domingo, 25 de maio de 2014

Maus tratos contra idosos



Solonel Jr.
Eu gostaria tanto de entender o que é que leva pessoas ditas inteligentes, pessoas que já pertenceram à elite do funcionalismo brasileiro, (assim que éramos vistos em nosso pelo menos) a abandonarem suas esperanças, suas vontades, seus desejos e esperarem que os outros, sempre os outros, resolvam como será a sua vida dali em diante.

Além disso, como deve ser boa a situação financeira destes colegas, mais de 82%, algo superior a 82 mil aposentados e pensionistas que, alheios ao que acontece com seu patrimônio, com os recursos que garantem sua sobrevivência, sentam-se em frente às televisões e choram as mágoas de suas atrizes prediletas nas novelas.

Eles mesmos coadjuvantes de uma novela cujo final se revela de antemão trágico, pois não restará pedra sobre pedra do imenso (já nem tanto) patrimônio da PREVI ao fim dos desgovernos que usam e abusam de nossos recursos em um socialismo barato com o dinheiro alheio, haja vista o que são capazes de fazer para aumentarem o seu (deles).

Está certo, falamos de velhinhos e velhinhas, combalidos, que a cada ano "custam" mais pra viver, as despesas crescem exponencialmente e a CASSI, outrora a outra perna de nossas muletas, nem bengala mais é, com tanta restrição, desatendimento e falsos prejuízos. Será que já lhes faltam garra, discernimento, vontade própria, ou talvez, conhecimento da situação? Ou será que estão realmente bem de vida? Aliás, ao que tudo indica, MUITO BEM DE VIDA.

Onde estão os parentes, dependentes ou não destas pessoas, que assistem à derrocada de seus direitos e nada fazem por seus pais, mães, tios, avós? Isso deveria ser enquadrado (não sei se não) como maus tratos contra os idosos. Na verdade, trata-se disso - MAUS TRATOS CONTRA IDOSOS.

A começar pelos responsáveis (ou não) pela PREVI, devido ás tantas medidas que vem prejudicando aos aposentados, ao longo do tempo.

Não vou aqui defender a minha chapa, a Chapa 2, a que acho ser a única de oposição puro sangue. Mas quero defender o voto. Sim, a participação responsável dos interessados. Pelos próprios ou por representantes seus. Votem contra a minha chapa, mas votem. Se quiserem continuar a ser enganados, votem em Sasseron, se quiserem novos enganos, votem na chapa 1, ou na 3, MAS VOTEM, pelo amor de Deus.

S. Luís (MA), 25/05/14.

Publicado no Blog www.previplano1.com.br
 
Obs. do Blog:
Solonel Campos Drumond Júnior, membro do CONFI da AAPPREVI, não é canditado nesta eleição PREVI 2014, assim como nenhum dos dirigentes da Associação.  

2 comentários:

rafa disse...

Concordo com você, Solonel. É impressionante o desdém e indiferentismo dos aposentados pré-97. Mas para mim isso tem um nome: comodismo, conforto e bem estar, na maioria dos casos. Há mais de 33 anos frequento o Satélite em Itanhaém e Campos do Jordão ... Só carrões, casas ao redor dos clubes etc ... gente que conhece o mundo etc. Trabalhei por 32 anos no BB, sendo os 8 últimos como gerente geral ... na minha cidade tem gerad que se aposentou com apenas 25 anos de BB, na década de 90, hoje com situação financeira invejável, carro do ano etc. Aqueles que um ex-presidente chamava de "marajás" ... Quando penso em abordá-los para falar algo sobre eleições, me olham com o mesmo desdém de quando eu era escriturário e dão de ombros: "Nem me importo com isso, com eleições etc ... estou muito bem e meus proventos estão em torno de 16 mil ... " Sei que tem muitos colegas em dificuldades, mas aqueles grandes, aqueles que idealizaram estatutos de Previ, Cassi, AABB, sempre cobiçados por clubes de serviços, maçonaria, etc, esses estão ainda por cima ... Talvez isso explique um pouco a falta de interesse. Justamente esses colegas, que são proeminentes em todos os campos da sociedade, que detém todas as condições para nos defender, agora se calam ... Peço que "acordem" e nos ajudem, enquanto ainda é tempo ...

Blog do Ed disse...

Sim, Solonel, concordo com você: não temos consciência da necessidade da ação política, de permanentemente lutar pelos nossos interesses comuns. Tenho plena consciência de que, nos meus tempos da ativa, eu nem me preocupava com o valor do salário. Eu formara a convicção de que o BB me daria um bom salário, salário que outro bancário do meu nível não perceberia. Era a mentalidade japonesa de que a empresa seria a nossa família ampliada, de que nela viveríamos até o fim da vida e que, falecidos, o patrão cuidaria de nossa família. Era amentalidade da época, tanto que famoso economista de Harvard escreveu um livro, cujo vaticínio falhou, FACE TO FACE (Cara a Cara), onde, em razão dessa filosofia de trabalho das empresas japonesas, a economia japonesa estava predeterminada a superar a economia norte-americana. Na Inspetoria das Agências do Exterior, uma de minhas tarefas consistia em anualmente rever o quadro de salário dos funcionários do BB, no Brasil e no Exterior, e de propor o novo quadro de salários.
Edgardo Amorim Rego