sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Caros Colegas.

A chegada de um novo ano sempre renova as esperanças nos nossos corações e mentes. Por isso fazemos votos sinceros:

Que esse de 2011 nos traga os meios enviados por Deus para suprir nossas carências e necessidades materiais.

Que o Criador continue olhando pelo nosso espírito e nos faça ver o próximo com mais compreensão e amor.

Que a caridade, o respeito e a humildade prevaleçam como sentimentos a nos guiar no trato com os nossos semelhantes.

E que a busca pelo bem estar dos que de nós dependam permaneça acima dos nossos próprios interesses, pois ao servirmos seremos servidos na mesma proporção do nosso empenho, pela satisfação do dever cumprido com a Graça Divina.

Feliz Ano Novo a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 31/12/2010.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AAPPREVI e a ADIN

Curitiba (PR), 29 de dezembro de 2010.

À
Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil - FAABB

Prezados Senhores.

Seguidas vezes dirigimos alertas à Presidente dessa Federação no sentido de não aceitar incondicionalmente a Resolução 26 como base legal para distribuição do Superavit da PREVI. Em que pese a veemência dos nossos apelos, a Presidente Isa Musa de Noronha achou por bem acompanhar os demais convocados para compor o quadro de negociadores nessa questão, assinando Memorando de Entendimentos com teor vago e comprometedor pelas cláusulas estipuladas.

Com base nesse acordo que reputamos espúrio, o Banco do Brasil se prevaleceu da autorização que lhe foi dada, em nome do universo de participantes representados pelos Dirigentes assinantes do compromisso, para assenhorear-se de 50% do patrimônio da PREVI, mesmo sem apoio na legislação vigente.

Tivesse a Presidente Isa Musa de Noronha cumprido diligentemente o seu papel, negando-se a assinar aquele documento, forçosamente o rumo dessa história teria sido modificado tomando a direção correta da legalidade.

Calcados na certeza de que aquele ato redundará em prejuízo permanente aos seus representados, na qualidade de componentes das Associações de Aposentados afiliadas, a AAPPREVI vem respeitosamente solicitar suas providências para reverter a situação criada por essa Federação, na pessoa de sua Presidente.

Deste modo, encarecemos ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) denunciando a ilegalidade da Resolução CGPC N° 26, de 29/09/2008, de modo a impedir que o patrocinador (Banco do Brasil) se perpetue consumindo o patrimônio da PREVI ilegalmente.

Por oportuno, cumprimos o dever de informar que este pedido está amparado no que preceitua a Constituição Federal:

Art. 103. Podem propor a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004);

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (entre outros).

Para tanto, a AAPPREVI coloca-se à disposição dessa ilustre FAABB aportando os recursos ao alcance, seja prestando orientação efetiva através da Assessoria Jurídica, seja com aportes financeiros para suportar as despesas a serem rateadas entre suas dignas afiliadas.

Pela premência exigida na assunção dessa responsabilidade, pedimos pronta resposta à presente, pois temos contas a ajustar com os nossos associados relativamente ao impasse criado pelo inadequado comportamento da sua Presidente.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo da AAPPREVI
Associação dos Assistidos, Aposentados e Pensionistas do Plano de Benefícios N° Um, da PREVI

Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR) - 29/12/2010.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Presa fácil

Caros Colegas.

Conhecemos bem com quem lidamos, por isso mesmo é de estarrecer o comportamento “ingênuo” dos que decidiram pela distribuição do superavit do modo em que foi imposto. Não há desculpa palpável sob a ótica da boa fé para explicar a aceitação do termo de doação posto à mesa pronto e acabado para assinatura. E que, sem contestação, foi aceito e assinado pelos nossos tarimbados representantes, todos com mais de trinta anos de experiência no trato com o dono do dinheiro.

Quando na ativa, conhecemos e aplicamos os métodos poucos ortodoxos usados pelo Banco do Brasil para conduzir seus negócios na área comercial. Os seus contratos, chamados mútuos, são normalmente abarrotados de normas e regras escritas em linguagem dúbia para confundir a outra parte, numa inteligente redação contendo termos e expressões que deixam subentendido nas entrelinhas que o mutuário aceita incondicionalmente subjugar-se à vontade do Banco. E isto nos acompanha na aposentadoria quando contratamos empréstimos de toda ordem: Cheque Especial, CDC, Seguro, Renovações, Composições, etc.

Neste contrato de agora não foi diferente embora aos mutuários fosse dado o direito de modificar a redação, coisa inusitada e de cuja prerrogativa eles abriram mão – não se sabe sob quais condições. Mas os técnicos não precisaram se esmerar no texto, pois fizeram um trabalho elementar porquanto se destinava a mutuários de pouca experiência, supõe-se. É isto que remete ao entendimento de que houve consenso na aceitação do engodo.

É sabido que o necessitado por aporte financeiro quando procura o Agente para pleitear benefícios o faz quase que em desespero. Daí a posição do Banco de senhor absoluto da situação para conduzir o negócio num plano inclinado que leva o resultado aos seus cofres, deixando o mutuário com a ilusória sensação de que foi bem atendido. Ao contemplado resta aceitar os termos e ficar amarrado ao seu benfeitor – que supostamente o tirou do aperto.

O acordo assinado pelos entendidos no caso presente é eivado de segundas intenções, marca registrada do BB, pois ali nada está claro. São linhas escritas de modo a permitir a interpretação que o Banco e a Previ queiram dar à doação dos 7,5 bilhões de reais, extraídos fraudulentamente do patrimônio do PB1. O compromisso foi assumido sob o artifício de que permitem aos donos do superavit usufruir da metade dele como se fora favor supremo, o que oficializa a rapinagem da outra metade.

Nesse contrato está dito como o Banco determina à Previ fazer concessões financeiras aos seus participantes, mas sem se deter em pormenores técnicos e práticos que suportem a destinação de modo claro. Todo o conteúdo dá margem à desconfiança na interpretação, mas por enquanto vamos nos dedicar a três itens apenas:

a) - Benefício Especial Temporário de 20%. Depois de feitos os cálculos ele se reduz consideravelmente. Além de não incidir sobre a parcela do INSS – o que vai de encontro à finalidade do Plano que é complementar aposentadoria - há que se deduzir os descontos de IR (27,5% para muitos) e da CASSI (3% para todos). Também não está implícito se incidirá o percentual de Pensão Alimentícia. Portanto, em se considerando mais esse abatimento (20% de PA) o alardeado beneficio cairá para menos de 10% para tantos que se enquadrem assim.

b) – Antecipação de 12 parcelas do benefício. Aqui se constata mais riscos iminentes. Por que não se usou o termo “retroação”? Uma vez que o superávit sob distribuição refere-se ao acumulado até 2009, perde-se todo o ano de 2010 sem recebimento algum. De se notar que as “negociações” arrastaram-se durante todo o ano de 2010, e o Banco já contabilizou sua parte. Se não bastasse esse “prejuízo”, a declarada “antecipação” pode ter uma de duas interpretações: ou refere-se ao último dos exercícios prometidos e aí o pagamento fica reduzido em sua extensão, ou pode ser entendido como o pagamento antecipado de todo o exercício de 2011. Neste caso, a PREVI poderá atribuir-se o direito de nada pagar durante o ano de 2011 (o da antecipação).

c) “A manutenção do Benefício Especial Temporário estará condicionada à existência de saldo disponível no fundo previdenciário específico”.
Ora, se cálculos foram feitos para suportar esses pagamentos, como em algum momento poderá não haver saldo disponível? Em quais circunstâncias o dinheiro poderá acabar antes do tempo? Por culpa de quem ou do quê? E por que não foi dito o mesmo com relação à parte do Banco?

Por tudo isto, é de se lamentar que nada tenha sido aquilatado pelos experientes negociadores que se deixaram (?) iludir pelo ladino Banco do Brasil, ao impor o contrato faccioso. Tivesse o documento merecido acurada leitura, como era de se esperar, de modo elementar poderiam ter exigido novo e mais explícito texto.

Esperemos que as distorções sejam corrigidas e que os temores registrados não se confirmem, para evitar mais transtornos e dissabores. O importante agora é aprendermos a lição no esforço de passar de ano e ocupar novas salas. E que no currículo seguinte mereçamos a orientação de outros professores – mais hábeis e interessados em prestar assistência e ajuda aos seus “alunos”.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 27/12/2010.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Caros Colegas.

Durante todo este ano de 2010 recebemos a visita diária de inúmeros colaboradores sob o permanente olhar dos seguidores, trazendo suas mensagens de solidariedade e companheirismo. Hoje invertemos a via de comunicação e o Blog Previ Plano 1 pede licença para penetrar no mundo particular de vocês.

Na impossibilidade de dar um respeitoso abraço em cada um, pela distância que nos separa, elevamos nosso pensamento ao Criador pedindo abençoar uma viagem virtual para transportar na bagagem os mais sinceros votos de paz, harmonia e prosperidade, fazendo com que este seja um

Feliz Natal para todos:

Ademar, Ademir Peruzzolo, Airton Portilho, Alcides Maurício, Alencar de Castro, Alexandre Ostramari, Amadeu Tamandaré, Ana Lúcia, Ana Maria, Ana, Anderson, Ângela, Anônimos, Antonia, Antonio Eustachio, Antonio J. Carvalho, Ari Zanella, Aristophanes, Ary Taunay, Áurea, Beatriz, Bruno Baumgartem , Carlão, Carlos Félix, Carlos Norberto Kasper, Carlos Quintela, Carlos Roberto Magna, Carlos Valentim, Carmen, Célia, Célida, Charles Donald, Chico Silva, Cidimar Alves, Claudemir Dalmenico, Cláudio Pavan, Cláudio, Corila, Daisy, Dantas, Darcy Ferreira, Denise, Dilson, Ed (blog), Edgardo, Edinalva, Eduardo Köhler, Elaine, Elenita, Eliana Maria, Eliana, Elias, Eliete, Elis, Elisângela, Elizabete, Elizabeth, Elvira, Ênio, Ernesto, Euclides, Eusébio Mesquita, Evandro Vilela, Faraco, Fernando Toscano, Flávia, Francisco Rodrigues, Gasampa, Geny, Geralda, Geraldo Guedes, Gilvan Rebouças, Giongo, Guilherme, Gustavo Patu, Hamilton, Helenice, Heleno Pinto, Hélio Teixeira, Henrique Soares, Heráclito, Heraldo Nóbrega, Holbein, Ina, Inês de Lima, Irailva, Isa Musa, Iuri, Ivan Rezende, Jader, James Paiva, Jander, Jane Torres, Janussa, JBMonteiro, Jeanne, Joana, João Batista, João Carlos, João José Junqueira, João Rossi, João Santana, Joaquim Luiz, Jonas, Jorge Teixeira, José Adrião, José Álvares, José Aristophanes, José Carlos Ferrari, José Domingos, José F. Rovere, José Heitor, José Luiz da Silva, José Luiz, José Roberto Eiras, José Roberto, José Tadeu, Juarez Barbosa, Julita, JVasconcellos, Langoni, Laninha, Laura, Lázara, Leda Goellner, Leomax, Leonardo Gondim, Lízia, Lorena, Lourdes, Lourdinha, Lourival de Souza, Luis Eustáquio de Castro, Luiz Augusto, Luiz Carlos dos Santos, Luiz Edmundo Baptista, Luiz Herculano, Luiz Parussolo, Luiz Portilho, Maciel, Manoel Sales, Marcelo, Marco Antonio, Marco Aurélio Damiano, Marco Júlio, Marcos Francisco, Margarete, Margareth, Maria Antonia, Maria Claudete, Maria de Lourdes, Maria do Carmo, Maria do Socorro, Maria Eleonora, Maria Elizabeth, Maria Francisca, Maria Helena, Maria Inês, Maria Joana, Maria José, Maria Lúcia, Maria Regina, Maria Rosa, Maria Sílvia, Mariano Branquinho, Mariete, Marivalda, Mary, Maurício Furtado, Maurício, Mauro, Mesquita Santana, Mesquita, Milton, Mirian, MLUGarcia, Moacir Júnior, MSA Sousa, Nelson Campos, Nelson, Neuza, Nilda, Odair Pedro, Odilardo Carneiro, Onival Celestino, Othon Freitas, Paraguassú, Passavais, Paula Regina, Paulão, Paulo Assunção, Paulo Beno, Paulo Borges, Paulo Cezar de Tarso, Paulo Motta, Paulo Segundo, Pedro Paim, Pedro Paulo, Plínio, PRCirne, Raul Avellar, Ravacci, Roberto Abdian, Ricardo Annoni, Rita de Cássia, Roberto Tiné, Roberto Varella, Rogério Carvalho, Rosa Maria, Rosalina, Rubem Tiné, Russel Furtado, Sandra Rebeca, Sandra, Sérgio Cidade, Sérgio Figueiredo, Sérgio Inocêncio, Sílvia, Socorro Aragão, Solonel, Sônia, Tereza Cristina, Terezinha, Tollendal, Uita, Vânia Alencar, Vânia, Vera Lúcia, Viana, Wagner Cardoso, Wanderley, Wânia, Washington Lopes, Welington Mesquita, Wilson Luiz, Zaidan.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 24/12/2010.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pobres coitados

Caros Colegas.

Fico em dúvida a quem dirigir o rótulo de coitados. Se aos participantes do PB1, ou se aos Dirigentes da PREVI. Felizmente o dicionário dá duplo sentido ao termo, por isso posso atribuí-lo sem constrangimento.

Nós, aposentados e pensionistas que dependemos da PREVI, somos coitados pelo sofrimento que amargamos sob o jugo dos seus desalmados e insensíveis dirigentes. Estes, por sua vez, merecem ser tratados de coitados no entendimento de que são uns desgraçados e infelizes.

No momento em que todas as famílias merecem partilhar do festivo espírito do Natal, nossos dependentes se quedam na incerteza do cumprimento de promessas feitas. Hoje, véspera da data magna da cristandade, quando os corações anseiam por paz e tranqüilidade, muitos carregam um sentimento de impotência e de frustração por não usufruir dos poucos recursos que lhes são devidos. Por sádica determinação de uns poucos – ou por falta desta mesma determinação – estamos impossibilitados de prover um Natal digno de ser comemorado. Não que o dinheiro prometido seja imprescindível para superar o momento, pois nem todos contavam com isto, ou disso precisem para se suprir. Mas promessa é dívida, e em cima do que nos é prometido temos o direito de prometer também, aos outros e a nós mesmos.

Também, há que se pensar na grande massa de iludidos com as promessas saídas de bocas que mastigam ouro e cospem amargura. Os colegas de poucas posses, por auferirem parcos proventos, contam com o dinheiro prometido como recompensa pela fidelidade do crédito dado aos infelizes manipuladores da vontade alheia, que usaram de subterfúgios e argumentos deturpados para servir aos seus senhores. Prometeram distribuir pão e vinho para a ceia do Natal e jogam nas mentes esperançosas a dúvida da desinformação. Semeiam a necessidade da busca por certezas e dão margem a que arautos do desespero tentem socorrê-los na tentativa de satisfazer seus anseios de esperança, aumentando assim o descompasso do bom assedio aos canais de informação que tratam do assunto. Com isso somente aumenta o quase desespero pela ausência de informações concisas e confiáveis.

No entanto, essas informações determinantes estão na vontade de uns poucos que as dominam. E por conhecê-las as manipulam ao sabor do sadismo do seu procedimento condenável, talvez pelo prazer masoquista de infligir dor, para tirar proveito ao anunciar a esperada notícia do crédito quando bem lhes aprouver - com o pensamento voltado para próximas votações.

A PREVI, através de sua cúpula, sabe tudo a respeito das liberações dos tostões direcionados aos participantes, como distribuição de parte do superávit. A pauta da consecução das autorizações para determinar o crédito dos valores já está definida. Tanto é que já cumpriram uma seqüência do acordo fajuto.

É sabido que a incorporação das duas verbas ao contracheque de dezembro teve a motivação de proporcionar a incidência dos 20% sobre esses beneficiários, num segundo momento. Portanto não resta dúvida que a direção do Órgão se armou da garantia e segurança de que já pode fazer todos os créditos. E se assim é, já tem as datas agendadas.

E por que não divulgar essas datas? Por que não efetivar os créditos restantes, atrelados ao mesmo compromisso?

Melhor seria declarar que a esmola somente estará disponível na folha de janeiro. E se é intenção liberar ainda em 2010 que determine a data, porquanto ela é conhecida pelos poucos coitados, infelizes e desgraçados dirigentes da PREVI.

Feliz Natal a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 23/12/2010.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Oposto

Caros Colegas.

Desde que fundei o CANAEL cultivo outra lista que lhe serve de oposto, pois esta é bem menor que a outra, mirrada até. O Cadastro se presta a mostrar uma mistura de nomes bons e ruins para ocupar cargos nas Entidades que nos servem, como aposentados e pensionistas. E lá estão colocados para ser vitrine ao olhar crítico dos eleitores interessados. Já a minha outra lista, sem título ainda, é uma pretensão de registrar somente bons nomes para concorrer a esses cargos, notadamente na PREVI e CASSI, e até mesmo na AAPPREVI, pois pretendo cumprir bem o meu mandato e entregar o boné à cabeça que lhe assente.

Ironicamente as duas relações crescem guardando sua característica primeira – o oposto. Enquanto o CANAEL a cada dia recebe acréscimos, o rol dos bons diminui, para minha tristeza. No momento em que necessitamos urgentemente apresentar vultos para compor novo conjunto de “negociadores”, me deparo com o temor de que possa repetir o engano da última escolha quando, por erro de avaliação, enalteci quem não merecesse tamanho empenho. E a dúvida recai também entre eminentes formadores de opinião, cuja postura e comportamento recentes me abriram os olhos para critérios defendidos.

Posso estar redondamente errado, mas guardo a opinião de que quem tem seguidores, seja por admiração ou por respeito, não pode defender posições pessoais. Essas figuras emolduradas precisam sobrepor-se aos problemas que enfrentam e visar o coletivo, atentando para o que melhor possa ser recomendado - ou calar-se, para não dar maus exemplos.

Ninguém tem culpa se hoje não tenho um teto para deixar aos meus dependentes, seja por qual razão for. Nenhum deles morrerá se não tiver um imóvel, de papel passado, para morar. Pois mora-se em qualquer lugar desde que se garanta a vida: pode-se sobreviver numa caverna, na rua, sob a ponte, no topo de uma árvore ou até mesmo dentro de um tonel, se bem que esse tipo de moradia hoje em dia não encontrará habitante – foi inventada por um sábio como hoje não mais se encontra. Não se morre por falta de cobertura. Mas morre-se de fome.

Ninguém igualmente é culpado por eu não ter uma farta ceia de Natal, por isso não posso pensar somente na minha Ceia. Posso comer uma ceia normal, como a de todos os dias, de todos os anos, desde que conte com recursos para mantê-las juntamente com todas as outras refeições até meus últimos dias, e dos que de mim dependam.

Por isto está difícil manter minha pequena lista de bons nomes. Ultimamente tenho tirado de lá mais do que colocado, e ela diminui assustadoramente. Para que possa mantê-la peço a ajuda de todos os freqüentadores do Blog Previ Plano 1: apontem nomes que sejam verdadeiramente confiáveis. Mas, por favor, não me venham com nomes viciados, repisados e comprovadamente inservíveis pelo passado recente, e que repudio.

Por esses não moverei uma palha. No entanto, do mesmo modo que elevei quem me traiu, proclamarei aos quatro ventos as qualidades de quem for unanimidade nos conceitos primários a contemplar uma liderança: honradez, lealdade e desprendimento por amor ao próximo. E que mantenha a visão no bem estar futuro de todos os aposentados e pensionistas do PB1, esquecendo a si como unidade carente, mas se incluindo no coletivo necessitado.

Feliz Natal a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 21/12/2010.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Egoísmo

Caros Colegas.

Tenho plena consciência de que o mundo não acabará em mim. O meu mundo é que findará comigo. Por isso fecho os olhos para minhas mazelas, que são cuidadas, e os abro para o futuro de quem fica. Tenho 71 anos e uma família a cuidar, agora e depois da morte. Sou responsável pelo que criei e ao assumir esse compromisso não foi com um contrato com prazo de validade. A família é formada a partir de um gesto de amor desprendido, e não pode ser abandonada à própria sorte quando o fato gerador deixar de existir.

Se o passar do tempo nos dota de experiência, o peso dos anos por vezes nos torna egoístas. É sabido que a velhice é o termômetro que mede a temperatura da paciência e da tolerância. No entanto, o universo do idoso se encurta com o acúmulo dos anos vividos, se atrofia e o sufoca. Por isso, em momentos decisivos que envolvam sua subsistência ele é levado a duvidar de si mesmo, da sua capacidade de amar no presente e depois da morte. E, assim, cala o coração e fala pelo bolso, pois o instinto de preservação se manifesta fazendo-o esquecer o compromisso assumido com sua alma, olvidando que a família não pediu para ser formada e que ele responde pelo seu bem estar em vida e depois dela. E se não há chances de continuar a dedicação após o seu fim, cabe-lhe esforçar-se ao máximo para que não sofram materialmente por culpa de suas atuais negligências – ou do seu egoísmo.

O egoísmo é um sentimento condenável em toda a vivência do indivíduo, ainda que tolerado em certa fase irresponsável da rota cumprida. Mas na velhice, a idade da razão, é inadmissível essa postura mesmo em se olhando para o bolso vazio. Na hora de pensar entre o seu futuro e o dos seus espera-se que fique com o mais duradouro, até porque o seu futuro já chegou. De nada adianta findar-se de burra cheia cortando as perspectivas de bem estar dos que ficam. E é bom lembrar que mortalhas não têm bolsos, nem existem ataúdes com gavetas.

Nesta negociação recém concluída é de se supor que quem dela cuidou fechou os olhos para o amanhã, assinando no escuro uma promessa de ganhos imediatos. Trocaram um patrimônio inteiro por sua metade, firmando ainda um compromisso de que seu crescimento ficará destinado na mesma proporção. Já se fala em novas tratativas para cuidar de benefícios e até cifras são citadas para distribuição, mas corremos risco de amargar novos prejuízos se deixarmos o mesmo grupo cuidar do assunto. Se eles já estão comprometidos como poderão mudar a postura? Afinal, acordos assinados devem ser cumpridos. A não ser que se revoguem os seus termos por indevidos – ou por desqualificação dos acordantes.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 19/12/2010.