sexta-feira, 5 de junho de 2015

Revista DIREITOS da AAPPREVI - Nº 19.




EDITORIAL

Marcos Cordeiro de Andrade

A saúde da CASSI vai mal e ela agoniza à falta do remédio adequado. Dos males que a afligem o pior deles é a má gestão de forma continuada. É certo que há outros vetores malignos, mas a entrega do comando central à nomeação do patrocinador dá margem ao que se vê.  Mesmo com a promessa de que a medicação certa está a caminho, os associados não podem se deixar vencer pela errônea prescrição do Banco do Brasil que quer aplicar a fórmula mágica da irresponsabilidade para a esperada cura. Prescrição essa que inclui desligar os aparelhos que mantêm a nossa Caixa de Assistência sobrevivendo. Cabe então aos que são aceitos como negociadores na questão ficar atentos sem se deixar ludibriar. Basta ter em mente que em termos de negociações com aposentados e pensionistas oriundos dos seus quadros o Banco do Brasil não é confiável. Nesse ponto, é bom lembrar o acordo de 24/11/2010 onde o também patrocinador da PREVI assinou e não cumpriu um Termo de Compromisso com aval do governo (leia-se Ministérios do Planejamento e da Fazenda).

Como agravante da suspeição, temos presente a proposta do Banco que tem como carro chefe a retirada do patrocínio em troca do aporte de verba alocada em seus balanços, suficientes apenas para manutenção do plano por mais 6/8 anos. E depois disso os aposentados e pensionistas terão que arcar com tudo sozinhos causando a extinção definitiva da CASSI.

Outro destaque que põe em alerta o lado de cá – associados da CASSI – é o fato de que os plenipotenciários negociadores do lado do Banco não sentirão falta da CASSI. Eles mesmos já cuidaram de assegurar salários da ordem de 50.000 reais mensais garantidores de aposentadoria compatível, complementada pela PREVI mesmo sem contribuir adequadamente para usufruir desse benefício. Para eles mais importa agradar aos seus patrões do que garantir continuidade da assistência aos aposentados e pensionistas - portadores de benefícios previdenciários de um único dígito, na maioria dos casos.

Alerta, portanto, aos que forem aceitos pelo patrocinador a figurar como negociadores em nome dos aposentados e pensionistas.

DIGAM NÃO às indecentes e aviltantes cláusulas da proposta divulgada.

DIGAM NÃO à hipótese de consulta plebiscitária.

Entendam que foram chamados como representantes de TODOS os sócios das 35 Entidades que representam e, assim sendo, não precisam consultá-los para corroborar assinatura de resultado lesivo aos seus interesses. Ou defendam acordo digno, com garantia de cumprimento, ou retirem-se da negociação com os olhos voltados para o caminho do Judiciário. Lembrem-se, basta a ausência da assinatura de UMA das partes para invalidar qualquer acordo.

Por favor, não se dobrem por preço algum - SALVEM A CASSI.



Curitiba (PR), 05 de junho de 2015 – www.revistadireitos.com.brwww.aapprevi.com.br

2 comentários:

Anônimo... disse...

Marcos,

Esplêndido..., sei que você não é formado em Medicina, porém, acaba de emitir a receita primeira e urgentíssima para cura desta doença que tomou conta de nossa CASSI.

Quiça estes pacientes indicados na receita façam uso deste medicamento, que na verdade é a vacina, os associados não serão inoculados por este mal e não precisaremos imunizar a CASSI do contágio BB/CUT/SINDICATOS/PT.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Extraído do site da AAFBB:
Publicação: 8/6/2015
Cassi tem nova rodada de negociação

Em nova reunião de negociação, entidades reafirmam premissas e questionam fundamentos da proposta do BB para a Cassi



Foi realizada na segunda-feira, 8 de junho, no Rio de Janeiro, nova reunião de negociação entre o Banco do Brasil e as entidades de representação dos funcionários, da ativa e aposentados.

Os negociadores que representam os associados comentaram que têm debatido as questões que envolvem a sustentabilidade da Cassi com seus representados e que vários pontos têm sido questionados.

Inicialmente, foi colocado ao BB que os consensos firmados na mesa de negociação na reunião do dia 19 de maio têm ampla aceitação entre os associados da Cassi: concordância com a proposta apresentada inicialmente pelos dirigentes eleitos da Cassi, que prevê a implementação plena do Modelo de Atenção Integral à Saúde; garantia de cobertura para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas; e co-responsabilidade entre BB e associados. Também foi lembrado ao BB que, para os representantes dos associados, a solidariedade é uma premissa fundamental.

Neste contexto, os negociadores dos associados argumentaram que a proposta apresentada pelo BB na reunião passada traz alguns ingredientes que dificultam a construção de uma solução para a Cassi. A principal delas é o risco de os aposentados ficarem sem a devida cobertura em relação à saúde com a completa desvinculação do BB após o repasse dos valores provisionados como compromisso pós-laboral no balanço do BB. Uma evidência disso, segundo os negociadores dos associados, é a proposta do BB de que eventuais déficits futuros sejam rateados apenas entre os associados. Também foram questionados os dados que embasaram a proposta do BB.

Diante de inúmeras indagações feitas pelos diversos integrantes da representação dos associados, o BB reiterou que não tem nenhuma intenção de abandonar os aposentados. Diante da solicitação dos integrantes da mesa, deixou aberta a possibilidade de que as entidades representativas dos funcionários que participam da negociação chequem os dados apresentados pelo Banco, inclusive contratando consultorias de sua confiança, se for o caso.

O BB também se comprometeu a estudar adendos à proposta já apresentada, no sentido de resolver algumas das questões levantadas pelos negociadores dos associados.

Entre os estudos que o Banco ficou de fazer estão melhorias no percentual de 0,99% que seria acrescido à contribuição mensal dos ativos; possibilidade de o BB investir recursos na implementação das medidas estruturantes, estimadas em 150 milhões de reais; possibilidade de o BB participar do rateio de eventuais déficits futuros; possibilidade de o BB retirar de sua proposta a obrigatoriedade de, no eventual rateio de déficits futuros entre os associados, levar-se em conta critérios como faixa etária, grupo familiar (dependentes) ou utilização no período do déficit.

Os negociadores que representam os associados deixaram claro que a busca desses dados não representa compromisso em aceitar a proposta do Banco, mas que eliminar essas dúvidas é fundamental.

A próxima reunião ficou previamente agendada para o dia 19/6, em Brasília.
(Fonte: Site da AAFBB).