quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Crias de Gabinetes


 
Marcos Cordeiro de Andrade

Caros Colegas,

Numa época de denúncias cabeludas, levo ao conhecimento dos sócios da AAPPREVI uma condenável prática de quem se acerca de nós querendo se apossar dos nossos “bens”, e dar ordens sem ter autorização do corpo social para fazê-lo. São idealistas de ocasião que somente visam inflar seu magro currículo na defesa de aposentados e pensionistas do BB. Estes, de olho grande no apreciável número de sócios que conquistamos, confundindo-os com votos para satisfazer projetos particulares, se acercam como filiados e, cheios de rapapés, elogios e ofertas de elevadas mensalidades (rejeitadas, diga-se), no momento oportuno mostram suas garras desnudando os verdadeiros propósitos – ganhar eleições com nosso apoio.

É lamentável que assim seja, pois desconhecem do que é feita a AAPPREVI, que ao término do primeiro mandato achou por bem descartar boa parte da Diretoria participante da fundação. Justamente aqueles que, destoando do idealismo do presidente fundador, desviaram-se dos bons propósitos querendo incutir ideias desvinculadas do que pregamos.

Os que assim agem, tanto os de ontem, como os de hoje, tratam-se de elementos que “passaram” pelo BB como carreiristas de gabinetes servidos por água mineral “Perrier”; portando gordos vales alimentação para se alimentar em restaurantes finos; ostentando sapatos de pelica próprios para pisar carpetes especiais e vestindo bem talhados ternos de grifes adaptados à frescura do ar condicionado; portando diplomas conseguidos com frequências nas faculdades facilitadas por seus “chefes”; gozadores de horários à feição para quem não nasceu para o trabalho duro. E cara de pau adequada para fazer de conta que trabalhavam percebendo polpudas remunerações nos cargos comissionados.

Pena que eles nunca quiseram saber como foram feitos os que hoje conduzem a AAPPREVI. Mas eu informo. Foram forjados com aço de outra têmpera e têm orgulho em afirmar que trabalharam no Banco do Brasil – com todas as letras.

Tomando meu exemplo em particular, saibam que não frequentei gabinetes e, ao contrário deles, fiz “carreira” no mato como bicho de quatro patas. No exercício da profissão amiúde tinha como dieta sardinha em lata e água de barreiro, enchendo o bucho de “inofensivas” amebas. Calçava botas de couro cru ou alpargatas de rabicho. Também, na década de 60, a serviço da MOVEC atravessei o rio Paraíba em época de cheia, a pé com máquina de escrever na cabeça, formando fila indiana com outros colegas que igualmente portavam “materiais de expediente” para, do outro lado, no distrito de Pedro Velho, em Aroeiras-PB, atender agricultores pobres levando-lhes a assistência da CREAI. Época em que a nossa jornada de trabalho não era contada em horas, mas em dias fora da sede.

E veem agora, janotas empertigados, exigir que a AAPPREVI dirigida por nós sirva aos seus propósitos com apoio às suas candidaturas – e dos seus apadrinhados – para ocupar cargos nababescamente remunerados em outras Instituições. Somente ainda não se atrevem a postular cargos na AAPPREVI, porque sabem que aqui se trabalha de graça, com idealismo e obedecendo aos mesmos horários de quando funcionários do BB: jornada contada em dias do mês. Aliás, todos os dias, de segunda a domingo, ininterruptamente, faça chuva ou faça sol. Tudo por idealismo não camuflado, voluntariamente, trazendo na alma a satisfação de ter um sono tranquilo (nos poucos momentos dedicados a esse luxo) sem peso na consciência, por sabermos que não exploramos ninguém. E que trabalhamos para os que precisam de uma Associação séria, dirigida por honestos aposentados pobres que tudo fazem para mantê-la a salvo de investidas interesseiras, como a dos caçadores de votos para viabilizar projetos que emoldurem egos desvirtuados. Também por isso lembro que nunca me candidatei a nada além da AAPPREVI, apesar de sempre instado nas eleições CASSI/PREVI. A propósito, sei que os convites egoísticos partem de quem confunde minha pessoa com um baú de votos, Quando, na realidade, respondo apenas pelo meu.

A eles dou um recado. Afastem-se da AAPPREVI que aqui a coisa é séria. Mas, se nosso engrandecimento atiça sua cobiça, não esmoreçam e busquem outros caminhos. Façam como outros fizeram antes e fundem sua própria associação para depois amoldá-la aos seus propósitos condenáveis. E ali, usem o prestígio dos cargos fabricados para alçar voos impossíveis, catapultados por incautos “seguidores”.  Sem esquecer que aqui, e enquanto eu for vivo, ninguém usará a AAPPREVI em proveito próprio - em nenhum sentido.

Marcos Cordeiro de Andrade
Presidente Administrativo
www.aapprevi.com.br  

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 22 de agosto de 2014. www.previplano1.com.br

4 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Prezado Marcos, boa tarde.

Excelente seu texto, sua repulsa, seu pulso e retidão demonstrados.
Mas também, muito enigmático...
Imagino que não poderia, numa exposição como a que fez, entrar em detalhes, declinando os curiosos nomes, os portadores das características objeto de sua batida, rebatida e afastamento.
Fica, então, a curiosidade, a satisfazer, quem sabe... quando melhor puder.


Um @braço.


N A S S E R.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Parabéns meu amigo....
Suas palavras foram bastante oportunas...
Nesse momento temos que tomar esses cuidados, com a intenção de oportunistas...


Nossa AAPPREVI graças a Deus é tudo isso ou mais que vc. falou...


Um forte abraço


MINARI

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


ISSO aí, Marcos Cordeiro! Gostei de seu edital!
Força para a AAPREVI!
Um abraço


Santina

Alan disse...

Parabéns Marcos!!!!
"Tamos juntos" e que Deus esteja com todos nós!!!