terça-feira, 17 de março de 2020

PREVI - Salve os seus idosos



PREVI – Salve os seus idosos

Curitiba (PR), 17 de março de 2020.

Carta enviada à PREVI nesta data.

Senhor Presidente.

Não é exagero dizer que o momento por que passa a humanidade se situa no âmbito de verdadeira calamidade envolvendo a saúde como um todo. Tudo por conta do ataque do novo Corona vírus que não respeita fronteiras para sua disseminação com rastro fatídico, agindo como doença letal para os afetados menos resistentes imunologicamente.

Mesmo assim, pedimos tranquilidade aos nossos sócios e demais participantes da PREVI, acrescentando que não há motivo para pânico ou desespero. O fenômeno é passageiro, embora não se conheça o tempo necessário para ser debelado. A China, origem da crise e maior incubadora de infectados, já ultrapassou a curva ascendente da contaminação, caminhando agora para a normalidade - espera-se.

No entanto, adotar medidas profiláticas e disponibilizar condições é imprescindível para restringir o caminho que o vírus segue em velocidade alarmante.

Sabe-se que a doença atinge todas as faixas etárias em escalonamento ilógico, porquanto os grupos de risco mais propensos a contrair o vírus se situam nos dois extremos da vida humana - crianças e idosos. E recai sobre os idosos as maiores probabilidades de infecção, estimando-se comparativamente que o índice de mortalidade dos afetados no contingente atinge o maior percentual entre todas as faixas.

Por conta disso, há determinação expressa dos meios sanitários responsáveis para que esses idosos sejam mantidos em isolamento adequado como prevenção à infecção. Consequentemente, a postura pesa no aspecto financeiro exigindo comportamento assistencial condizente também nesse sentido.
Como é extensa a lista de providências saneadoras indicadas, para o presente e para o futuro, fixemos a atenção na situação em que se encontra nosso País, enfatizando a preocupação na defesa do maior contingente tido como mais vulnerável que são os idosos.
Por isso as Autoridades estão ensejando processos preventivos de ordem econômica direcionados à população de baixa renda, principalmente idosos e desempregados. Entre os atos do Governo anunciados estão:

- Antecipação da primeira parcela do 13º para abril, e para junho, a segunda;
- Liberação de parte do FGTS proximamente;
- Incremento do Empréstimo consignado aumentando valores e prazos a juros menores;
- Abono salarial emergencial por conta do PIS.

Deste modo, julgamos que é chegada a hora de a PREVI honrar a afirmação de que age “de forma a contribuir para a qualidade de vida dos associados e de seus dependentes”.

No entendimento de que a situação ora vivenciada exige tratamento diferenciado daquilo que se suporta no cotidiano, urge que a PREVI adote postura determinante em direção ao aporte de novos recursos para os aposentados e pensionistas, assistidos de modo geral, dando condições para enfrentar as dificuldades ora aumentadas, de modo a conseguir sobreviver aos efeitos nocivos da pandemia em curso.

Seguindo o exemplo das autoridades governamentais que rapidamente superaram a mecânica burocrática a que estão subordinadas, cremos que deve a PREVI se amparar na soberania para cuidar de determinados assuntos em época de crise (mesmo aqueles que dependam de enquadramento estatutário), para agir com a presteza que a situação exige. Deste modo, melhor será que a PREVI se antecipe e adote expedientes ao seu alcance para salvar os “seus velhinhos” da precoce morte anunciada. Garantindo também imunidade ao seu patrimônio, antes que a assistência financeira requerida seja determinada “por decreto” governamental para uso do dinheiro dos Fundos saudáveis com destino à superação da crise.  Face à momentânea carência de recursos do Tesouro, o risco é real e o recurso, factível (lembrando o confisco da Poupança). Sabe-se que o Governo para fazer cortesia com o chapéu alheio não precisa nem consultar o Corpo Social.

Com esse direcionamento ousamos sugerir medidas de cunho emergencial, para disponibilizar recursos financeiros destinados ao enfrentamento da situação surgida, tais como:

1 - Antecipação do pagamento de parte do pecúlio em vida, antes que a pandemia cobre seu tributo obrigando a CAPEC a pagar o pecúlio em larga escala aos seus “escolhidos”. Aí o pagamento será integral e imediato (sem direito a recurso);

2 - Conceder abono benefício emergencial;

3 - Melhorar as condições do ES de modo que TODOS os assistidos tenham direito a contrair novos mútuos independentemente da condição atual, ou, de outro modo:

a) Liberar um novo ES no montante disponível – aumentando os prazos e desprezando a exigência de MC (como fez o Governo em relação ao Consignado);

b) Instituir uma modalidade de empréstimo garantido pelo pecúlio vigente (à parte o enquadramento na MC).

Contando com sua concordância e providências instituidoras, renovo meus respeitos e consideração.

Atenciosamente,

Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8
Presidente da AAPPREVI

20 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Certeiro no alvo caro Marcos Cordeiro.


Pleito mais que necessário, oportuno e resolutivo.


Apoiamos integralmente a iniciativa.


Abraços.
Andretta






Andretta, Antonio Roberto - Curitiba - PR

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Marcos,


Parabéns pela colocação.
Eu diria além do mais, que para ajudar os idosos, a PREVI suspendesse a cobrança do empréstimo simples, pelo tempo que durar essa Pandemia., ajudando substancialmente os associados.
Um grande abraço.




Fernando Alípio da Silva Otero Seabra

rafa disse...

Louvável atitude do nosso presidente, mais uma vez. O problema é a teimosa surdez conhecida da Previ. Vejam. Se o nosso fundo tiver alguma possibilidade de espirro daqui a um ano, a PREVI de forma urgente invoca itens e parágrafos do que lhe for conveniente e DECRETA fim de BEP, reinstitui cobrança de contribuição, nega tudo o que pedir etc. Então, invocando o princípio da solidariedade ENTRE A PREVI E SEUS ASSOCIADOS ( somos farinha do mesmo saco ), agora os assistidos estão ( grande parte ) necessitando de ajuda. E cuidado ao pedir ajuda ao governo: se mostrar que a Previ está muito bem das pernas, vai aumentar o olho gordo dele sobre os R$ 200 bilhões para pagar "marajás".
Já disse isso várias vezes: o discurso para usar nossas reservas é muito fácil.
Previ: aproveite a triste oportunidade e faça algo em benefício de quem realmente faz jus.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Caríssimos(as) colegas e amigos(as) do BB,

Desde 02 de março de 1957, sou associado da PREVI e da CASSI (63 anos), Mar.5.320.820-X. As rugas estampadas no rosto, testemunham o peso dos 83 aninhos bem vividos, temperados com intuição e que sob a proteção Divina, me permitiu a oportunidade de ocupar, na empresa, muitos dos seus postos hierárquicos, com exceção da Presidência, embora tenha sido chefe de gabinete da mesma, o que me deixa muito à vontade, para proclamar, alto e bom som, de que concordo em gênero, número e grau, com o texto contido no e-mail abaixo, de autoria do experiente Marcos Cordeiro de Andrade, Presidente da AAPPREVI, cuja carta foi endereçada ao Exmo. Sr. Presidente da PREVI. Cordialmente, BEZERRA. & nbsp;

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


José Lentini de Almeida:

SALVE, CARO COLEGA E AMIGO MARCOS CORDEIRO. PARABÉNS PELA INSPIRADA E PROFUNDA E NECESSÁRIA COLOCAÇÃO!!!

Jb disse...

A RESPOSTA TEM QUE SER IMEDIATA MEDIANTE A SITUAÇÃO CRITICA.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Boa tarde, colegas!


Muito boa e emergencial a atitude de vocês! Que sirva de exemplo para as outras associações.
Muito obrigada!
Att,
Nadja Costa

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Sr. Maarcos
Congratulo-me com a sua louvável iniciativa e fica aqui a
minha admiração pela sua pronta preocupação com os
provectos da nossa Caixa.


Saudações


Shinitiro Shima
Curitiba-PR

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Carlos Henrique Neves.

Acredito pouco que a Previ venha a fazer algo. Os seus dirigentes só pensam em se promover com superávits à custa dos associados. Quiçá a Previ ao menos suspenda a cobrança de empréstimos e conceda redução provisória nos recolhimentos ao plano.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Celso Fernandes.

Bela iniciativa. Parabéns Marcos.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Prezados,


O sr. Marcos Cordeiro de Andrade está de parabéns por suas colocações e reivindicações.
Concordo plenamente com ele.

Atenciosamente,

Marcus Antônio Pires Bortoloti

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Agradeço, e muito, a preocupação do nosso colega Marcos Cordeiro, presidente da AAPPREVI. Em cobrar e reivindicar medidas emergenciais para que a nossa PREVI venha adotar, de imediato, soluções "financeiras" para ajudar "nós todos" associados. Afinal de contas, "nós " somos os verdadeiros "donos " da PREVI. Muito obrigado colega Marcos.
Um abraço. Rui Lisboa.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Antonio Marcos.
Parabéns pela oportunidade das sugestões. O seguro da Capec já deveria estar liberado para os beneficiários há muito tempo.


Unknown disse...

Perante as Dificuldades que Vamos Enfrentar Foi a Melhor Notícia Que Recebi . Vamos Aguardar Ansiosos .
Tânia Ribas.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Pessoalmente não tenho assim tanta necessidade e acredito que também seja teu caso. Mas é por atitudes como essa que te admiro tanto.


Grande abraço


Lauro Cunha

Blog do Ed disse...

Aplaudo a clarividente iniciativa da nossa associação. Diante dos números de falência ora apresentados pela epidemia, até suspeito que a PREVI seja tecnicamente obrigada a rever a expectativa de vida recentemente estabelecida, por excessivamente exagerada. Surgiria,assim, base técnica para um benefício supletivo.
Edgardo Amorim Rego

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Excelente iniciativa, porque até agora a Previ está se fazendo de muda. Permito-me sugerir também outra medida, qual seja, a suspensão dos pagamentos do ES por um prazo de três, quatro ou mais meses.


Manoel de Oliveira Rosa
Joinville - SC

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Caros Amigos,


Recebo diariamente mensagens em minha caixa de E-mails,de todas as mensagens, somente uma percebo que solicita 'a PREVI algumas providencias para ajudar os idosos associados, trata-se do colega MARCOS CORDEIRO da AAPPREVI.
Os demais só querem saber de eleição e não estão nem aí para os colegas necessitados.
Criem vergonha na cara e lutem pela nossas melhorias, e, não somente pela melhoria de vocês, que é isso que vocês querem.
Colega MARCOS CORDEIRO, parabéns pela sua atitude, pessoas dignas tem exatamente esse perfil que nem o seu.
Um grande abraço.


Fernando Alípio da Silva Otero Seabra

Unknown disse...

Já demorou para a previ tomar alguma atitude . Estão quietos demais no meu ver louvável sua preocupação. Me preocupo com todos nesse momento não sabemos até quando isso vai durar .... A previ já deveria ter se pronunciado e se calou .....

rafa disse...

Infelizmente, a resposta da PREVI é a previsível: NÃO.

Suspender empréstimos e financiamentos pode gerar prejuízos à Previ
Em nota divulgada, os dirigentes eleitos afirmam que essa medida provocaria impactos negativos da ordem de R$ 100 milhões/mês na Caixa de Previdência


Uma das medidas adotadas por instituições financeiras, em razão da pandemia do coronavírus, foi adiar o pagamento de empréstimos bancários e financiamentos imobiliários. Em razão desse movimento, os associados enviaram questionamentos para a ANABB solicitando que a Previ também avaliasse a possibilidade de dar uma pausa na cobrança dessas dívidas para seu público.

O entendimento da ANABB é que, neste momento difícil, seria interessante aliviar as contas dos associados, desde que a iniciativa seja pautada com critérios técnicos e financeiros da Previ e, principalmente, não gere impactos no pagamento dos benefícios.

Sendo assim, a ANABB fez a solicitação aos dirigentes eleitos da Previ sobre a possiblidade de uma suspensão temporária nas cobranças do empréstimo simples e do financiamento imobiliário. Em nota divulgada, os dirigentes afirmaram que adiar a cobrança dessas dívidas significaria um prejuízo para a Previ de cerca de R$ 100 milhões ao mês, ou R$ 1,2 bilhão ao ano.

Veja a íntegra da nota divulgada sobre o assunto pelos dirigentes eleitos da Previ:


"​Pagar benefícios de forma segura, eficiente e sustentável é o que nos guia.

Pensando nessa missão criamos uma metodologia na Previ que garante um “caixa mínimo” com liquidez por, no mínimo, seis meses. Ou seja, temos o suficiente para continuar honrando nossos compromissos sem precisar desfazer de ativos.

Em momentos de crise como o que vivemos é fundamental olhar para o fluxo de caixa e ter a certeza de que os associados receberão seus benefícios conforme previsto. Isso garante a todos nós a certeza de honrarmos nossos compromissos, para tranquilidade dos associados.

Por outro lado, sabemos que as empresas terão seus lucros diminuídos e, portanto, pagarão menos ou nenhum dividendo. Os shoppings já estão fechados e, certamente, teremos um aumento da inadimplência e diminuição significativa no fluxo de recebimentos de aluguéis. Ou seja, nos próximos meses entrará um volume menor de recursos para reforçar o caixa da Previ.

Também não é hora de vender ativos, especialmente de renda variável, pois o preço das ações está muito depreciado em função da crise mundial causada pelo coronavírus.

Portanto, suspender as cobranças de empréstimo simples e financiamento imobiliário em favor da Previ, neste momento, significa impactar negativamente ainda mais o caixa da entidade em cerca de R$ 100 milhões ao mês, ou R$ 1,2 bilhão ao ano, num momento em que precisamos ser o mais conservador possível e preservar o caixa.

Assim, a Previ deve priorizar o pagamento dos benefícios a todos os associados e não suspender consignações, o que poderia onerar ainda mais o caixa. Lembrando que a Previ está operando praticamente 100% de forma remota em razão da pandemia, o que torna todos os processos, em especial aqueles processos sensíveis, como a folha de pagamento, ainda mais difíceis de serem executados.”