sábado, 8 de agosto de 2015

GRATIDÃO e SÚPLICA




Marcos Cordeiro de Andrade

Curitiba (PR), 08 de agosto de 2015.

Caros Amigos,

Decorridos quase dois meses do angustiante evento do enfarte de que fui acometido, e no momento festejando exitosa recuperação, volto ao assunto tentando beneficiar os Colegas associados, a propósito da inusitada situação envolvendo os procedimentos da CASSI.

Quando relatei a desesperada busca de meios que abreviassem meu sofrimento, ocasião em que meu filho recorreu a nomes influentes para suplantar a barreira de prazos protocolares e burocráticos, tive a dupla intenção de agradecer aos que acorreram em socorro às súplicas, aliado à necessidade de divulgar esse invulgar procedimento da CASSI que põe em iminente risco a vida de todos que se igualam no sofrimento por que passei.

Sendo fervorosamente agradecido à CASSI pelo atendimento prestado, em tudo condizente com o que se espera de um Plano de Saúde da sua envergadura, somente lamento o fato de que entraves burocráticos ainda persistem para liberação de autorizações de procedimentos médicos inadiáveis, os quais, somente eles, são capazes de salvar vidas em situações de extremo risco.

Reputo como inconcebível que assim ainda ocorra, uma vez que não se encontram justificativas para obediência a esdrúxulos prazos regulamentares na emissão de autorizações da espécie. Nesse sentido, entendo que tal qual na ocorrência de pedidos rotineiros, nos casos de solicitações envolvendo risco de morte essas autorizações devem ser concedidas automaticamente, em atendimento à fundamentação médica corroborada pela Instituição credenciada.

Justifica-se a imediata liberação do medicamento/procedimento solicitado, notadamente pelo fato de que tem origem em circunstanciado Laudo Médico avalizado pelo Hospital onde o paciente está internado. Ressalte-se que tanto o Médico como o Hospital gozam da confiança do Plano, uma vez que foram (e são) credenciados mediante rigorosa avaliação da capacidade profissional e da indispensável credibilidade. De se notar que na história da CASSI não há registro de negativa a pedidos da espécie, o que atesta a desnecessidade de se proceder a secundários estudos de viabilidade, pois estes são feitos previamente pela autoridade médica credenciada, o que não pode ser delegado a nenhum atendente instalado em gabinete a milhares de quilômetros da base hospitalar, razão porque aquela capacidade de decisão é contestável por estar embasada em regulamentos ultrapassados.

Ademais, o pedido de urgência feito pela autoridade máxima do corpo de cirurgiões não deixa dúvidas quanto à necessidade do atendimento seletivo, tanto é que em casos similares o paciente já passou por um cateterismo que atestou a exigibilidade de outros procedimentos inadiáveis, capazes, por si só, de salvar-lhe a vida. Desnecessário dizer que adiamentos burocráticos somente contribuem para maiores e inevitáveis transtornos, tais como crescente risco de morte para o paciente proporcionalmente à diminuição das chances de salvá-lo, acentuando o desdobramento do seu sofrimento. Além disso, enormes gastos com caríssimos leitos de UTI podem ser evitados a par do desgaste da credibilidade do Plano, acrescido da manutenção de um quadro de angústia no seio dos familiares do doente. Vale lembrar que em situações normais o atendimento ao enfartado demanda cerca de três dias, entre o cateterismo e implantação de stents até a alta médica. No meu caso em particular guardei o leito da UTI durante doze dias, mais dois em quarto particular – tudo em respeito à burocracia da CASSI.

Dentre as centenas de manifestações de carinho e apreço recebidas, muitas delas publicadas nos comentários do Blog Previ Plano 1 a partir do dia 22/07 (www.previplano1.com.br), tomei a liberdade de selecionar aquelas em que se lamenta ter havido a necessidade de recorrer a pessoas influentes no âmbito da CASSI para que minha vida fosse salva. Em que pese as bem-intencionadas interferências relatadas tivessem o intuito único de derrubar as barreiras insensíveis da burocracia, quando esta estipula prazos absurdos para que uma vida seja salva, reconheço que as manifestações de desagravo nesse particular se somam como um trunfo a ser usado em direção à CASSI, na tentativa de sensibilizar seus dirigentes para correção de rumos.

Assim sendo, os relatos selecionados estão sendo encaminhados à Caixa à guisa de contundentes argumentos, suplicando que todos os casos sejam estudados de per si com vistas a uma avaliação criteriosa dos eventos passados, que certamente servirão de exemplos dos riscos que essas pessoas enfrentaram, ou temem se expor quando deparados com situações idênticas àquela por que passei. A preocupação maior que se constata é terem necessidade de recorrer a pistolões ou amigos influentes (nem sempre ao alcance) para se beneficiarem do inalienável direito ao atendimento tempestivo em casos emergenciais - prescritos pelos profissionais que prestam serviços ao Plano, obviamente da sua inteira e cabal confiança. Por isso, estou encaminhando este relato à nossa Caixa de Assistência, com pedido para que revejam com urgência os critérios atualmente usados para liberação dos procedimentos de que trato, considerando não encontrar amparo legal na determinação de atrasos subordinados a entendimentos burocráticos, envolvendo inadmissível desconfiança nas peremptórias recomendações emanadas por profissionais e Instituições reconhecidamente da inteira confiança do Plano. Sem esquecer que em última análise o associado responde por eventual dolo praticado com sua aquiescência.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade

Associado CASSI desde 15/05/1962

Matrícula nº 6.808.340-8.

8 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Pois é Marcos!!!


" . . . ocasião em que meu filho recorreu a nomes influentes para suplantar a barreira de prazos protocolares e burocráticos . . ."



E quem não tem nomes influentes para recorrer, que são a maioria absoluta dos associados??????????????


Flavio





Em Sábado, 8 de Agosto de 2015 16:17, "'Marcos Cordeiro' marcos@previplano1.com.br [REDE-SOS]" escreveu:

www.previplano1.com.br

Enviado por: Flavio da Rosa

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

É o meu caso, Flávio.

Milton
(José Miltom Nertoco)

Alan disse...

... Sem esquecer que em última análise o associado responde por eventual dolo praticado com sua aquiescência.

Muito bom Marcos, contamos com voce para nos defender!!!!!!!!!!!


O pior é que o governo quer acabar com a CASSI, fiquemos atentos!!!!

CAMPANHA PELO VOTO NÃO A QUALQUER PLEITO FEITO PELO BB!!!!

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Caro amigo Ronaldo e demais,
também com cópia para Marcos Cordeiro.

Taí meus amigos, UM exemplo (apenas UM) dentre prováveis centenas de outros (quem sabe milhares até).

Fatos que efetivamente acontecem no âmbito da CASSI, com o encarecimento desnecessário da internação. Aliás, da internação mais cara , já que se trata de manutenção em UTI. (Se uma diária hospitalar normal já supera, bastante, o valor de diária em hotéis cinco-estrelas... o que dizer de uma UTI?)

O Marcos cita, em seu texto, o prazo médio de internação necessária para esse tipo de procedimento

atendimento ao enfartado demanda cerca de três dias, entre o cateterismo e implantação de stents até a alta médica. No meu caso em particular guardei o leito da UTI durante doze dias, mais dois em quarto particular. Não sei se procede mas não tenho razões para duvidar. Os números da UNIDAS parece retratarem e também constatarem essa triste realidade...

Quantos recursos NOSSOS são desperdiçados DIUTURNAMENTE pela burocracia da CASSI - como o próprio Marcos mesmo diz, por conta da "desnecessidade de se proceder a secundários estudos de viabilidade, pois estes são feitos previamente pela autoridade médica credenciada, o que não pode ser delegado a nenhum atendente instalado em gabinete a milhares de quilômetros da base hospitalar", pratica essa retroalimentada pela desculpa de "melhorar" a gestão - quando sabemos e observamos exatamente o contrário, adredemente provado neste triste e lamentável episódio tornado público pelo próprio colega, paciente e sofredor, juntamente com TODA sua família ?

Além da sensibilização que o próprio colega Marcos está tentando diretamente junto à CASSI, acho que devemos talvez reservar os relatos desse episódio para eventual necessidade futura da EFETIVA DEFESA de nossos direitos e interesses junto àquela Caixa, desrespeitados por quem de direito nos mais variados escalões, das mais diversas e cruéis maneiras.

Continua na PARTE II

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


PARTE II - Final

Quem deve bancar esses desperdícios diários, diuturnos que ocorrem com os recursos, reservas e patrimônio (inclusive MORAL) da CASSI ? Nós, os associados ? Ou quem lhes dá causa ? Por que não se recorre a uma auditoria independente para verificação desse (e de tantos outros) procedimentos que vêm sendo erroneamente administrados, a pretexto de "estudos de viabilidade" ou a que título seja, em completa desconsideração com a VIDA HUMANA que cada paciente, cada colega ou familiar adoecido representa ? Vamos viver, conviver e aceitar, passivamente, esse tipo de distorção ? Vamos fechar os olhos a esse e tantos outros acontecimentos que tais, até que - Deus nos livre! - eventualmente também nos ocorra ? Será que cada um de nós tem o amparo, suporte ou poderá contar com a interferência de PISTOLÕES OU AMIGOS INFLUENTES em caso de necessidade desse tipo ?

Que esse triste episódio, certamente em paralelo a tantos outros; que o sofrimento de Marcos e sua família, paralelo a tantos outros, não se tornem letras frias. Que não tenha sido em vão.

Acho que precisamos, sim, nos manter unidos, focados e, a par de NÃO ABRIRMOS MÃO de nossos direitos, lutar e insistir pela MANUTENÇÃO de tudo o que até aqui conseguimos e, paralelamente, insistirmos na UNIÃO de todos os que comungam de nossos princípios e convicções, fazendo chegar ao maior número de colegas possível tudo o que ocorre efetivamente com a CASSI e o que estão pretendendo fazer com ela E CONOSCO.

NÃO À ALTERAÇÃO, PARA PIOR, AOS ESTATUTOS DA CASSI.
NÃO À SAÍDA DO BANCO DE SUAS RESPONSABILIDADES PARA CONOSCO.
NÃO À CONTINUIDADE DA MESA DE NEGOCIAÇÕES, NA FORMA ATUAL (apenas protelatória).
NÃO AO QUE QUER A ATUAL ADMINISTRAÇÃO DO BANCO EM RELAÇÃO À CASSI - e à nossa saúde.
NÃO ÀS FALÁCIAS E ENGANAÇÕES EM CURSO.

Um @braço
a todos

N A S S E R
(BA) - 09 08 2015. FELIZ DIA DOS PAIS a todos os papais.

Blog do Ed disse...

Muito estimado colega e amigo Marcos
Como você recentemente, tenho, desde a década de 90 do século passado, transitado por hospitais aqui do Rio de Janeiro. Naqueles primeiros anos, passei por UTI que me parecia SUS. Nos anos mais recentes, tenho sido atendido nos hospitais D'OR (Grupo São Luís, de São Paulo), que atendem sem nenhum problema e prontamente. Ultimamente, sinto-me muito bem atendido pelos hospitais da CASSI, prontamente. Só tenho que elogiar o ATENDIMENTO HOSPITALAR. Gostaria que a CASSI proporcionasse aqui no Rio de Janeiro um corpo de médicos cirurgiões em todas as especialidades de alto gabarito... Isso, eu gostaria de ver...
Edgardo Amorim Rego

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Prezado Marcos Cordeiro,

Na qualidade de associado da AAPPREVI, dou boas vindas ao nosso grande e querido Presidente.
Que Deus lhe dê muita saúde e felicidade. Precisamos muito dos teus préstimos na defesa de nossos direitos, principalmente agora que o BB, ao qual demos a nossa juventude e ajudamos a crescer.
Agora não tem o menor reconhecimento: Faz de tudo para livrar-se de nós, como verdadeiro carrasco.
Contamos com teu apoio e sabedoria Não podemos deixar nas mãos de negociadores - BB/CASSI,
os mesmos que noutras ocasiões fizeram acordos nocivos aos colegas (ANABB, CONTRAF/Cut), mas favoráveis ao BB, atendendo apenas interesses pessoais. Diante da intransigência do Banco, sou de opinião que devemos suspender imediatamente as negociações e providenciar Ação Judicial, pois numa votação é certo que o BB terá vitória, levando em conta as abstenções dos aposentados e o pessoal da ativa, pressionados pelo empregador.

João Batista Monteiro de Barros
4.780.800-4

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Caro amigo Nasser e demais,
Caso semelhante aconteceu com minha irmã Maria Auxiliadora de Azevedo Carvalho Pereira, nossa colega, em Campos dos Goytacazes (RJ). No aguardo de 2 stents, ficou mais de 20 dias internada no hospital Dr. Beda (melhor de Campos). Precisei falar com Carvalho, na época assessor de Graça Machado, a respeito da burocracia para liberação dos stents, mesmo com relatórios médicos exigidos pela Cassi. A liberação só foi autorizada, quando Paulo Muradas assumindo a UR do RJ, sabendo do caso por Carvalho, me telefonou informando que os stents estariam no no dia seguinte no hospital. Veja o gasto desnecessário que a Cassi teve com a internação. Esse não é o caminho correto para termos nossos direitos respeitados junto a Cassi.
Abraços,
Ronaldo