quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

CASSI - Naquela mesa está faltando...



Marcos Cordeiro de Andrade.

Caros colegas,

Comumente, em reuniões fechadas para debater questões vitais os assuntos polêmicos são resolvidos à base de votação entre os presentes, convocados para tal fim. Mas, se as lideranças são facciosas fatalmente usarão de artifícios para conduzir resultados.

“Quem estiver de acordo levante o braço”. Essa é a votação mostra sovacos, muito ao gosto das centrais sindicais onde, à simples ordem, os presentes decidem questões importantes num piscar de olhos. O mal está em que são levantados braços (e não um só) de quem ali está com esse propósito, mesmo sem direito a voto, calando os que ficam com os DOIS braços abaixados.

Em consequência, na contagem visual feita pela “mesa” soberana fabricada ao gosto do mandante, ganha a proposta manipulada, sem contestação. E a desgraça está consumada.

Isso ocorreu na reunião de que participei no Hotel Nacional de Brasília no dia 17/10/10, quando a FAABB ganhou o direito de representar TODAS as Associações no dia seguinte, no encontro decisivo para destinação do superávit PREVI/2009.  Nessa ocasião, mesmo com o voto contrário da AAPPREVI declarado no dia anterior, a Federação assinou em nosso nome o fatídico Memorando de Entendimentos, reconhecido como a ilegal doação dos 7,5 bilhões de reais ao patrocinador, na divisão com os verdadeiros donos.

Curiosamente agora estamos diante de situação semelhante onde se decidirá os destinos da CASSI, no dia 09/02/15. Nessa data, numa reunião para que foram convidadas TODAS as Associações de aposentados e pensionistas, a anfitriã ANABB se arvorou no direito de formar a mesa ao seu gosto (ou do BB, mais uma vez).

Curioso também é o fato de que a composição anunciada conta com o grosso dos personagens daquela outra reunião do dia 18/10/10, da distribuição fajuta do superávit. Ali, como aqui, estavam presentes a ANABB, FAABB, AAFBB e CONTRAF-CUT. O que remete a suspeita de que mais uma vez o BB vai impor sua vontade.

Coincidentemente, para a Reunião do dia 09/02/15 a anfitriã já determinou que:

a)           Mesa coordenada pela ANABB e entidades (AAFBB, FAABB, APABB, CONTEC e CONTRAF);

b)           Objetivo: Manifestações e propostas dos presentes para posterior divulgação para debate nacional quanto à questão da sustentabilidade da CASSI, em especial do Plano de Associados.

Ora, se assim for, e como esse plano somente diz respeito aos seus integrantes, não tem cabimento dividir com outrem a responsabilidade do chamamento, no caso a Contraf-Cut e a Contec, posto que a sigla CASSI queira dizer Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Trocando em miúdos, ela existe para prestar assistência aos Funcionários do Banco e aos seus dependentes (ativos, aposentados e pensionistas). Acresce que nós, aposentados e pensionistas, não temos envolvimento com movimentos sindicais, até porque nenhum desses braços políticos aceita aposentados em seus quadros – por isso mesmo não sendo seu costume ou obrigação nos defender.

Junte-se a esse conceito o fato de que a própria ANABB é acusada de não defender nossa classe (aposentados e pensionistas) por força do Estatuto:

“Art. 2º São finalidades da ANABB: I – Zelar pela integridade do Banco do Brasil”...

 Do que até hoje não se preocupou em fazer desmentido público.

Além do mais, não há garantias de que não esteja tudo encaminhado a favor do Banco, haja vista que a composição da mesa é favorável a ele, pois somente foi acrescida da APABB e CONTEC à lista fatídica, assim mesmo com base em critérios desconhecidos. E sem deixar de lado o risco de entrar em votação proposta do Banco que, tendo ameaçado tomar medidas inaceitáveis a qualquer nível, venha agora exercer poder de barganha acenando reduzir o estrago - bastando oferecer paliativos imediatistas em substituição. Isso não é difícil de ocorrer com uso da mesma tática empregada por tomadores de empréstimos, notória entre bancários, onde o proponente entra com pedido absurdo para sair com o que o banqueiro oferece “como compatível” com sua capacidade, e que normalmente consulta seus interesses.

Também, em sendo o BB o principal interessado na questão financeira envolvida, tudo isto serve de alerta aos que se fizerem presentes no próximo dia 09/02 (aos pés da mesa que conduzirá os debates), para não aceitar votação “mostra sovacos”. De salientar que essa reunião tem cheiro de manipulação de resultados, pois decorre de convocação feita no seio de outra ocorrida a portas fechadas no dia 22/01/15 nos domínios da ANABB, também coordenadora desta de agora que está recheada de personagens da “doação”, com as inclusões citadas para este evento. Assim mesmo, não merece perdão por deixar de fora as outras três Associações de alcance nacional, uma delas a AAPPREVI – segunda maior Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil em número de sócios cadastrados (6.903 no dia de hoje).

Por fim, mais uma curiosidade intrigante. Ao invés de CONTRAF-CUT e CONTEC para “defender” os usuários da CASSI, por que não colocam na mesa diretora as demais três associações nacionais excluídas? Essas, sim, representam o nosso meio.

Olho vivo, senhores participantes. No dia 09/02/15 não engulam nenhuma pílula dourada pelo Banco. Nem permitam votação “mostra sovacos”.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 04 de fevereiro de 2015. www.previplano1.com.br

7 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Prezado colega Marcos, bom dia!

Para quem está atento ao modo de agir de certas Associações que dizem nos representar (como a Anabb, a Aafbb...) é muito alentador ver uma denúncia como a que vc. fez da farsa que está sendo armada novamente para nos ludibriar.

Seria até bom que, para mais amplo conhecimento, fossem citadas as siglas das outras duas que deixaram de ser convidadas a participar da mesa "escolhida" pela "poderosa" Anabb, pois assim vc. estaria de modo indireto dando àquelas uma mãozinha com sua forte argumentação.

Uma dessas duas imagino seja a AAPBB, cuja injusta exclusão da primeira reunião causou muita revolta a todos nós.

Receba meu fraternal abraço! João Octaviano



Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Caro Colega João Otaviano:
Bom dia!

Ao que me consta somente existem no Brasil 4 (QUATRO) Associações de “Aposentados e Pensionistas” de alcance Nacional: AAFBB, AAPBB, AAPPREVI e ANAPLAB).

Abraços,
Marcos Cordeiro de Andrade.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


PARA CONHECIMENTO DOS COLEGAS.
​Edison de Bem



------- Mensagem encaminhada -------
De: atend@previ.com.br
Para: edisondebem@terra.com.br
CC:
Assunto: ATENDIMENTO PREVI
Data: 04/02/2015 18h50min34s UTC

e-mail: edisondebem@terra.com.br

Senhor Edison,

Em atenção a sua consulta informamos que a contratação e renovação do ES é possÿvel desde que exista margem consignável disponÿvel na folha de pagamento. A margem consignável indica a capacidade de pagamento, expressa pelo valor máximo da prestação de ES. Existem duas metodologias para o cálculo da margem, a de 30% e de 70%. A concessão sempre é efetuada pela menor das duas. Confira o cálculo de cada metodologia:

Metodologia 30%:
Consiste em calcular 30% do total de benefÿcios da folha (Complemento PREVI e INSS) deduzindo-se as contribuições mensais para a PREVI, Cassi e as prestações do Empréstimo Simples, além das consignações de empréstimo, financiamento e seguro de outras entidades. O valor resultante deste cálculo é a margem consignável de 30% disponÿvel.

Metodologia 70%:
Para apuração da margem consignável de 70%, calcula-se 70% do total de benefÿcios da folha e deduzem-se as mesmas verbas da margem de 30%, mais o imposto de renda, pensão alimentÿcia e prestação do financiamento imobiliário (PREVI e Poupex). O valor resultante deste cálculo é a margem consignável de 70% disponÿvel.

Permanecemos ÿ sua disposição.

LUIZ SALDANHA
Gerência de Atendimento
PREVI

O retorno desta mensagem não é monitorado. Caso necessite respondê-la, encaminhe sua mensagem por meio da seção Fale Conosco, opção Participante.

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Data: 02/02/2015 18:49:31
Assunto: Empréstimo Simples
Tipo: Solicitação

Mensagem:
Ainda em atenção ao seu mail de 02.02.2015. Neste momento tomei ciência dos parâmetros da FOPAG de 20.01, ora recebida, item margem consignável 30%, que apresenta o incrÿvel número de R$ 1.384,60 (NEGATIVO) quando em dezembro era de, apenas, R$ 32,63 (NEGATIVO). A Margem 70% de 1607,35 positiva, baixou para R$ 288,03 positivo. Não seria, somente, acrescentar nessa margem o valor da parcela Cooperforte, R$ 1.524,00, que, somando a R$ 288,03 e a baixa do atual valor de prestação do empréstimo R$ 2.l55,00 alcançaria condições de renovação dos R$ 145.000,00, máximos? Ou será que é ainda mais complicado?

Matrÿcula: 2644740
Nome: EDISON DE BEM E SILVA
DDD-TEL: 51 Telefone:
E-mail:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


5/02/2015
Convênios individuais terão incentivo
Folha de S.Paulo

O Ministério da Saúde irá anunciar, até o próximo semestre, um pacote para reorganizar o setor de planos de saúde.
A medida atinge cerca de 50 milhões de brasileiros.
A ideia é criar mecanismos para incentivar a oferta de planos de saúde individuais, que atendem quem não é ligado a empresas e sindicatos –cerca de 10 milhões de cidadãos.
Hoje, as operadoras não são obrigadas a oferecer essa modalidade, que é menos rentável para elas.
Isso reduz o acesso, principalmente de idosos e doentes, a serviços de saúde privados.
A perda de espaço para os planos coletivos é crescente e, por essa razão, preocupa o governo federal.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


06/02/2015

Deputados querem barrar mudanças em benefícios


Fernanda Brigatti e Juliano Moreira
do Agora

Os deputados federais que compõem a oposição à presidente Dilma Rousseff pretendem barrar a aprovação das medidas provisórias que alteram as regras de benefícios previdenciários e trabalhistas, como a pensão por morte e o abono do PIS.

O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, afirmou que o partido preparou cinco emendas que anulam as alterações.

Além do SD, a ofensiva contra as medidas também deverá ter o apoio do PTB, DEM, PSB, PPS e PSDB, num total de 157 deputados federais.

O PV, que forma um bloco de oposição com esses três últimos, também deverá votar contra as mudanças nas regras, podendo chegar a 165 parlamentares.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Bom,




embora o nosso Colunista Social de plantão tenha feito questão de esquecer, realmente esqueceram aquela que pode vir a ser o diferencial dentre as associações que dizem nos representar: A AAPPREVI. Portanto, apesar de associado a outras, não me senti representado devido ao desrespeito para com ela;




Mas eu gostaria de tocar em alguns aspectos citados acima, quais sejam:



1 - Qual o motivo que leva um diretor eleito a "prestar contas" apenas em site de central de trabalhadores, que nada tem a ver com a CASSI?



2 - Acho um desrespeito à Associação o fato de um diretor "eleito" alterar o uniforme da entidade para mandar bordar ou pintar, sei lá, o nome da cut na camisa que usa em suas viagens ditas oficiais. E a quem coube tal despesa? E por se trará de mudança de identidade visual da organização, quem aprovou isso?



3 - Se a CASSI não é uma empresa de mercado, tendo em vista suas limitações de adesão, qual a finalidade e a justificativa para o excessivo "sigilo" com que escondem os dados importantes para o entendimento desta "crise", a meu ver fabricada pelo patrocinador? Isso não deveria estar restrito aos dados negociados com prestadores e fornecedores, tais como preços de consultas e procedimentos?



4 - Por que cortar programas como o PAC e o PAF, de profundo alcance social, se o fracasso dos mesmos se deu unicamente por incompetência (talvez até por negligência) da administração da CASSI, conforme várias denúncias postadas e assinadas na web, dando conta de que os remédios estavam sendo adquiridos por preços superiores aos praticados em farmácias?



5 - Por que aumentar o custo para aos associados, se todas, lembrem bem, todas as decisões são tomadas apenas se aprovadas pelo Banco, via seus representes na diretoria da CASSI? De quem é a culpa, em última análise - do mercado ou do dirigente, que não teria sido diligente?



Como não fiz curso na Europa, sobre planos de saúde e nem tenho formação superior para administrar um plano, gostaria de aprender um pouco mais sobre a situação atual da CASSI. E isso bem que poderia ser facilitado por uma séria auditoria externa, patrocinada pelo "patrocinador" da mesma, como forma até de diagnosticar o que já se sabe.



Aguardo os ensinamentos dos dirigentes das associações que "representam" os associados, e os que representam o Banco do Brasil também. Aliás, dos listados, acho que são os mesmos.



Um bom fim de semana a todos, que hoje é sexta e os caranguejos me esperam no ARAÇAGI.



SolonelJr

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Se é verdade, não entendemos porque não foram convidadas para participar da reunião as demais associações - AAPREVI, AFABB-sp, AAPBB e outras consolidadas - Discordo também da participação da Contraf-Cut e Contec - Os Sindicatos já demonstraram que não são confiáveis em assuntos de Previ e Cassi.


Pedrito - Campinas-sp