domingo, 30 de dezembro de 2012

2013 livrai-nos do mal




Marcos Cordeiro de Andrade
Caros Colegas,

Um ANO NOVO que chega é tido como o remédio para todos os males que nos afligem. Do mesmo modo que o que termina é eleito o culpado pelas maldades perpetradas. Mas não é bem assim que a coisa funciona, pois a virada do ano é simplesmente mais uma data no calendário com poderes de transformações iguais a tantas outras.

Seguir a tradição da entrada de um novo ano conforta o coração e traz alegres esperanças, como se vencêssemos uma barreira que o tempo nos impôs. Funciona mais ou menos como passar no vestibular ou ser aprovado em concurso exigente. Ou mesmo como a gestante dar á luz uma criança. Ou, para outros, curar doença braba; fazer uma plástica; concluir regime doloroso; abandonar um vício. Também, no campo financeiro, é como pagar uma dívida difícil; comprar a casa própria; trocar de carro; ganhar uma ação judicial...

Tudo tem sua data de transição. E atingir esse ponto da mudança é a meta buscada normalmente com prazo certo para lá chegar. É o caminhar acompanhado do tempo que se esvai no calendário da vida. E, como na virada do ano, depois da esperada data ter acontecido vem o vazio da dúvida, pois, superados os sacrifícios e alcançado o dia seguinte nos martelam as perguntas: E agora? O que mudou? O que vou fazer sem mais alimentar a expectativa de uma data preestabelecida para essa ou aquela transformação?

Não há respostas para tantas perguntas por que estabelecemos uma data de acontecimentos milagrosos, como se a nós coubesse mudar a mecânica da vida. E para evitar o vazio que traz frustrações, melhor será não esperar muito do ano que está chegando, pois certamente não trará milagres para satisfazer todas as nossas vontades. Para termos um 2013 bem vivido, melhor será olhar para trás procurando exemplos negativos que deverão ser evitados, normalmente praticados por mentes doentes que tentam ocultar seus erros fabricando frases de efeito – também para justificar sua pequenez, e as suas maldades. Como algumas que lembro agora:

- O mensalão nunca existiu – José Dirceu.
- Não sei de nada – Lula.
- Se estão morrendo de sede, que rezem bastante – ministra do Planejamento aos nordestinos.
- Se perdemos a eleição fundemos outra associação – nomes impublicáveis.

Por tudo isso, caros Colegas, não cometamos o erro de transportar para o ano que nasce a enorme carga de resolver prontamente todos os problemas difíceis. Antes, preparemos nosso espírito para continuar enfrentando dificuldades sem esmorecimento, como sempre fizemos, porque o 1º de janeiro não será diferente do 31 de dezembro. Apenas há festividades para comemorar a troca de datas. Vamos nos esbaldar, portanto, mas sem perder a noção do perigo.

FELIZ ANO NOVO a todos!

Leia a Revista DIREITOS, da AAPPREVI:

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 30 de dezembro de 2012. www.aapprevi.com.br   www.previplano1.com.br

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ALERTA da AAPPREVI




Curitiba (PR), 27 de dezembro de 2012.
Prezado Associado,

Conforme confirmado anteriormente, a documentação encaminhada para suas ações está completa e os processos seguem o curso normal. Portanto, não há necessidade de alterações e a procuração válida é a que nos foi encaminhada com o conjunto dos papeis.

ATENÇÃO!

Fomos informados de que uma nova Associação está pedindo para que nossos sócios mandem outra procuração, excluindo o nome da AAPPREVI dos seus poderes. Por isso, estamos alertando a todos que, em se tratando das ações em andamento instituídas pela nossa Associação, qualquer alteração no texto das procurações (ou substituição das mesmas) somente será válida se for feita a pedido da AAPPREVI, que é a AUTORA DE FATO E DE DIREITO dessas ações, legalmente habilitada para defender os interesses dos sócios inscritos – você inclusive.

Se acaso algum desavisado encaminhar nova procuração ao Escritório Sylvio Manhães Barreto para excluir o nome da AAPPREVI e inserir o nome de outra associação, NÃO TERÁ VALIDADE NENHUMA E PODERÁ PREJUDICAR O ANDAMENTO DA AÇÃO, INCLUSIVE A SUA EXTINÇÃO. Nesse caso, o culpado por todos esses transtornos poderá responder pecuniariamente pelos danos causados à AAPPREVI e aos seus associados.

Lembramos que não cobramos nada além da mensalidade de R$ 11,50 para patrocinar todas as ações de que o associado possa participar. Por isso, não há razões plausíveis para que alguém queira mudar de associação.

Leia a Revista DIREITOS, da AAPPREVI - nº 6:

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo
Antonio Américo Ravacci
Vice Presidente Financeiro
Dr. José Tadeu de Almeida Brito
Assessor Jurídico
Dr. Raul Lima de Avellar e Almeida
Assessor Jurídico

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

COMUNICADO da AAPPREVI


COMUNICADO URGENTE AOS ASSOCIADOS DA AAPPREVI

Prezados Associados da AAPPREVI,

Superadas as barreiras de transição para a nova gestão da nossa Associação, queremos deixar uma mensagem de um novo tempo, salientando as OPORTUNIDADES de sucesso que pretendemos aproveitar e alertando os prezados associados para as AMEAÇAS que possam vir contra nós (Associação e associados):

OPORTUNIDADES:
Independência e firmeza: Na defesa dos interesses dos aposentados e pensionistas, a AAPPREVI, desde a sua fundação em fevereiro de 2010, sempre se manteve independente, não compactuando com os conchavos elaborados pelas demais associações existentes, perante o BB e a PREVI.
Criatividade: A instituição de ações judiciais gratuitas também foi uma marca registrada da AAPPREVI, que provavelmente logo será copiado por outras associações.
Gestão compartilhada: Não tendo sido possível na gestão anterior, a nova diretoria da AAPPREVI se propõe a colocar isso em prática agora, deixando sempre um canal aberto para os associados opinarem.
Condução das ações judiciais: As ações judiciais continuarão sendo conduzidas com zelo pelos escritórios atuais e/ou por outros que serão contratados, sem nenhum prejuízo para os associados. Novas ações serão lançadas: o Dr. Tadeu e o Dr. Raul Avellar (dois advogados aposentados do BB) estarão estudando novas ações e acompanhando de perto o trâmite das já existentes.

AMEAÇAS:
Outras associações enciumadas: Cumpre-nos o dever de alertar para o possível surgimento de outras entidades similares que possam vir a copiar o modelo de gestão da AAPPREVI e, em concorrência desleal e de má-fé, possam tentar aliciar os associados da AAPPREVI para mudarem de associação. Há pessoas que não conseguem viver sem o poder, por isso sempre vão surgir novas associações iguais as já existentes. Isso enfraquece a nossa luta.
Alerta aos associados: Quem possui ação através da AAPPREVI e quiser sair para outra associação terá que desistir da ação na AAPPREVI e começar a ação tudo de novo por meio da outra entidade.

Apesar da existência de AMEAÇAS, elas não vão impedir a continuação do sucesso da AAPPREVI, que conta com quase 4.000 associados e centenas de ações ajuizadas. Por isso, a AAPPREVI irá aproveitar as OPORTUNIDADES e marchar em 2013 em busca dos direitos dos aposentados e pensionistas que foram violados.

Ao tempo em que nos regozijamos por contar com o seleto quadro de associados, valemo-nos da oportunidade para agradecer o indispensável apoio que nos dão e transmitir-lhes sinceros e duradouros votos de FELIZ NATAL e prosperidade no ANO NOVO junto aos seus entes queridos. Que Deus nos proteja.

Atenciosamente,
Curitiba, 24.12.2012
NOVA GESTÃO DA AAPPREVI
Marcos Cordeiro de Andrade – Presidente Administrativo
José Geraldo Garcia Guedes - Vice Presidente Administrativo
Antonio Américo Ravacci – Vice Presidente Financeiro
Júlio César Pestana Costa – Vice Presidente para Assuntos Previd.
José Tadeu de Almeida Brito – Adv. – Assessoria Jurídica
Raul Lima de Avellar e Almeida – Adv. Assessoria Jurídica

AÇÃO do IR sobre o RENDA CERTA



Nota da AAPPREVI sobre nova ação judicial

Todos os beneficiados com a verba P-371 (Benefício Especial Temporário do RENDA CERTA), creditada em seus contracheques a partir de janeiro de 2008, estão aptos a ingressar com a AÇÃO JUDICIAL patrocinada pela AAPPREVI com pedido de restituição do IR cobrado sobre os valores recebidos.

Como o prazo de prescrição de cinco anos encerra-se no próximo dia 20/01/13, pedimos aos interessados providenciar a documentação pertinente com a brevidade possível.

Eis a relação dos documentos necessários:
1 - Cópias da Identidade e CPF;
2 - Cópia do comprovante de residência;
3 - Cópia do último contracheque;
4 - Cópias dos contracheques de janeiro de 2008 a dezembro de 2009 (vinte e quatro) para quem recebeu o RENDA CERTA em parcelas, ou apenas o contracheque de janeiro de 2008 para quem recebeu o benefício de uma só vez (verba P-371 em ambos os casos);
5 - Procuração (minuta disponível no site da AAPPREVI .

Endereço para remessa via SEDEX:
AAPPREVI
Rua Professor Ulisses Vieira, 864 - Vila Izabel – CEP 80320-090
Curitiba (PR).

ADVOGADO RESPONSÁVEL (para conhecimento)
.
Dr. José Tadeu de Almeida Brito – OAB /PR 32.492

Como nas demais ações patrocinadas, a AAPPREVI arca com todas as despesas incidentes, inclusive sucumbência em caso de insucesso, inexistindo assinatura de contrato de adesão e cobrança de comissões ou taxas. Cabendo ao associado apenas o pagamento da mensalidade de R$ 11,50 pela condição de sócio, que lhe dá direito a participar de todas as ações em curso.

Leia a Revista DIREITOS, da AAPPREVI, nº 6 (nov/dez de 2012).

FELIZ NATAL a todos.

Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo

Antonio Américo Ravacci
Vice Presidente Financeiro

domingo, 23 de dezembro de 2012

O Perdão


Coração Materno
Disse um campônio à sua amada:

"Minha idolatrada, diga o que quer
Por ti vou matar, vou roubar
Embora tristezas me causes mulher
Provar quero eu que te quero
Venero teus olhos, teu porte, teu ser
Mas diga, tua ordem espero
Por ti não importa matar ou morrer"


E ela disse ao campônio, a brincar


"Se é verdade tua louca
Parte já e pra mim vá buscar
De tua mãe, inteiro o coração"


E a correr o campônio partiu
Como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou
A chorar na estrada tombou


Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando
Da velha mãezinha o pobre coração
E volta a correr proclamando


"Vitória, vitória, tem minha paixão"


Mas em meio da estrada caiu
E na queda uma perna partiu
E à distância saltou-lhe da mão
Sobre a terra o pobre coração


Nesse instante uma voz ecoou:


"Magoou-se, pobre filho meu?
Vem buscar-me filho, aqui estou,
Vem buscar-me que ainda sou teu!"

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Revista Direitos. de nov/dez/2012



Caros Colegas,

Está no ar a Revista Direitos, de novembro/dezembro/2012.


Para ler os números anteriores:

Deboche



Marcos Cordeiro de Andrade
Caros Colegas,

Chegou o Natal e com ele as frustrações dos assistidos da PREVI ao exercer o contorcionismo despropositado para gerir suas finanças. Para os dependentes do Fundo não há como engolir os debochados ensinamentos que a PREVI teima em registrar no seu site, nos conclamando a abandonar a postura perdulária com que gastamos o fruto dos benefícios que prodigamente nos destinam. Chega a ser irônico o texto com que nos brindam nesta semana:

 “Natal, réveillon, férias, viagens e muitos passeios. Os próximos dias do ano, para muitas pessoas, são de consumo e gastos. Porém, além de sugerir compras, com jeitinho e sem privar a diversão, o momento também pode ser uma oportunidade para ensinar crianças e adolescentes a lidar de maneira saudável com o dinheiro”.

Lamentavelmente nada temos para ensinar às nossas crianças como quer a rica PREVI, pois é fácil dar conselhos de como gastar o que não se tem quando o conselheiro não entende do que discorre, porque vive no outro lado do mundo dos carentes de recursos. Também é cômodo dizer aos que têm sede que economizem água, quando se é dono da fonte que os sustém.

Como ensinar aos nossos filhos, netos e bisnetos que somos paupérrimos mesmo vistos e odiados como marajás e trambiqueiros, que levam a vida a explorar quem lhes põe na boca sobejas migalhas dos banquetes palacianos?

Melhor seria que a PREVI engolisse esses ensinamentos e regorgitasse um pouco de humildade ao se dirigir aos dependentes da fortuna que ela guarda. E que, ela sim, gasta perdulariamente com a avidez dos inconsequentes que somente agem em função de mandantes inescrupulosos.

É como atirar com pólvora alheia. Ou, numa imagem mais cruenta, é o mesmo que dar pontapé no traseiro de quem vive à porta pedindo compreensão e justiça. A PREVI deveria, em respeito ao NATAL que aqui temos, exercitar um pouco de autoanálise e cumprir suas funções com responsabilidade. Nenhum Fundo de Pensão foi criado para ensinar como o assistido pode viver sem o sustento digno que lhe é negado, e por cujo direito pagou durante décadas. Nenhum dirigente desses fundos pode vir a público tripudiar da miséria em que coloca os associados que lhes pagam fortunas para viver no bem bom das sinecuras.

Que criem vergonha - a PREVI e seus dirigentes.

FELIZ NATAL a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 19 de dezembro de 2012. www.previplano1.com.br

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O BET não vai acabar



Marcos Cordeiro de Andrade

Caros Colegas,

É evidente que o BET não vai acabar, porque está amparado nas normas que o instituíram. E é somente isto que se deve dizer.

Todavia, faz-se necessário manter vivos na memória os fatos e personagens que provocaram a instituição do BET na forma em que se deu. Não fosse a doação inconsequente da metade do superávit que nos pertencia hoje não estaríamos subordinados ao recebimento das ridículas parcelas distribuídas, cuja continuidade sofre espasmos de desconfiança a cada pronunciamento dos arautos do desespero.

Esse estado de incertezas somente consulta os interesses dos mesmos de sempre, em quem devemos assestar nossos óculos de alcance, pois, cesteiro que faz um cesto faz um cento. Cadê o cumprimento das promessas de campanha? Por que somente honraram o compromisso da doação do nosso Superavit? Por que não respeitaram o prometido com assinaturas apostas simultaneamente à entrega espúria?

Um diretor da PREVI eminentemente político e um trio de possantes entidades que nos prestam desserviço continuadamente são suficientes para alimentar o pânico entre os “beneficiados” dos seus altruísticos atos – Marcel Barros, FAABB/AAFBB/ANABB.

Se não bastasse tudo isto se aliaram em pacto destrutivo para entregar ao aleatório sua alardeada capacidade de defender os interesses de “TODOS” os aposentados e pensionistas da PREVI. Recentemente, quase que em simultaneidade, a ANABB e a AAFBB alteraram seus estatutos de modo a escancarar suas portas para receber “alienígenas”, numa dação doentia dos seus destinos - aos interesses do Governo do PT. Conhecendo-se as alterações havidas não restarão dúvidas de que continuam a nos pregar nojentas peças articuladas nos calabouços de Xerém, notório antro onde se articulam impropriedades contra quem de fato trabalha com visão coletiva, no bom sentido. No processo eleitoral da AAPPREVI encerrado no dia 28/11 tentaram fazer da atuação independente desta Associação mais uma sucursal atrelada aos seus cabrestos, com explícita intenção de profanar o sagrado posicionamento imposto na fundação. Essa baldada tentativa ficou comprovada na proposta de campanha da chapa que se dizia renovadora, misturando alhos com bugalhos com a promessa de imitar a ANABB de todos os tempos e, também agora, a AAFBB,

O mais significativo nessa história é como nela se insere marcadamente a FAABB. E aqui cabe elogiar a capacidade de UNIÃO que possui ao trazer sob suas asas o universo de subservientes afiliadas, cegamente lideradas pela eficiente e dominadora presidente Isa Musa de Noronha. No episódio da eleição da AAPPREVI, ficou comprovada essa capacidade de articulação e domínio. Tudo porque o Presidente eleito, Marcos Cordeiro de Andrade, emitiu o comunicado de praxe dando conta da posse da nova Diretoria em mensagem direcionada a FAABB, à sua digníssima Presidente e a todas as Afiliadas, SEM QUE houvesse registro de uma única manifestação a respeito. Prova cabal de que a AAPPREVI escapou de boa. E durante os próximos três anos seguirá o rumo traçado, para desespero dessas temidas e temerárias agremiações.

Aos nossos 3.667 sócios de hoje, que logo serão 5.000 em direção aos 10.000 (nossa meta no triênio) desejamos sinceros votos de FELIZ NATAL extensivos aos seus familiares, dando-lhes a certeza de que, no que dependa deste seu humilde servidor, a AAPPREVI continuará livre e independente no trabalho incansável de defender os interesses de todos os participantes do PB1, notadamente seus associados, através das pertinentes e vitoriosas ações judiciais isentas de despesas.

Marcos Cordeiro de Andrade - Curitiba (PR), 15 de dezembro de 2012. www.previplano1.com.br

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O queijo do reino


Para ler este post em PDF, clique aqui.
---------------------------------------
Marcos Cordeiro de Andrade

Caros Colegas,

Nas festas de fim de ano da minha infância não faltava o tradicional queijo do reino. Embora amargando a pobreza de filhos de assalariados em tempos de pós-segunda guerra, meus irmãos e nossos primos sempre estiveram próximos em todas as horas. Num Natal que hoje recordo, morávamos na Rua Cruz Cordeiro em singelas casas que se defrontavam numa larga rua de barro. Tão pequenas que não havia camas, pois o luxo para o pernoite eram redes, com gamelas de madeira embaixo para atender aos mijões. Ao todo onze crianças. Seis do meu lado e cinco do lado de lá. Éramos primos carnais, pois gerados da união de dois casais de irmãos trocados, nascidos em Itabaiana, na Paraíba. Dona Olívia e seu Bastos eram os meus pais. Dona Guiomar e seu Oscar, os meus tios.

O meu pai era balconista de casa de tecidos, os Armazéns do Norte, onde trabalhou por vinte e quatro anos para criar os seis filhos. Ganhava tão pouco que a cada gravidez da minha mãe éramos forçados à mudança para casa de aluguel mais barato, e mais longe. Por isso, quando nasceu o caçula já estávamos duas cidades além da Capital. E para frequentar a escola pública amucegávamos carroças a guisa de condução.

O meu tio, da casa em frente, irmão da minha mãe, era cobrador de bondes, funcionário público de baixa categoria, portanto. Também pouco aquinhoado em questão de salário.

Todo mês de dezembro esquecíamos a ausência de dinheiro e curtíamos nossas festas de Natal e Ano Novo. Recebidas as “natalinas”, nossos pais iam às compras. Com retalhos dos tabuleiros promocionais, minha mãe varava noites para costurar nossas roupas novas, sempre iguais: calças curtas de brim e camisas de algodão, sem bolsos, para os “homens”. E vestidinhos de chita para as damas, que eram cinco – duas do meu lado e três do outro lado da rua. As idades, em escadinha, iam dos quatro aos onze ou doze anos.

Os sapatos, também de tabuleiros, eram de solado de pneu para os marmanjos e sandálias anabelas para elas. Como eu e o irmão do meio calçávamos o mesmo número, diziam, por vezes ganhávamos apenas um par de sapatos para os dois - e eram reservados para ir à escola. Sempre que os nossos horários coincidiam lançávamos mão de um engenhoso artifício: amarrávamos uma tira de pano no dedão e o empapávamos de mercurocromo para justificar o pé descalço, com o machucado aparente.

Não havia troca de presentes. Porque presentes não havia. Mas tínhamos nossa Ceia de Natal e a Ceia de Ano Novo, depois da missa do Galo. A comida era especial, como pedia a tradição e o bolso permitia. Mingau de mandioca, tapioca com coco e bolo pé de moleque, mungunzá e duas ou três gasosas quentes para dividir com todos, pois vinho e gelo eram luxos que não conhecíamos.

Para dar o ar solene aos “banquetes”, meu pai e o meu tio compravam um queijo do reino de parceria. E o dividiam em quatro partes para ser degustado nas duas ceias. E as mães, a minha e a dos primos, mostravam o que tinham aprendido na criação de filhos com pouco ou quase nenhum dinheiro. Fatias finíssimas do raro queijo eram distribuídas como hóstias dadas na missa. Aquilo para nós era verdadeiramente o corpo de Cristo representando nossa fartura.

E éramos felizes em nossa pobreza. Tanto é que naquele convívio aprendemos a nos amar e amar ao próximo pela vida afora. E hoje, quando não mais existem pais e tios, e os poucos irmãos estão dispersos, nos surpreendemos como Deus foi generoso ao nos dar tanta fartura de amor e bondade em nossa infância.

De lamentar apenas que já não preciso comprar o queijo do reino em parceria. Também, para que se minha família se resume a três pessoas? Pai, mãe e filho, mas ungidos pela fé Divina que nos une mais e mais a cada Natal e Ano Novo que festejamos.

Feliz Natal a todos.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 07 de dezembro de 2012.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Em nome da Fé



Caros Colegas,

É chegada a hora de partilharmos o espírito do Natal. Neste momento, todos os lares cristãos do nosso imenso Brasil estão se preparando para receber o Filho de Deus.

Com a nossa querida AAPPREVI não pode ser diferente. O ano está acabando e precisamos abrir nossos corações para a bondade, para a solidariedade e para o sagrado dever de amar ao próximo.

O ano que está a se findar nos trouxe muitos sofrimentos e muitas agruras. Todos superados com a Graça de Deus. Vamos rezar por nossos enfermos para que a Luz se derrame sobre seus males, trazendo a cura. Vamos olhar para os menos afortunados de posses materiais. Vamos praticar a caridade com mais fervor. Vamos ser o que sempre desejamos dos outros. Mais humanos e mais doadores do que nos sobra.

Logo chegará o Natal e a luz do mundo cristão brilhará sobre todos os seres de boa vontade.

Somos filhos de Deus. E como tal devemos nos comportar.

Mágoas e rancores fazem mal ao corpo e a alma. Purifiquemos nossas mentes para que o sopro Divino penetre em nossos corações.

E aguardemos o Natal com fé e esperança em dias melhores. Façamos nossa parte como contribuição para que o mundo seja melhor para todos.

Amém! 

Campanha difamatória



NOTA DA AAPPREVI

Caros Colegas,

Estamos recebendo denúncias dando conta de que componentes da Chapa 2 – Hora de União (e pessoas ligadas a eles), estão promovendo campanha difamatória contra a AAPPREVI e seus dirigentes.

Pedimos aos Colegas atingidos por abordagens nesse sentido que continuem denunciando os autores, para adoção das medidas judiciais cabíveis e consequente imputação das penalidades legais.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo

domingo, 2 de dezembro de 2012

Eleição AAPPREVI -Conclusão



Caros Colegas,

Nota da AAPPREVI

Por dever de ofício, declaramos concluído o processo de Eleição da AAPPREVI, que consistiu em: convocação por Edital, período de votação, apuração, homologação e divulgação do resultado pela Comissão Eleitoral que validou a AGO de 28/11/2012.

O resultado oficial apontou como vencedora a Chapa nº 1 – DIREITOS, tendo como Presidente Administrativo Marcos Cordeiro de Andrade, ao lado dos Vices Presidentes José Geraldo Garcia Guedes, Antônio Américo Ravacci e Júlio César Pestana Costa, complementando o CONAD (Conselho de Administração). Todos foram empossados ontem (Art. 51 - §1º do Estatuto).

Por sua vez, o CONFI (Conselho Fiscal) ficou constituído dos três titulares e três suplentes, respectivamente: Luiz Augusto Portilho Magalhães, Luiz Minari, Maria Margarete Zanoni de Almeida e Elvira Pereira Motta, Jaym’Eduardo Mello Vasconcellos, Solonel Campos Drumond Júnior. Sua posse somente se dará no dia 02/01/2013, de acordo com o que preceitua o Estatuto (Art. 51 - § 2º).

Eis os números da votação validada por Termo assinado em conjunto pela empresa contratada pela chapa nº 2 (SmartCode Soluções em Softwares) e empresa responsável pelo Sistema operacional do processo eleitoral (Clickgroup WebSolutions).

Distribuição dos votos dados:

- Chapa nº 1 - DIREITOS = 575

- Chapa nº 2 – HORA DE UNIÃO = 314

- Total de votos válidos = 907

- Votos em branco = 18

É oportuno informar que o CONAD se reunirá proximamente para delinear o cumprimento das propostas de campanha, notadamente o aluguel de uma sede e a condução das ações patrocinadas que em hipótese alguma sofrerá solução de continuidade, uma vez que tudo repousa no cumprimento de cláusulas contratuais em vigor.

Curitiba (PR), 02 de dezembro de 2012.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo

sábado, 1 de dezembro de 2012

A sabedoria de Felipão



Fernando Rodrigues

Fonte: A Folha de São Paulo, sábado 1º de dezembro de 2012 – A2 Opinião.

Brasília – O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, cometeu um “sincerocídio” nesta semana. Depois de dizer ser uma obrigação ganhar a Copa de 2014, emendou. “Se não quiser pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada”.

Neste mundo politicamente correto, houve uma enxurrada de protestos. Felipão cometeu o pecado da generalização. Carimbou todos os funcionários do Banco do Brasil como preguiçosos.

O próprio Felipão telefonou para a direção do BB e pediu desculpas. O Banco soltou uma nota se dizendo satisfeito.

Alguma coisa está errada quando alguém não pode vocalizar um sentimento generalizado na sociedade. Basta ir à Praça da República, em São Paulo, ou à Cinelândia, no Rio, e perguntar aos pedestres se concordam com o axioma de Felipão (não vale incluir na enquete funcionários do BB). A imensa maioria concordará.

É evidente que há excelentes funcionários no BB. Mas também é inegável a condição privilegiada. Por exemplo, acesso à aposentadoria quase integral e a um plano de saúde dos sonhos, entre outros benefícios inalcançáveis para milhões de brasileiros.

Um funcionário que ingresse solteiro no BB pagará a vida inteira 3% de seu salário para ter acesso ao plano de saúde do banco, não importando se casar e agregar meia dúzia de filhos ou enteados desfrutando dessa facilidade. É um capitalismo sem risco elevado à máxima potência. Quem paga a conta é o restante da sociedade.

Em vez de apenas se indignar, o Banco do Brasil e seus funcionários deveriam se perguntar por que tantos brasileiros têm uma visão parecida com a do Felipão? Não é só senso comum e preconceito. Trata-se de uma situação que emula a desigualdade social no país. Muitos se incomodam. E têm razão.

Obs. do Blog:

Para emitir “elogios” ao profundo conhecedor da situação dos ativos e inativos do BB, jornalista Fernando Rodrigues, eis o seu e-mail institucional:


Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 1º de dezembro de 2012. www.previplano1.com.br