sexta-feira, 1 de junho de 2018

Negociação CASSI



NEGOCIAÇÃO BB-CASSI – Jogaram a toalha?
Curitiba (PR), 01 de junho de 2018.

Caros colegas,

As negociações CASSI chegaram ao fim para os associados devido ao desempenho pífio das “lideranças” que falam por nós – mas que se calaram antes da hora. Ficamos órfãos de país vivos.

O BB, comumente taxado de carrasco quando se trata dos assuntos das nossas Caixas, bem que acenou com uma boa base de propostas para discussão. E, como sempre, ofereceu cadeiras à volta da sua mesa para negociação igualitária. Nela sentariam do início ao fim os doutos dirigentes da AAFBB, ANABB, CONTRAF, CONTEC e FAABB, robustecidos por todo poder e pompa que os cargos sugerem devidos. Até que começaram bem as discussões, mas, depois, entregaram o ouro em dispersão como se fora num desfile carnavalesco que se desfaz ao final da apresentação. Com uma diferença, porém. Essa debandada se deu em meio ao cortejo que se comportou sem a seriedade esperada. Daí a triste comparação com um desfile de Momo.
Segundo está registrado no BOLETIM PESSOAL DIREG, de hoje:

 O BB, após quase quarenta dias, apresentou hoje (1º) nova proposta de sustentabilidade para a Cassi, desta vez na própria governança da entidade, depois de aguardar a mesa de negociações para discutir e avançar sobre a proposta inicial. Isso não ocorreu, apesar dos esforços do Banco e das associações.”

Agora virão os conhecidos capetinhas, com seus tridentes em brasa, distribuindo centelhas fumegantes em forma de palavras para atingir o patrocinador. Como de costume, ele será denunciado como prepotente e algoz insensível ao lidar com seus aposentados e pensionistas. Somente porque cansou de esperar pelos “nossos representantes” na mesa vazia em que faltou gente, ou em que não apareceu ninguém – sabe-se lá. Pena que o Banco não deu nome aos bois para podermos fazer cobranças. Até porque todos se melindram quando alguém diz que não reconhece sua representatividade. E, também porque, reconhecidamente há gente séria sendo posta sob suspeição – que precisam justificar o desempenho em razão do Boletim DIREG de hoje.

Ao que consta, os interlocutores que deveriam debater o assunto equilibravam as forças pelas posições assumidas. Nesse equilíbrio, pela história da CASSI, o Banco tem, desde sua fundação, pelo menos 50% da responsabilidade nos seus destinos – seja na bonança ou na miséria. Em vista disso, qualquer um dos outros convidados pode se dar ao luxo de deixar sua cadeira vazia, porque o debate prosseguirá com o restante. Mas, no momento em que esse outro lado não comparece, no todo ou em parte significativa deixando somente o Banco para decidir, claro está que ele tem todo o direito de defender o seu lado com o apoio dos normativos da CASSI. Em razão do que cancelou a participação decisória dos Sindicatos e Associações, como disse:

“Sobre a negociação com as lideranças sindicais e associativas, permanecemos abertos ao diálogo. Entretanto, apenas na forma colaborativa, já que, a partir de agora, a discussão e os eventuais novos avanços sobre a proposta do BB encontram-se circunscritos ao espaço de governança da Cassi.”

Nessa restrição, no entanto, como em todo conclave sério, resta a quem ficou em recuperação figurar como ouvinte nas aulas de Governança Corporativa. Terão muito que aprender – se forem bons alunos doravante.

Por tudo isso, chego a pensar que, se Lima Barreto fosse vivo encontraria aí razões para escrever algo como o Triste Fim de Policarpo Quaresma.

É lamentável que assim seja.

Marcos Cordeiro de Andrade
Matrícula nº 6.808.340-8
- 79 anos -
Associado CASSI desde 15/05/1962

5 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Marcos, Primo Leonel, Macilene e outros a quem endereço no Whatsapp e face-book




Não me ative em toso os aspectos deste comunicado, existem muitos senões (CONTRAF o maior deles). Continuo com a certeza de que a responsabilidades a respeito da manutenção de nossa saúde é compromisso de contrato de trabalho. Se não de todos os atuais empregados e aposentados, da grande maioria, contratada até determinado momento. A partir de então é admissível a diferenciação, a julgar pelos editais dos concursos.




Mas tem algo que me incomodou muito, pela dificuldade que tenho de entender o que diferencia o direito de quem contribui por mais de 40 anos daquele que ainda não completou 10 anos de contribuição, ou menos, ou mesmo menos de 30.




Refiro-me a este trecho:

• Redução do valor adicional cobrado por dependente, do quarto em diante (para ativos) e do segundo em diante (para aposentados)




Diante disso, eu pergunto:

1 - Onde está o tal “equilíbrio de sacrifícios entre ativos, aposentados e patrocinador” citados no item “b” das “• Nas premissas para a mudança da Cassi: “;

2 – Baseado em que princípio os aposentados têm que arcar com mais dependentes do que os da ativa? E note-se que, via de regra, o aposentado já tem menos dependentes, pela idade inclusive.




Um brande abraço e espero que esteja tudo bem com você. E família.



SolonelJr

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


Isa Musa de Noronha 1 de junho de 2018 21:59

Estou na Mesa de Negociações e não fugi e nem deixei de me empenhar - - para formatar uma proposta exequível e que possa se contrapor à do Banco, precisamos de tempo, pois o BB tem todos os dados e nós não - Formulamos um pedido de tempo ao Bb e vamos apresentar dia 5 - nesse pedido estamos propondo algumas medidas para evitar a insolvência da CASSI.
Peço aos colegas que não embarquem na estratégia do banco em desmerecer o trabalho que temos feito com muita dificuldade pois precisamos cavar lá na CASSI os dados que só o bb tem

Postado no Facebook.

edmilson lopes de sousa. disse...

Boa noite, Marcos .O funcionário não deve cuspir no prato em que comeu.Certo.Agora, o BB está quebrando os pratos nas cabeças dos funcionários.O benefício da Cassi não era um atrativo para que ficássemos no Banco?Edmílson em Januária mg.

edmilson lopes de sousa. disse...

Um associado da ativa com 2 dependentes e salário de R$ 5.000 hoje paga R$ 150 à Cassi e passará a pagar R$ 400 (4% mais R$ 108,17 por dependente, limitado a 8% do salário), aumento de 167%. Um aposentado que recebe R$ 7.500 e tem um dependente hoje paga R$ 225, passará a pagar R$ 600 (4% mais R$ 324,51 por dependente, limitado a 8%), aumento de 167%.

Se incluirmos na conta o aumento na coparticipação, muitos associados pagarão até 10% de seu salário.

O banco ainda quer roubar o poder dos associados e implantar o voto de minerva para poder alterar o estatuto e as contribuições à revelia dos funcionários.

Banco dá calote de R$ 450 milhões e quer jogar a culpa nos associados – O BB está omitindo que possui uma dívida de R$ 450 milhões com a Cassi, relativa ao grupo de Dependentes Indiretos. Ele assumiu esta dívida por acordo feito com as entidades representativas em 2008, mas até hoje não pagou.

A diretoria financeira da Cassi, indicada pelo banco, nunca fez a cobrança. A Cassi teve de contratar consultoria para dimensionar o valor exato da dívida, avaliada em R$ 450 milhões. Só o pagamento desta dívida já resolve o déficit atual do plano de saúde. Edmílson em Januária mg.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...


04/06/2018
Ganhe uma segunda chance para revisar seu benefício
Larissa Quintino
do Agora

Os trabalhadores que pediram uma revisão de seus benefícios ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e foram derrotados têm a possibilidade de refazer o pedido à Previdência ou à Justiça Federal se conseguirem reunir novas provas e demostrar que elas não existiam na época em que o primeiro requerimento foi apresentado.

Ao solicitar pela segunda vez uma revisão, usando para isso os mesmos argumentos de um pedido anteriormente negado, é certo que haverá uma nova recusa.

O procedimento existe para impedir sucessivas solicitações sobre assuntos que já foram discutidos.

O entendimento, porém, prejudica segurados que, muitas vezes, levam anos para conseguir um documento antigo, de empresas que já fecharam ou faliram.

Para a TNU (Turma Nacional de Uniformização) dos Juizados Especiais Federais, a apresentação de novas provas permite a reapresentação do pedido judicial.
Fonte: Jornal Agora S. Paulo.