sábado, 26 de novembro de 2016

ES - Fim do Plano Alternativo




Marcos Cordeiro de Andrade
Curitiba (PR), 26/11/16
Caros Colegas,

Explodiu como uma bomba de efeito retardado a negativa da PREVI aos pedidos de suspensão de prestações do ES. E os estilhaços dessa bomba deixaram em frangalhos os já esburacados bolsos dos endividados suplicantes.

Causa espécie a insensibilidade demonstrada pelos dirigentes ao adotar tão devastadora resolução. E reforça o sentimento de indignação o fato de que vem de longe o movimento que pede as concessões visadas. Coisa que, obviamente, vinha sendo monitorado pela PREVI e que, por isso mesmo, a tardia resposta deu margem à alimentação crescente de que era palpável a possibilidade de sucesso.  Vale lembrar que nos últimos meses as redes sociais foram pródigas em divulgar pungentes mensagens de mutuários esperançosos, todos levando fé em que o exemplo de anos anteriores seria seguido para minorar as agruras financeiras dos mais endividados. E isto, para muitos, soava como o único meio de ter um Natal mais feliz.

Ainda mais porque o pedido recorrente não trazia nenhuma novidade para modificar entendimentos anteriores. Ao contrário, se fundamentava na liberalidade da própria PREVI nas concessões permitidas. Ressalte-se o fato de que desta feita até um abaixo-assinado foi entregue ao Diretor de Seguridade, na véspera da fatídica reunião da Diretoria onde foram cassadas nossas esperanças. E nem mesmo as 2.566 assinaturas contidas nesse documento serviram para abrandar os corações de pedra que avaliaram a questão.

A par disso, e em que pese cumprirmos o dever de enaltecer os cuidados disseminados pelos burocratas da PREVI, quando demonstram querer resguardar a saúde financeira do nosso Fundo, somos levados, também, a refutar certos argumentos contidos no arrazoado divulgado no site no dia 25/11/16, onde se insere, quase ao final, o sentido inverso da notícia ansiosamente aguardada. É na parte que trata dos que “passaram da conta”, como eu:

Empréstimo Simples no Plano 1: o que é FQM?” traz mais informações sobre o Fundo de Quitação por Morte.”

“A Diretoria Executiva da PREVI, pensando na sustentabilidade do Fundo de Quitação de Morte, decidiu após análise que as prestações de dezembro de 2016 e de janeiro e fevereiro de 2017 serão cobradas dos mutuários normalmente, conforme o cronograma previsto na contratação”
Segue-se extensa explanação para dar vasão aos conhecimentos técnicos dos especialistas que, bem remunerados, precisam mostrar serviço. Mas cujas elucubrações nenhuma serventia tem para melhorar as finanças dos sufocados pelas necessidades financeiras.
Muito bonito se for “para inglês ver”, mas de péssimo gosto em se tratando daquilo a que se presta: argumentos municiadores de carro chefe empregado para satisfazer as expectativas de aposentados e pensionistas endividados, sem nenhuma outra fonte de renda além do contracheque da PREVI. E mais, envolvidos em situação de penúria financeira difícil de equacionar, de vez que tiveram suprimidas suas linhas de crédito habituais - por conta de restrições advindas de enquadramentos vários, alguns deles determinados pela própria PREVI.

E agora, senhores dirigentes da PREVI, como posso sobreviver se o meu Plano B foi detonado insensivelmente, a golpes de argumentos não convincentes?

Ouso dizer que, na pequenez dos cifrões do meu contracheque, procuro decifrar, mas não consigo entender, como postergar o pagamento de três prestações de um pequeno empréstimo, de cunho pessoal e com desconto em folha, pode pôr em risco o patrimônio do maior fundo de pensão da América Latina? Ou mesmo levar à falência um plano de seguros? Que enigmático poder de destruição representa um punhado de inofensivos aposentados e pensionistas quando observados do alto dos seus minguados benefícios previdenciários? Cadê a alardeada solidez do Fundo vendida aos investidores? 

É bom lembrar que a “perigosa” medida beneficiaria milhares de famílias na mesma situação. E não traria prejuízo para ninguém, uma vez que o enquadramento seria opcional. Ainda mais quando é sabido que o mantenedor do empréstimo já amarrou os mutuários com todas as peias possíveis.

Portanto, pergunto:

- Já não basta o desrespeito ao Estatuto do Idoso, quando me discriminam por conta da idade avançada?

- Não estão satisfeitos com a cobrança do FQM com taxa diferenciada?

- Não lhes satisfaz a obrigatoriedade de manter meu contracheque atrelado ao Banco do Brasil (há mais de 54 anos), por força de determinação estatutária?

- Por que me tratam como caloteiro se jamais fiquei em débito para com minhas Caixas?

Por tudo isto, e já que vocês eliminaram o meu Plano B de subsistência natalina, por favor, inventem uma solução para substituí-lo. Seja o que for, vocês têm as garantias de que lhes pagarei o que ficar a dever – mesmo depois de morto.


Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8
Participante PREVI desde 15/05/1962

12 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Marisa Moreira comentou a publicação de Leila Penha em Indignados do BB.

Marisa Moreira Marisa Moreira 26 de novembro de 2016 22:41

Parabéns Marcos Cordeiro excelente texto que representa a Voz de associados que precisam da Suspensão. Nós 700 comentários da Petição alguns sangravam a alma.
Ainda aguardo uma resposta pendente do Sr.Gueitiro que prometeu levar a Reunião do Conselho e-mail este feito com cópia para todos os diretores envolvidos. GRATIDÃO ♥



Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Caros Colegas.

MARISA MOREIRA foi a idealizadora do abaixo-assinado fechado com 2.566 participações.
O conjunto foi entregue sob protocolo ao Diretor de Seguridade MARCEL JUVINIANO BARROS no dia 18/11/16.
Foram portadoras as incansáveis e desprendidas colegas MARILISA de FRANÇA e SANTINA SBARDELLA, a quem rendemos nossas homenagens e agradecimentos.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade

Eis o comunicado divulgado por elas:

Marilisa de França
22 de novembro ·

Na 6a feira passada, dia 18.11, estivemos na PREVI para entregar o Abaixo Assinado para suspensão do ES nos meses de dezembro/16, janeiro e fevereiro/17, de iniciativa da colega Marisa Moreira e apoiado pelo Grupo Indignados e divulgado no Facebook devido à boa vontade de diversos colegas.

Contamos com o apoio de 2566 colegas que assinaram a petição.

Fomos recebidas pelo Diretor de Seguridade, Sr. Marcel, que ouviu atentamente os motivos que originaram tal documento, o protocolou e se prontificou a levá-lo para a próxima reunião de Diretoria que acontecerá nesta semana.

Estamos no aguardo de uma resposta.

Marilisa de França e Santina Sbardella

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Maria Tereza Villela Tostes Maria Tereza Villela Tostes 26 de novembro de 2016 22:59

Penso que devemos insistir e cobrar uma explicaçao plausivel para essa negativa pois n seriam.essas parcelinhas de ES que colocariam em risco a gorda Previ. Temos de protestar e encher o email da Caixa de Previdência com nossos protestos mais veementes e pedindo reavaliação da questäo. indignada!

Aristophanes disse...

Prezado Marcos Cordeiro.
Já externei, publicamente, minha avaliação,sobre o comportamento da Previ - por decisão de sua Diretoria Executiva, dia 25 - relativamente a esse triste episódio, ainda não terminado, da não suspensão das parcelas DEZ/JAN/FEV, do ES-1. Revoltam-me, menos, a decisão negativa, em sí, e, muito mais, o cinismo, a hipocrisia e a falsidade, embutidas nas "explicações e esclarecimentos" dadas pelo "nosso" Fundo.
Como diria o Barão de Itararé, "existem mais coisas no ar, além dos aviões de carreira". Estou nessa luta com você e outros companheiros. Abraço solidário. Aristophanes

rafa disse...

O descaso e indiferença com o sofrimento de tantos colegas é de assustar. Talvez o presidente Gueitiro intervenha ainda. Mas a PREVI podia então abrir ES com "pula parcela", como faz o BB. Essa seria uma saída regular, com custos embutidos e sem essa angústia a que são submetidos endividados sem outras saídas.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Leila Penha
28 de novembro às 10:39


ES - Negativa da PREVI (por Ebenezer)

Prezados Marcos Cordeiro e Fernando Jófili,

A justificativa divulgada pela PREVI para não atendimento do pleito de colegas para não cobrança de prestações do ES é a necessidade de manutenção do equilíbrio do FQS.

Esse é um sofisma. A preservação do FQS poderia ser mantida simplesmente cobrando a parte que caberia àquele Fundo nos meses em que não fosse cobrada a prestação. E isso seria justo pois, tratando-se de seguro, o mutuário continuaria segurado naquele período.

A decisão simplista revela menosprezo da PREVI à situação financeira de colegas que formularam o pleito. A opção é que fica evidenciada a falta de interesse ou de capacidade técnica dos dirigentes para encontrar solução para o caso. Ou dos dois.

A propósito, nas ocasiões anteriores em que houve suspensão de pagamento de prestações não houve essa preocupação com o FQS.

Cordialmente

Ebenézer


Marcos Cordeiro de Andrade disse...


colegas, esta medida que está sendo divulgada oficialmente pela PREVI, é um bom sinal. Traduzindo: significa uma confissão tácita do erro que vem cometendo, cada vez mais para um buraco sem fim e desesperante, porém existe uma formula para se sair do super envidamento. se algum colega quiser tratar deste assunto coloco meu email particular à disposição, myr1943@gmail.com, Não tratar deste assunto na rede por dois motivos: o primeiro é por ser um assunto muito
reservado, e devemos preservar o direito da privacidade, e o segundo por se tratar de matéria complexa.
Estou as ordens de forma gratuita. não sei o caso de cada um cada um, porem quem sabe o seu se encaixa naquilo que já sai vencedor.
ALBERTO MYRKO OAB RJ 75662

__._,_.___

--------------------------------------------------------------------------------
Enviado por: Alberto Myrko oliveira santos

rafa disse...

Caro presidente Marcos. Agora está mais claro do que nunca. A PREVI nos isolou via eleições para conselhos e diretoria. Ela tem a certeza absoluta ( e nós também ) de que os aposentados e pensionistas do PB 1 JAMAIS conseguirão eleger um legítimo representante na diretoria de seguridade. Ninguém consegue mobilizar os velhinhos/as. Por vários motivos, incluidos principalmente aqueles decorrentes da idade avançada, impossibilidade de locomoção etc. Assim, os eleitos que representam os associados do PB1 sairão SEMPRE do PREVI FUTURO ... E as demandas deles são diferentes das nossas, a começar pelos planos que são TOTALMENTE diferentes. A única coisa que nos une (amarra ) é a PREVI, que administra a ambos. E a PREVI deve ter total interesse de que essa situação permaneça para sempre

Unknown disse...

PLANOS DISTINTOS, DIRETORIAS DISTINTAS.

Volto a insistir, na PREVI cada Plano deveria ter sua própria Diretoria. Gostaria de contar com experts, Aposentados ou não, para que se faça um estudo sério a respeito, levando em consideração o Custo-benefício da estrutura. As Diretorias, do Plano 1 e do Previ Futuro, desenvolveriam ações voltadas especificamente para seu Plano. Assim muitas distorções serão corrigidas, com um custo financeiro relativamente baixo. Lembrando que a Previ continuará tendo apenas um Presidente. Vamos pensar a respeito?
Elis

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

13/12/2016
Banco do Brasil vai aposentar 9.409 funcionários
Vanessa Sarzedas e Folha de S.Paulo
do Agora

Um total de 9.409 funcionários aderiu ao plano de aposentadoria do Banco do Brasil, anunciado em novembro para cortar gastos.

Ao todo, a instituição emprega aproximadamente 109 mil trabalhadores no país.

De acordo com o banco, a medida deve gerar uma economia de R$ 2,3 bilhões em 2017.

Porém, a instituição financeira irá gastar R$ 1,4 bilhão neste ano para pagar a grana prometida aos funcionários que vão sair.

As vantagens oferecidas para quem decidisse deixar a empresa incluem um incentivo de 12 salários e uma indenização pelo tempo de serviço, que varia de um a três salários.

Sobre eles, não é cobrado Imposto de Renda.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

16/12/2016
Teto do INSS deve ser de R$ 5.578 em 2017
Cristiane Gercina
do Agora

O teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deverá subir dos atuais R$ 5.189,82 para R$ 5.578 no ano que vem, um reajuste de 7,48%, conforme o Orçamento de 2017 aprovado ontem pelo Congresso.

O aumento do salário mínimo também foi aprovado.

O novo piso deverá ir de R$ 880 para R$ 945,80.

Por lei, o salário mínimo tem reajuste maior, que considera a inflação mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Já os benefícios do INSS acima do piso recebem só a correção da inflação.

Porém, como o país não cresceu em 2015, o piso e as aposentadorias maiores terão só o reajuste da inflação. Fonte: Jornal Agora S. Paulo.

rafa disse...

Débito da CAPEC a partir de janeiro/17: a quem interessar, vejam a resposta da PREVI sobre o assunto:

"Em atenção a sua solicitação, esclarecemos que a PREVI prioriza o desconto das contribuições para a PREVI, CAPEC e CASSI em sua folha de pagamentos.

No Regulamento do Plano de Benefícios 1 e da CAPEC, há a previsão de desconto em conta corrente quando, por qualquer motivo, os valores não tiverem sido descontados em folha.

Atenciosamente,


Gerência de Atendimento
PREVI"