domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Bode


O BODE NA MAÇONARIA

José Castellani (1937/2004).

Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foram informados que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.
Mas por que bode? Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode nada fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a ideia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas.
Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizerem a seguinte frase a seu superior: - “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala, sabe guardar segredo.
Ir.'. José Castellani
Nota do Blog PreviPlano1 (www.previplano1.com.br):
Caros Colegas,

Este texto, de autoria do Irmão Maçon José Castellani (1937/2004), foi extraído do Blog O Aprendiz, de Walter Sarmento.

2 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


No que diz respeito à agressão gratuita ao Marcos, através de uma fábula, incluindo-se nessa agressão também seus familiares, nada de novo pois se trata do fato do sr. Gilvan ainda não ter conseguido superar não só a acachapante derrota sofrida nas eleições para a AAPPREVI, mas também ao fato de se auto defenestrar pois não mais tinha ambiente não só na associação como junto aos associados. Criada logo após pelo seu grupo uma nova associação, esta também ao que parece não conseguiu decolar. Fica constatado o fato de haver uma grande falta de caráter por parte do detrator. Mais surpreso ainda fiquei da mudança de comportamento de nossa colega ao trazer para o convívio do grupo bb-funcionários o video, de péssima qualidade diga-se de passagem, pois seus antecedentes a indicavam como ardente defensora das agressões que são perpetradas aos aposentados, pensionistas e mesmo funcis da ativa. É uma pena que estejamos vivenciando tais questiúnculas em nosso meio. Omar Fernandes- aposentado

Blog do Ed disse...

Concito todos os colegas aposentados a ler a coluna de Merval Pereira, de hoje, domingo,dia l7 de fevereiro de 2013, em O Globo. É uma apologia da Constituição Brasileira do Bem Estar Social! Ele encerra o artigo citando, mais uma vez, Delfim Neto:"Para ele (Keynes) o homem não nasceu para trabalhar, e tem que encontrar um jeito de viver sua humanidade. A intenção de Keynes é encurtar o tempo do trabalho para liberar o sujeito para viver sua vida. Por isso, foi um defensor do sistema de proteção social - desde o seguro para o desempregado até a aposentadoria."
Edgardo Amorim Rego