sexta-feira, 11 de junho de 2021

Ao Ministro Alexandre de Moraes

 

Carta ao Ministro Alexandre de Moraes

Marcos Cordeiro de Andrade

Curitiba (PR), 11 de junho de 2021.

Ao Ministro do STF

Alexandre de Moraes

gabmoraes@stf.jus.brcom  

Boa noite.

Tendo em Vossa Excelência a última esperança de toda uma Classe, cuja parcela de mais de 8.000 almas represento como presidente de Associação de Aposentados e Pensionistas atrelados ao INSS, me atrevo a dirigir-lhe a Carta encaminhada a todos os seus Pares no último dia 07/06, pedindo a Deus iluminar suas decisões sobre o delicado assunto ligado à Revisão da Vida Toda.

Dado o impasse criado no limiar da histórica decisão, vem a necessidade de transferir para o singular o teor da correspondência antes endereçada para todos que poderiam nos ajudar, mas que, pelos desígnios de Deus, deixaram ao seu descortino carregar a Glória de ser lembrado como benfeitor consciente de considerável parcela da população pobre do Brasil.

Eis a minha carta:

Ação da Vida Toda – Carta aos Ministros

Curitiba (PR), 07 de junho de 2021.

 

Excelentíssimos Senhores Ministros do STF.

Bom dia.

Nós, aposentados e pensionistas do Brasil, sobrevivendo materialmente com os benefícios instituídos pela Previdência Social, cedo aprendemos a respeitar os integrantes da sua Casa de Trabalho, o STF, porquanto é de suas mentes privilegiadas que nascem, e se eternizam, épicas finalizações de julgamentos que nos atingem.

No momento em que nos encontramos na encruzilhada de um novo tempo, aguardando reparação de erro histórico cometido contra nossos benefícios previdenciários, resta lembrar que ao dependermos do seu poder decisório rogamos a Deus que lhes dê ampla clarividência da grandeza que representa o seu voto reparador. Ele trará melhores dias a significativa parcela da população.

Sem o poder no resultado de reivindicações extremas, face à incapacidade que a condição nos impõe, por vezes somos prejudicados comprovadamente por aqueles que deveriam nos amparar. Nesses lapsos, é preciso recorrer ao Poder Judiciário como sendo a respeitável instância a nos socorrer.

É sabido que cabe à autoridade governamental manter o equilíbrio das contas públicas. Exatamente porque é daí que se capacita a cumprir os desígnios de cuidar do bem-estar social. Todavia, nem por isso lhe é dado o poder de tirar dos mais fracos para suprir suas obrigações.

Se hoje há a preocupação em preservar a capacidade de pagamento de aposentadorias e pensões, é bom lembrar que essa preocupação deveria ter sido cuidada quando da instituição desses mesmos benefícios, e não maquiando com artificialismos os regulamentos concessórios.

Também hoje o que se busca é a reparação desse injusto entendimento. E confiamos em que, se ao julgador não cabe servir a poderes ou poderosos, defender a Justiça elucidando ambiguidades é primazia da sua Função. Justamente, no caso presente, os aposentados e pensionistas não pedem a instituição de privilégios, mas tão somente fazer retornar, à origem, os verdadeiros direitos a que fazem jus monetariamente.

Então, depois de tudo, será oportuno parodiar Winston Churchill:

“Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.

 

Marcos Cordeiro de Andrade

Aposentado do INSS.

(Sem direito à Ação da Vida Toda)

cordeiro@marcoscordeiro.com.br

www.previplano1.com.br

www.aapprevi.com.br


Um comentário:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Prezado Marcos Cordeiro é louvável essa sua iniciativa; você, como sempre, é incansável na luta pelos nossos direitos.
Agora peço vênia para fazer uma indagação: será que o teor dessas reinvindicações (cartas abertas) chegam realmente aos destinatários ?
Luis Eustáquio