sábado, 5 de dezembro de 2015

Reparando a tragédia de Mariana


Por Marcos Cordeiro de Andrade

Caros Colegas,

O mundo ainda lamenta a tragédia que se abateu sobre Mariana há exatamente um mês, mas a responsabilização não foi determinada até agora.

Todavia, ao se conhecer os donos da lama que soterrou localidades e ceifou vidas inocentes, pode-se visualizar a solução para os males causados, pois, sempre existe a quem culpar por catástrofes ambientais de grande vulto onde a ambição humana figura como um dos vetores portadores de negligência, desídia e incapacidade – técnica, moral e de gestão. No caso presente, a grandeza dos números envolvidos anda de braços dados com a potencialidade dos responsáveis pelo acúmulo dos dejetos precipitados como um mar de lama causador final da calamidade instaurada. E é sempre oportuno citar siglas e nomes a serem instados pela Justiça para reparar os males causados.

Estou falando da VALE, PREVI e dos seus tecnocratas.

- A Vale é a gestora da Mineradora que acumulou irresponsavelmente a lama vasada.
- A PREVI é dona de 15,61% (ações resgatáveis) do capital que move a VALE.
- Os tecnocratas a serviço de ambas respondem pela logística - mal gerida, mal formulada, e mal fiscalizada.

Mesmo assim, nem tudo está perdido e podemos louvar a visão de longo alcance que permitiu à PREVI colocar representantes altamente gabaritados no seio da Vale, para atuar como seus esbugalhados olhos ávidos por aplicações de retorno por vezes duvidoso. E que agora, honrando os cargos regiamente remunerados, certamente repassarão ao Fundo que os patrocina todo o conhecimento acumulado quando da participação nas reuniões de diretorias a que obrigatoriamente comparecem – justamente para detectar possíveis falhas de gestão.

E foi para bem representar os seus interesses que a PREVI escolheu entre todos os participantes que se dignaram concorrer, numa seleção à prova de questionamentos, os nomes que os superaram em termos de capacidade, desprendimento, honradez e desamor ao dinheiro fácil. A despeito de que, nesse tipo de seleção, (por mera suposição) pareça que têm prioridade antigos dirigentes da própria PREVI e do BB, mais sindicalistas e apadrinhados outros - não necessariamente nessa ordem. O que se explica pela notoriedade dos seus vultos livres de qualquer suspeita.

Em que pese serem essas pessoas alvo de conceitos injustos, com acusação de nada terem feito pelos aposentados e pensionistas dependentes da PREVI, quando tiveram oportunidade de fazê-lo, devemos render homenagem a essas sumidades que estão lá na VALE sob as asas da PREVI - para descontentamento dos invejosos preteridos na escolha para a sinecura abocanhada. São esses os merecidos representantes da PREVI como Conselheiros na Empresa Participada Vale:

ARTHUR PRADO SILVA
CLAUDIO JOSE ZUCCO
DAN ANTONIO MARINHO CONRADO
FRANCISCO FERREIRA ALEXANDRE
GILBERTO ANTONIO VIEIRA
GUEITIRO MATSUO GENSO
MARCEL JUVINIANO BARROS
MARCOS TADEU DE SIQUEIRA
ROBSON ROCHA
TARCISIO JOSE MASSOTE DE GODOY

A reparação material para a tragédia de Mariana está em suas mãos. A eles os prejudicados pelo mar de lama despejado devem cobrar providências – e dinheiro para reajustar suas vidas. Afinal, o Fundo que eles representam é podre de rico, e está acostumado a pagar o pato que chafurda em todos os mares de lama conhecidos no Brasil.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 05 de dezembro de 2015. www.previplano1.com.br

Um comentário:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

De Giongo para os seus contatos:

"Repassando mais um oportuno e corajoso texto de sr. Marcos, como é de sua natureza, que destaca a inescapável seriedade de responsabilidades representativas na tragédia humana e ecológica de Mariana, s.m.j., que poderia ter sido evitada."
g.