sábado, 1 de fevereiro de 2020

Mensagem do Diretor Satoru - da CASSI



MENSAGEM DO DIRETOR SATORU – DA CASSI

Esta mensagem circulou ontem (31/01/20) nas redes sociais. A AAPPREVI recebeu autorização do autor para divulgá-la nos seus meios de comunicação:

O Diretor Satoru autoriza, desde que a matéria na íntegra. Diferente disto, pode ficar descontextualizado e, assim, gerar interpretações equivocadas”.

É como agimos:


Colegas, informo que várias operadoras privadas, não apenas a Bradesco Saúde, conforme noticiado pelo Correio Brasiliense, analisaram sim a possibilidade de comprar parte da CASSI, obviamente a parte mais rentável.

Nós não poderíamos divulgar tais "intenções" dessas operadoras, pois nenhuma fez qualquer publicação oficial sobre isso, e - o fato mais importante - essa informação seria interpretada como "terrorismo" para convencer os associados a votarem "sim". Creio que agimos corretamente, sobretudo por causa da segunda variável.
 Quanto à possibilidade real de alienação das carteiras, que poderia evoluir para a liquidação da CASSI pela ANS, creio que divulgamos fartamente essa informação, tanto nos meios oficiais, no site e nos e-mail enviados aos associados, como na apresentação da proposta ao vivo em diversas entidades, dependências do Banco, sindicatos e associações.
 A nossa projeção é que, sem os recursos do Memorando de Entendimento que venceu em dez/2019, em torno de $50.milhões mensais, sem recursos novos da contribuição por dependentes, e margem de solvência negativa acumulada em mais de $1.bilhão, a CASSI sobreviveria, no máximo, até março, ou abril de 2020.
 Sem esses recursos não teríamos como cumprir o Programa de Saneamento apresentado à Direção Fiscal da ANS em 17/12/2019, e com CERTEZA seria decretado o processo de liquidação.
 MAS, ATENÇÃO:
 Os $1.bilhão que o Banco repassou à CASSI em 20/01/2020, com um mês de atraso por causa da judicialização, referente ao GDI e à contribuição patronal sobre os dependentes e a taxa de administração de 10%, de jan a  nov/2019; apenas recompuseram o patrimônio social e cerca de 90% da margem de solvência. Logo, os recursos garantidores, mesmo com essa injeção, continuam negativos, assim como cerca de 10% da margem de solvência.
Na proposta aprovada em nov/2019, consta o "saving", ou ganho de eficiência anual de $396.milhões, ou seja, cerca de $1,2.bilhões em três anos, conforme comunicado do Presidente da CASSI, reproduzido pela matéria do Correio Brasiliense.
 Esse foi o compromisso firmado pela Diretoria, ou seja, fazer uma economia anual de cerca de $400.milhões, nos próximos três anos, totalizando cerca de $1.2bilhões, para fechar a conta. Caso não houvesse esse compromisso, haveria a necessidade de se aumentar em cerca de 1% para os associados e também para o patrocinador, o que seria inviável, pois o Banco já havia firmado posição nos 4,5%.
 SEJAMOS OTIMISTAS:
 Sim, confiem no trabalho que estamos desenvolvendo, com uma frente ampla de ações que integram o Programa de Saneamento, como:
- renegociação dos contratos com a rede credenciada, para reduzir suas tabelas de preços;
- aprimoramento das auditorias no leito hospitalar e nas faturas;
- centralização de atividades administrativas e operacionais, com ganho de eficiência e qualidade;
- novos modelos de negociação para eliminar os contratos de conta aberta, ou “fee for service”;
- revisão do PAF segundo a lógica assistencial e acoplada às linhas de cuidado, conforme foi projetado em sua origem;
- reorganização da rede credenciada de acordo com o novo modelo de regulação e modelo assistencial baseado na estratificação do risco populacional e nos perfis epidemiológicos;
- expansão da ESF para todos os associados e dependentes do Plano de Associados nos próximos quatro anos;
- informatização de processos, intensificação de aplicativos no APP;
- treinamento maciço de todos os funcionários dedicados a assistência à saúde, e à negociação com a rede credenciada;
- implantação do “Saúde na Linha”;
- diversas outras ações.
 Tais ações e projetos iniciados no segundo semestre/2018, vem surtindo efeito e promovendo ganhos de eficiência que permitem recomendar a todos os associados para que “fiquem otimistas”.
 A prévia do exercício de 2019 que a Diretoria Financeira nos apresentou, demonstra uma economia real, de 2018, para 2019, de cerca de $300.milhões, ou seja, o resultado de 2018 foi de $377.milhões negativos, e a prévia de 2019 apontou cerca de $77.milhões negativos.
Se considerarmos que a inflação da saúde foi de 17%, podemos inferir que a economia foi de cerca de $350.milhões.
O cálculo atuarial é feito de maneira um pouco mais complexa, pois considera diversos outros fatores, além da variável financeira. O orçamento para 2019, que foi construído em nov/2018, indicava um déficit de cerca de $820.milhões. Nesse cálculo foram considerados, dentre outras premissas: inflação da saúde, taxa de morbidade, faixa etária da população, índice de sinistralidade, risco de seleção adversa, série histórica de 10 anos, com abrangência de 36 meses anteriores, projetados mês a mês, de jan a dez/2019.
Se compararmos o déficit projetado pelo orçamento, de $820.milhões negativos, versus o fechamento estimado em dez/2019, em torno de 77 milhões negativos, o ganho de eficiência ficou próximo de $742.milhões no ano de 2019.
Esclarecido o que é “economia nominal” e “ganho de eficiência”, em resumo, a prévia do resultado de 2019 demonstra uma “economia nominal” de $300.milhões, e um “ganho de eficiência” de cerca de $742.milhões.
Eis a razão do otimismo, pois esses resultados de 2019 evidenciam que estamos no caminho certo, e que as ações e os projetos acima elencados proporcionam a segurança para afirmar que alcançaremos os $400.milhões de “ganho de eficiência” neste ano de 2020, bem como em 2021 e 2022, conforme acordado na proposta vitoriosa de nov/2019, assim como no Programa  de Saneamento apresentado à Direção Fiscal da ANS.
 Satoru

Obs. do Blog: Luiz Satoru Ishiyama é Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI.
Atenciosamente,
Marcos Cordeiro de Andrade

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