sábado, 25 de abril de 2020

Resposta da PREVI - 24-04-20



RESPOSTA DA PREVI em 24 de abril de 2020

PRESI/GABIN-2020/0136
Rio de Janeiro (RJ), 24 de abril de 2020

Ilmo. Sr. 
Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente 
Associação dos Participantes, Assistidos e Pensionistas do Plano de Benefícios nº 1 da PREVI – AAPPREVI
Assunto: Correspondência de 17/03/2020


Sr. Presidente,


 Fazemos menção à vossa correspondência de 17/03/2020, recebida em 27/03/2020, para registrar que a PREVI está atenta ao avanço da pandemia do novo coronavírus e suas consequências, e tomou uma série de providências com o objetivo de evitar a disseminação da Covid-19, sem afetar a continuidade dos pagamentos de benefícios e da gestão do seu patrimônio.

Neste momento a preocupação principal da PREVI é garantir que toda essa crise não coloque em risco os benefícios que pagamos mensalmente para nossos associados e não comprometa de forma estrutural o patrimônio constituído para garantir os benefícios futuros.  

Conforme divulgado no site da PREVI, em 03/04/2020, (http://www.previ.com.br/menu-auxiliar/noticias-e-publicacoes/noticias/detalhes-da-noticia/emprestimo-simples-associados-podem-suspender-parcelas-1.htm), a Diretoria Executiva facultou a suspensão das prestações de Empréstimo Simples referentes aos meses de maio e junho, visando a preservar o fluxo de caixa dos associados dos Planos 1 e Previ Futuro, bem como atenuar eventuais impactos no orçamento dos participantes e respectivos familiares, em virtude da crise provocada pela pandemia global.

Também neste sentido, foi extinto o Termo de Adesão ao Empréstimo Simples. As operações de contratação e simulação serão realizadas diretamente no Autoatendimento do site ou do App Previ, com a utilização do login e da senha pessoais(http://www.previ.com.br/menu-auxiliar/noticias-e-publicacoes/noticias/detalhes-da-noticia/previ-facilita-acesso-ao-emprestimo-simples-1.htm). 

Entendemos que quaisquer outras medidas de flexibilização podem vir a comprometer a gestão da liquidez dos Planos de Benefícios e sua solidez para o período pós-crise, e a Previ, sensível com a situação atual e firme no cumprimento de sua Missão, segue focada em viabilizar a continuidade do pagamento dos benefícios a todos os associados, pontualmente e em sua integralidade.

Continuaremos dando ampla divulgação, por meio de nossos canais de comunicação, de todas as medidas adotadas para superarmos esse momento da melhor forma possível.


Agradecemos o contato e nos colocamos à disposição para outros esclarecimentos que se façam necessários. 

Atenciosamente,

Marcelo Coelho de Souza                                        Cleide Menezes   
    Chefe de Gabinete                                              Gerente de Núcleo

sexta-feira, 3 de abril de 2020

A Coragem de ter medo



A Coragem de ter medo
Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 03 de abril de 2020.
Caros colegas.

Estou com medo. Medo de ser atingido pela força letal desse vírus maluco que passeia pelo mundo com função devastadora. Matar com objetivo inteligente parece ser parte da sua missão. Matar com viés de seleção estabilizadora ceifando vidas no final da existência, num parâmetro macabro de eliminação em massa. Parece até que ele prima em atingir a todos com estratégia de guerras, posto que dá aos jovens oportunidades de superação, para que se tornem mais fortes e duráveis - o que nega aos idosos como se o propósito se prenda à diminuição populacional, renovando o plantel para redução dos fatores que geram conflitos irreconciliáveis, pela disputa de espaços preferenciais para continuidade da existência. Como resultante do seu poder destrutivo, pode pôr fim a guerras, reordenar a fome, incutir sentimentos nobres sobrepondo-se aos comportamentos condenáveis, reinventando o amor ao próximo através da solidariedade como bem comum.

Procura-se o inventor dessa doença, como desculpa para justificar conformismos e outras posturas condenáveis. Nisso invoca-se tanto a Deus quanto ao Diabo como responsáveis pelo balanço resultante cuja velocidade para alcançá-lo deixa o mundo em polvorosa.

Mal comparando, os noticiários nos mostram estatísticas como diante de números olímpicos, onde recordes são batidos constantemente numa disputa em que as nações envolvidas não queriam estar presentes.

Especula-se que estamos revivendo um de determinados momentos em que a humanidade se viu no passado, diante de fenômenos advindos aleatoriamente para pôr “ordem na casa”. Seja para combater a fome ou gerenciar conflitos, as coisas se sucedem na forma de cataclismos temporais ou surgimento de doenças sem cura – como agora.

Por isso tenho medo.

Medo de ser um dos escolhidos pela voracidade desse vírus assassino. E este medo me leva a um viver anormal, enclausurado, modificando hábitos e cultivando solidão forçada. Mas bem sei que isso somente não basta para me tornar imune. Qualquer dia desses terei abaixado a guarda e o matador invisível adentrará meus domínios. E assim, se for a vontade de Deus, serei mais um condenado pelas mãos do Corona vírus, que terá descoberto que sou um dos preferidos para constar nos Banquetes da Morte servidos diariamente nos hospitais do mundo: cardiopata, diabético, hipertenso, e, como iguaria sublime, o fato de que tenho 81 anos de idade - provavelmente sem serventia no futuro em construção pela pandemia presente.

Mesmo assim, enquanto as autoridades sanitárias e os governantes do mundo batem cabeças nessa briga no escuro, devemos seguir as sensatas orientações que nos direcionam. Ficar em casa é a melhor delas.

Quem sabe se enclausurados demonstraremos ao vírus criminoso que ainda não estamos prontos para submissão à sua sanha – e ele nos deixe em paz para servir ao próximo com a sabedoria e experiência dos ressuscitados.

Marcos Cordeiro de Andrade
- 81 anos –
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