quinta-feira, 21 de maio de 2015

Propostas nojentas




Marcos Cordeiro de Andrade.

Caros Colegas,

Como se fora obra do predador Governo de plantão, está em curso manobra estapafúrdia em prejuízo dos aposentados e pensionistas do Banco do Brasil. E a tramoia vem em bloco.

Parece até que resolveram acabar de vez com os velhinhos trambiqueiros, pois, inconformados com a morosidade desenvolvida pelos planos de extermínio praticados por etapas, desta feita estão agindo com dosagem tripla de venenos combinados, e de eficiência abrangente, visando os três pontos vitais dos aposentados e pensionistas, que são os pilares de sustentação no seu final de vida - previdência, saúde e finanças.

Sem obedecer a qualquer ordem de prioridade, maquiavelicamente urdem invulgar processo para corroer a resistência que permite aos idosos justificar estatísticas de longevidade.

Os responsáveis em pôr em prática essa política de extermínio combinado, moços, todos eles, ainda não alimentam preocupação com o Estatuto do Idoso, e unem-se à sombra de propósitos inconfessos para satisfazer ao patrão mor, pois é este que lhes dá sustento e mordomias nos vergonhosos ganhos enormemente desmerecidos, e à custa da pobreza desses mesmos aposentados e pensionistas de que desdenham, como se a providência divina lhes reservasse a eterna juventude.

Pelo que me consta, denuncio a seguir o plano que nem o pior déspota ousou pôr em prática em sua inglória jornada de extermínio em massa. E no desdobramento, os nomes dos representantes desse caos anunciado e suas nojentas propostas:

1 – Gueitiro (presidente da PREVI) anunciou o advento de nova modalidade do ES com aval da CAPEC. Segundo essa vertente, aposentados e pensionistas poderão renovar ou contratar o ES mesmo com a margem consignável negativa, bastando desistir do pecúlio em troca de uns trocados em vida, deixando com isto dependentes desassistidos depois da morte porque o seguro será usado para honrar o empréstimo contraído em vida.  

2 – Carlos Neri (Diretor do BB) indica que a CASSI deva perder o patrocínio do BB em troca do recebimento antecipado da reserva legal do patrocinador, deixando aposentados, pensionistas e dependentes sem assistência de saúde depois de exauridos esses recursos. E o Banco lucra de lambuja com a isenção do pagamento da quota de 4,5% com que hoje é obrigado a contribuir.

3 – Cecília Garcez (conselheira eleita da PREVI) apregoa que o nosso Fundo deva ser entregue ao BB para administrá-lo oficialmente. E o patrimônio destinado aos benefícios estarão disponíveis para o patrocinador usá-lo ao bel prazer sem os atuais subterfúgios, até desaparecerem nos deixando à míngua, dependendo do INSS para sobreviver.

Mas, o que estas três propostas têm em comum?

Simplesmente o propósito de acabar com os idosos que contribuem para a CAPEC, CASSI e PREVI, extinguindo os três pilares de sustentação dos aposentados e pensionistas: seguro de vida, cuidados com a saúde e benefícios financeiros. Desnecessário lembrar que tudo isto se configurem direitos adquiridos pelos quais pagamos compulsoriamente desde a posse no Banco (no meu caso são exatos 53 anos, a partir de 15/05/1962).

Como precaução, já estou me preparando seguindo a tática que o meu pai usava, na primeira metade do século passado, para fugir à tentação apregoada por espertos mascates vindo em sua direção. Ficava dizendo em silêncio no seu íntimo, repetidamente: NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!

Pois assim, quando for chegada a hora de responder ao plebiscito, somente me ocorrerá essa palavra.

NÃO!

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 20 de maio de 2015. www.previplano1.com.br

8 comentários:

Pedro Borges disse...

NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO . . . . . . .

Alan disse...

Tamos juntos!! NÃO!!!

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

José Carlos Ramos:

O Não devia ter sido dito lá atrás, em 2010. A justificativa para o "sim", carimbando a
retirada dos 7,5 bi, foi a de que se assim não se fizesse, não teríamos o beneficio do Bet.
Tivemos parte pois deram calote no resto e nas promessas. O Banco adquiriu know how.
Apertar a corda no pescoço~. Tal qual de náufrago desesperado, os palpites começaram a surgir
dos próprios assistidos. A formula 170. O Uso da CAPEC - pecúlio garantia -foram ideias/
sugestões surgidas nos blogs.
É essa a tática. Aperta que espana !
F... é saber o que está acontecendo dentro da Previ, a julgar pelas ultimas notícias.
Parece uma associação onde ocorrem constantes politicagens e prevalecem os próprios
interesses, minando e corroendo o antigo bom nome.
Haveria bode na sala ?
Às vezes penso na "emancipação". Seria a retirada ?

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Maria Cecília Estivallet:

Prezado Marcos,


se me permite às suas palavras eu ousaria incluir
a grosso modo:


A PREVI estica a tábua de mortalidade até 2080
para diminuir nossos rendimentos e


o BB encurta quando nos dá seis anos e meio
de contribuições à CASSI e se livra de 65 anos e sobrevida....


nesta queda de braço os dois lados vencem
e NÓS PERDEMOS !!!!!

Unknown disse...

Marcos,

fecho com eles, liquidam meu seguro e meu empréstimos simples, o que sobrar é meu.

sergioinocencio

Blog do Ed disse...

Essa nossa colega Maria Cecilia Estillavet é muito inteligente. Não é isso mesmo?! Quando interessa alongar a hora a morte, alongam. Quando interessa encurtar, encurtam. É, Marcos, a Constituição Brasileira é do Estado do Bem Estar Social, mas as leis, os regulamentos e os contratos que dirigem a rotina de nossas vidas são inspiradas no Estado do Capitalismo Global. Onde anda o respeito ao direito adquirido, ao ATO JURÍDICO PERFEITO? Agora mesmo, se a mídia merece fé, o Legislativo, na Lei da Bengala, está dando interpretação que resguarda o DIREITO ADQUIRIDO E O ATO PERFEITO DOS JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL! Para eles vale, para nós não?
Edgardo Amorim Rego

idevanio disse...

Ué, mas o ES já não tem seguro "Causa Mortis"

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Caro Marcos Cordeiro,
Parabéns por sua visão realista dos eventos ocorridos recentemente. E ainda tem os que acreditam nas boas intenções dos que se revezam na direção da nossa Previ.
Vivenciamos, nestas últimas décadas, pelos inegáveis fatos, promessas vãs e, de modo geral, um crescente arrocho nos benefícios e aumento nas contribuições.
Abraços,
Norton