sábado, 11 de outubro de 2014

Hora de mudança



Marcos Cordeiro de Andrade

Caros Colegas,

Por necessidade, cada um se vê frente à hora de fazer mudanças. E normalmente a decisão de fazê-las se dá em função de alguma coisa que nos atinge com profundidade. Seja pelo desconforto causado por situações, seja pela imposição de adaptação a novos tempos, o certo é que, para cada um de nós, chega o momento inadiável de se pensar em modificações visando correção de rumos.

A propósito dessas reflexões, lembro a história do meu pai, assalariado pobre e gerador de uma prole de seis filhos. Morando em casa alugada, a cada novo filho que nascia ele adaptava o orçamento à despesa em surgimento mudando-se para aluguel mais barato. Isso se tornou rotina a tal ponto que, a cada nova “barriga” da minha mãe tínhamos como certo uma mudança. E a sistemática se processou até o último rebento quando, na busca de aluguéis sucessivamente mais baratos, fomos parar na cidade vizinha, mais para o interior. Mas, no ponto de vista financeiro, as mudanças se deram para melhor, pois depois de certo tempo voltamos para a capital.

De outra feita, agora já me envolvendo diretamente, tive que fazer uma mudança drástica em minha vida. Tanto no sentido de localização física, como no modo existencial como indivíduo. Isso se deu depois de aprovado no concurso do Banco quando optei por assumir no interior aos 22 anos de idade, deixando para trás a família, os amigos e os estudos – esses somente retomados anos depois. Essa foi a mudança radical operada em minha vida pelo caráter decisório único de não poder transferi-lo a outrem, em idade ainda dependente dos pais. Mas a mudança se deu para melhor.

Mais recentemente, enquadrado na rotina pacata de aposentado pobre, vi-me diante de situação de inconformismo que me levou a pensar em mudanças. Por isso passei a questionar o enquadramento previdenciário escolhido para amparar a velhice que chegara. Tornei-me assim frequentador assíduo de blogs específicos, sempre com críticas mordazes (e pertinentes) contra o sistema da previdência complementar entregue a interesses escusos. Frequentei tanto esses espaços, briguei tanto e esperneei tanto que, para poder fazer mais e melhor, criei o meu próprio blog em 26/09/2009 (atuante até hoje com excepcional frequência e credibilidade idem – www.previplano1.com.br ). Depois disso surgiu nova imposição por mudança de rumos. Assim é que, incentivado e instado por colegas criamos uma associação para dividi-la com todos em iguais condições – a AAPPREVI, sucesso absoluto de público neste momento com 6.534 sócios cadastrados. Isso melhorou minha expectativa de vida e a de muitos outros aposentados como eu, pois a mudança se deu para melhor.

De tudo isso me fica uma lição de vida. As mudanças são necessárias, imperiosas até, por vezes. O importante é reconhecer o momento em que elas se impõem e, quando surjam as oportunidades, não deixá-las passar sem tomar a atitude de fazer o certo. Como diz o provérbio gaúcho “cavalo encilhado não passa duas vezes” – cabe a nós aproveitar a primeira passagem e agarrá-la com afinco fazendo a mudança oferecida.

E assim, com coragem e sabedoria seremos felizes. Se Deus quiser.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 11 de outubro de 2014. www.previplano1.com.br

2 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


DANILO ORRICO DOS SANTOS

Por favor, entre em contato urgente com a AAPPREVI para tratar da sua Ação Poupança - Plano Verão:

aapprevi@aapprevi.com.br

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Marcos, este texto esta maravilhoso.
Me tocou não so com a finalidade e propriedade
que escreves para nossos interesses financeiros.
Mas tocou minha alma.Por mais que pareçamos
intocaveis nos sentimentos, voce mostra aqui
o lado humano e sensivel que te escondes. Foi
suave para meus olhos e acalentador para minha alma
lembrar tuas raizes. Amei. Bjs de carinho. MM