O Banco do Brasil quitou seu passivo trabalhista com o dinheiro oriundo do fundo de pensão, onde metade desse montante pertencia aos funcionários. Como se explica essa situação incomum, onde um devedor quita seus débitos com o dinheiro do credor?

3. Qual foi o prejuízo para a PREVI no caso Opportunity/Daniel Dantas?

4. A diretoria da PREVI tem participação no conselho de administração de várias empresas. O que explica a total falta de percepção desses diretores da PREVI no caso Kroll? Conivência ou incompetência?

5. Quais os critérios utilizados pela PREVI na aquisição de alguns investimentos que antecipadamente o senso comum detecta que não trará retornos?

6. Historicamente a PREVI vem sendo obrigada a adquirir verdadeiros “micos” como Costa do Sauípe, Hopi Hari, Paranapanema e outros. Por que as sucessivas diretorias teimam em manter esses investimentos que só trazem prejuízos para os participantes do Fundo?

7. Existe algum processo administrativo ou mesmo judicial para responsabilizar cível e criminalmente essas diretorias envolvidas na aquisição dos investimentos pouco ortodoxos?

8. Por ser oriundo do movimento sindical, qual foi sua participação na aquisição de cotas do FDIC da BANCOOP?

9. As cotas do FDIC, apesar de não terem dado prejuízo, renderam apenas a metade do que estava previsto. Esse fato não prova a falta de competência da equipe encarregada de monitorar esses investimentos?

10. A finalidade de um fundo de pensão é manter-se equilibrado. A PREVI vem atuando como se fosse uma empresa privada, cuja única finalidade é obter lucro a qualquer custo. O que foi feito para a melhoria dos benefícios e pensões com a riqueza acumulada, hoje da ordem de R$ 144 bilhões?

11. Como justificar o pagamento de verdadeiras fortunas para um pequeno grupo de participantes na malfadada Renda Certa, que atualmente está sendo contestada na justiça ?

12. A justiça tem dado ganho de causa a inúmeros processos contra a PREVI. Na sua gestão a ordem era recorrer desses processos, mesmo com dinheiro de sobra. Isso não deixou explícito que sua gestão era a favor do patrocinador e do governo?

13. A confecção de dossiês, além de não serem objetivos de um fundo de pensão, deve ter envolvido um valor expressivo. Quanto custou cada dossiê aos cofres do Fundo?

14. O último dossiê apontando o tráfico de influência, envolvendo a filha do ministro da Fazenda com o Banco do Brasil, foi elaborado durante sua gestão na PREVI, ou foi feito depois de sua saída?

15. Em sua opinião, qual a maior benesse que um diretor da PREVI recebe? Os salários pagos pelo fundo de pensão ou a participação no conselho de administração das empresas participadas?

16. Essa geração e retenção expressiva de superávit foi uma determinação do Banco do Brasil ou do governo para utilização nos projetos de infraestrutura de retorno duvidoso? Entre eles destacam-se a Usina de Belo Monte e financiamento das obras para a copa de 2014 e das despesas decorrentes das Olimpíadas.

Senhor Senador, uma vez satisfeitos esses questionamentos, não restarão dúvidas quanto ao envolvimento do ex-presidente Sérgio Rosa no esquema montado para desestabilizar a PREVI, pois sabemos que o nosso Fundo de Pensão é hoje um núcleo a serviço dos sindicalistas, do Partido dos Trabalhadores e do próprio Governo, de onde sugam o patrimônio dos participantes e assistidos, enquanto estes sobrevivem com enorme sacrifício percebendo minguados benefícios e à mercê de empréstimos disponibilizados pelo Patrocinador, pela PREVI, por financeiras e agiotas, e assistem impotentes à dilapidação da garantia de sua velhice.

Saudações,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente da AAPPREVI – Associação dos Aposentados e Pensionistas da PREVI.

www.aapprevi.com.br
www.previplano1.com.br

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 13/08/2010.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quem quer 1.000.000 de votos?

Caros Colegas.

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI, tem compromisso com os 181 mil associados e suas famílias, pois é seu dever garantir o pagamento de benefícios atuais e futuros de aposentadoria e pensão, amparados no patrimônio de R$ 144 bilhões amealhados ao longo de 106 anos com a cobrança de mensalidades dos participantes, engrossadas pelas aplicações financeiras regulamentares.

Esse patrimônio está fadado a desaparecer se persistirem os desmandos praticados na PREVI.

As recentes denúncias nesse sentido veiculadas na mídia correm como um rastilho aceso em direção a inúmeros barris de pólvora ligados em série, representados pelas urnas, e que certamente nelas explodirão em sinal de protesto se as medidas saneadoras próprias não forem adotadas em tempo hábil.

A menos de dois meses das eleições Presidenciais, e outras, nota-se que os candidatos desdenham da capacidade de discernimento desse universo de eleitores, avaliados em cerca de um milhão de votos computando-se participantes, assistidos e seus familiares diretos (sem contar os amigos e parentes afins).

Respeitadas as preferências desse universo de eleitores, obviamente os seus votos penderão para o lado que melhor defenda seus interesses, notadamente pelo caráter de risco que seu breve futuro enfrenta, sabendo-se que compõem o grupo da última idade – em que mais conta o presente, pela proximidade do fim da vida.

No momento em que pressentem o esfacelamento da poupança formada como garantidora da velhice e amparo aos dependentes, somente lhes resta apelar para as autoridades responsáveis, pelos meios ao seu alcance. Assim sendo e não possuindo poder de barganha maior, no momento apropriado farão uso da arma que melhor se presta como argumento terminal, pois penetra fundo nos políticos candidatos, e que os atinge ferinamente – o voto.

A podridão que grassa na PREVI está prestes a ser averiguada. Neste exato momento, 11h30min de hoje, dia 11 de agosto, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado) decidiu:

1) Recomendar à Procuradoria Geral da União fazer investigação para apurar os fatos denunciados pela Revista Veja;

2) Marcar audiência pública para o dia 31/08 onde serão ouvidos o ex presidente da PREVI, Sérgio Rosa, e o ex servidor da PREVI, Gerardo Xavier Santiago, sob a acusação de quebra de sigilo, formação de quadrilha e outros crimes.

Por tudo isto, se faz necessário que a atual direção da PREVI cumpra o seu papel e se apresse em direcionar aos participantes e assistidos todos os benefícios a que fazem jus, pendentes de distribuição e já enquadrados nos normativos próprios, sob pena de engrossarem o rol dos denunciados e responderem, na forma da Lei, pelo crime de omissão do desempenho da função, em prejuízo de dependentes da terceira idade, protegidos pelo Estatuto do Idoso e Estatuto da PREVI a que estão vinculados.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 11/08/2010.