quinta-feira, 26 de maio de 2016

Porque o aposentado não vota



Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 26/05/16.
Caros colegas.

Aliado ao descrédito nas gestões passadas, saltam aos olhos os motivos que contribuem para a disparidade de votos computados por ativos e aposentados nas eleições para nossas Caixas.

Se de um lado persiste a afluência maciça do pessoal da ativa nas votações, os aposentados e pensionistas cada vez mais se afastam desse cenário com justificadas razões.

No caso dos ativos explica-se sua presença com a quase obrigatoriedade imposta pelo BB via SISBB, aliada à propaganda de peso subvencionada pelas grandes associações - atuantes como situacionistas. Estas, notoriamente, não têm limites de gastos para propaganda com dinheiro extraído de suas milionárias arrecadações. E ainda contam com a condescendente contribuição no uso do acervo de endereços dos sócios. Já aí nota-se porque chapas menores, ditas de oposição, concorrem em reconhecida desvantagem. Acrescente-se a agravante de que essa concorrência se avulta pela existência de funcionários nas dependências do Banco atuando em nome de sindicatos, da CUT, e de Entidades como a ANABB, COOPERFORTE e outras afinadas com os interesses do patrocinador.

Mas não é só isso que caracteriza a “abstinência eleitoral” dos inativos. Há também explicações óbvias que a justifiquem, tais como a insistente inscrição de figuras carimbadas gerando desconfiança pelo acúmulo de cargos exercidos simultaneamente, como contumazes integrantes de chapas passadas, que pouco ou nada fizeram que levem alguém a repetir o voto nesses nomes.

Junte-se irrefutáveis constatações lembrando que quase nenhuma chapa resiste ao exame de isenção partidária que zere a repulsa existente, pois há sempre um ou outro militante infiltrado nelas e, por vezes, dirigentes de Associações defensoras do BB. Também, com raríssimas exceções, encontra-se amiúde nomes comprometidos com a busca de empregos onde usa-se a condenável prática de enxertar nomes confiáveis para dar brilho a pessoas interesseiras – desqualificadas, enfim.

Além do mais, é constrangedor constatar que os formadores de chapas ditas “independentes” tripudiam da capacidade de discernimento dos eleitores visados, ao praticar frouxos argumentos para impor nomes tirados do rol do compadrio.

Para atingir objetivos eleitoreiros, se imiscuem nos assuntos internos e soberanos das Associações exigindo apoio aos seus desígnios. Esquecendo convenientemente que os sócios são maiores de 60 anos, alfabetizados em grau elevado e profundos conhecedores dos males que os afligem - por conta do deficitário atendimento dispensado pelas Caixas, em que se deplora o concurso do egoísmo dos seus gestores (eleitos ou nomeados). Nesse sentido, bem agem as Associações ao fazer ouvidos de mercador a essas investidas, em respeito ao livre arbítrio dos integrantes do quadro social de cada uma delas.

Nessa linha de raciocínio, sobram argumentos para justificar a abstinência eleitoral dos aposentados e pensionistas. Vale lembrar que, mais recentemente, o encerramento da CPI dos Fundos trouxe à tona nomes de peso envolvidos em falcatruas no âmbito da PREVI, que atuaram contra os interesses dos participantes sem que os eleitos desempenhassem seu papel fiscalizador.

Para fechar o círculo que leva à comentada fuga das urnas, alie-se a tudo isto a constrangedora constatação de que o nosso voto servirá para eleger alguém, talvez de duvidosa competência, para ocupar cargos com escandalosos e multiplicados ganhos (em muitas vezes superiores aos nossos benefícios previdenciários), notadamente nesta época de crise em que tudo nos falta.

Com esse entendimento, não indiquei chapas ou candidatos. E não admito que alguém use o meu nome com essa finalidade como vem ocorrendo.
Mesmo assim, reconheço a existência de pessoas altamente capazes registradas em algumas das chapas concorrentes, mas isso não é suficiente para modificar os conceitos que aqui exprimo.

Dou ênfase ao fato de que deixei essas considerações para o final do prazo da eleição, para evitar ser acusado de defender interesses de quem quer que seja. E confesso que tenho simpatia por certos nomes inscritos, mas, entendo que a simpatia transita por uma via de mão dupla, e, sendo assim, nesta campanha estacionei meu caminhãozinho à margem da estrada esperando a poeira assentar. O que me move é o intuito de alertar os “fabricantes de chapas” para o repetitivo erro de avaliação, quando cuidam só e exclusivamente dos seus interesses.

Por fim, lembrando que aposentados e pensionistas merecem respeito, imploro que parem de nos usar como massa de manobra, pois, enquanto persistir o poder de fabricar chapas nas mãos de poucos, esse quadro não deve se modificar.

E quando alguém se arvorar no direito de ser um fabricante de chapas, não esqueça de ter à mão um gordo caderno com nomes de consultores confiáveis e não comprometidos (nem postulantes a cargos), cujas opiniões sejam levadas na devida conta.

Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8

Associado da PREVI desde 15/05/1962. 

www.previplano1.com.br

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Mais 56% na Aposentadoria




Curitiba (PR), 11/05/2016.

COMUNICADO nº 85 - AAPPREVI

Caros Colegas.

Já está em curso a Ação dos 56%, mais conhecida como “Ação da Vida Inteira”, impetrada com aval da AAPPREVI pelo Escritório Lima & Silva Advogados (ricardosilva@limaesilvaadv.com.br ).

Para conhecer detalhadamente os fundamentos e enquadramentos da Ação proposta acesse nosso site pelo link abaixo:


Vale ressaltar que o cálculo da revisão abrange todo o período de contribuições ao INSS, inclusive de quem aposentou antes de abril de 1967 (baseados na Circular FUNCI nº 121/1951, de 20/03/51, cujas cópias colocamos à disposição dos interessados).

Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo