quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FIM DO BET ?




TRANSCRIÇÃO DA MENSAGEM DO COLEGA RUY BRITO

Vamos à luta.

Permitam-me a intromissão para oferecer mais uma contribuição ao debate e um convite à Luta.
Começo por assinalar que a PREVI, notadamente a partir do célebre acordo de 1997, transformou-se no exemplo mais edificante da deformação do sistema de previdência complementar.
Preenche integralmente os três tipos negativos de gestão: má gestão, gestão temerária e gestão fraudulenta. Descumpre fundamentos técnicos básicos do sistema financeiro de capitalização que adotou a partir de 1980, lesando os aposentados.
Confira-se o que acabo de afirmar.
Alguns exemplos de má gestão/gestão temerária/gestão fraudulenta: elevação de 2%, para 5% da taxa de administração a partir do acordo de 24.12.97, onerando desnecessariamente os participantes, porque para pagar o aumento da remuneração dos dirigentes da previ, eleitos e nomeados; não devolução intencional das contribuições patronais aos pedevistas; omissão ante os atos ilegais do diretor fiscal, que dilapidaram o patrimônio do plano 01 para dar dinheiro ao banco. Do que são exemplos a implantação da paridade contributiva; a omissão criminosa frente as tão ilegais quanto fraudulentas modificações estatutárias feitas a golpes de cúpula pelo interventor da previ em 2002, a exemplo da que extinguiu o Corpo social, transferindo suas atribuições para o Conselho Deliberativo e dando ao banco o controle absoluto desse Conselho; a transformação da previ, a partir da gestão sergio rosa, em uma máquina de gerar superávit, para capitalizar o banco, começando com a tentativa de não reajustar os benefícios pelo IGP-DI, seguida pela substituição desse indexador pelo INPC, e pela adoção de avaliação pelo critério de valor econômico das ações com direito a participação no mando, não negociadas em bolsa; a adoção da prática de celebrar acordos e plebiscito sem validade jurídica, para encobrir as decisões do Conselho Deliberativo que aprovaram a reversão de valores em favor do banco, como conditio sine qua para a criação do renda certa e do BET; os investimentos mal planejados, ou sem planejamento, ou feitos por conveniências políticas, com prejuízos de bilhões ao patrimônio do plano 01, sem que os responsáveis, incluídos nossos “representantes”, sejam punidos. São exemplos o do hospital Umberto primo o da Costa de Sauípe. do parque temático de aparecida, a compra de ações do BB por preço de cerca de 50% acima do mercado; pagamento de salários milionários aos dirigentes da previ, eleitos e nomeados, incluindo outras vantagens como esmolão, e aposentadorias integrais, sem contribuição correspondente e até sem pagar contribuições aos “estatutários”, começando pela diretoria do banco, e pelos dirigentes da previ e da Cassi, eleitos e nomeados. Tudo a margem da lei e ate contra a lei.
Acrescente-se a tudo isso a imposição lesiva aos aposentados, que é a cobrança de contribuições. Sim. Porque, tecnicamente, no regime financeiro de capitalização, o participante, enquanto ativo, verte contribuições acima do necessário para que a parte excedente seja capitalizada e destinada a formar a reserva técnica garantidora do pagamento de seu benefício Por esse motivo, no regime financeiro de capitalização o participante deixa de contribuir a partir da data em que se aposenta. Sim. Porque a reserva garantidora do pagamento de seu benefício já está constituída.
Finalmente, mas não por último.
O legislador considera como anomalia a ocorrência de déficits ou superávits por mais de 3 anos consecutivos.
Se há déficits a causa pode ser má gestão, gestão temerária, ou gestão fraudulenta.. Apura-se a causa e se efetua a revisão do plano para sanar o mal.
Se há superávit, a causa pode estar em contribuições excessivas ou na subestimação do valor dos benefícios. Apura-se a causa e se efetua a revisão do plano.
Na hipótese de superávit, com reserva especial, a revisão do plano deve corrigir a causa e criar benefício especial transitório, em separado do valor do benefício, até a absorção do total da reserva existente. A hipótese de “melhoria de benefícios” não pode ser adotada porque a melhoria se incorpora ao valor do benefício e se torna permanente.
Na definição magistral do especialista Sergio D!Andrea o Patrocinador não tem direito de participar a utilização da reserva especial porque além da isenção fiscal, repassa a terceiros o valor de sua contribuição. E patrocinador e não beneficiário; beneficiários são os participantes e assistidos.
Para terminar, vale lembrar que as grandes transformações da história foram motivadas por causas econômicas e contra formas de espoliação. A magna carta da Inglaterra, que acabou com o absolutismo o rei João sem terra, foi um movimento dos proprietários de terra. A revolução francesa, que aprovou a primeira declaração universal dos direitos do homem, foi uma reação do povo contra os impostos escorchantes e a excessiva pompa perdulária da monarquia; a guerra de independência dos Estados Unidos foi contra o imposto do chá cobrado pela coroa britânica; a inconfidência mineira foi contra a derrama, do imposto dos quintos sobre o ouro extraído da minas.
Falta a revolta contra o confisco descarado do patrimônio do Plano 01.
Mas, esta não virá, enquanto a massa for mantida à distância da gestão do fundo, e continuar mal informada, por isto mesmo alienada em relação ao confisco que lhe é imposto. E os colaboradores da corte, subornados pelo rei, continuarem se servindo das benesses como prêmio por sua traição.
Um abraço do Ruy Brito.

3 comentários:

edi disse...

E o que se faz pra mudar? Temo que no regime ditatorial, pouco ou nada. Acredito no entanto que uma manifestação de todos, com intervalo de tempo razoável para que possamos nos dirigir, por qualquer meio de locomoção barata, até a porta da Previ e fazer pressão, caso contrário estaremos até o fim de nossos dias, ou da Previ, apontando o que de errado existe e ficamos nisto. Geriu mal a empresa? Punição pra eles. Somos mais de 100 mil dependentes do Plano 1, então unidos temos poder, sim.

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

Texto recebido por e-mail gentilmente encaminhado pelo Colega Ronaldo Carvalho.

Extraído do Blog do Medeiros.

A palestra da Celia Laricchia na AFABB-RS, ontem, à tarde, a exemplo de Ruy Brito, foi coroada de sucesso. O auditório estava novamente cheio de associados, ansiosos para receber as informações trazidas pela nossa representante eleita no Conselho Deliberativo da PREVI.

Estavam presentes diversas personalidades do funcionalismo do BB, ex-superintendentes regionais, como Leonidas Maia Albuquerque, Jaime Mayer, Scarton, Odylo Tirelli, vice presidente da OAB-RS, delegado e gerente da Cooperforte, coordenador do conselho de usuários da CASSI, presidente do conselho da AABB-POA, Luiz Dalton, ex candidato à PREVI pela Semente da União, e tantos outros. Era, sem dúvida, uma platéia seleta e numerosa.

Celia Laricchia centrou sua palestra em torno do teto de benefícios, resultados da Previ neste exercício, suspensão do BET e retomada das contribuições, empréstimo simples, P-220 e reivindicações das pensionistas.

Sobre o teto de benefícios Celia informou que os conselheiros eleitos registraram na última reunião do conselho sua indignação pelo fato da PREVI não cumprir a determinação da PREVIC favorável à implantação do teto estipulado em 2008, que era de 28 mil e atualmente estaria em 33.000. O BB solicitou novo parecer da AGU e prazo de 90 dias. Celia acha que a PREVIC assim que receber o parecer da AGU vai endurecer e mandar cumprir o teto já aprovado. Nessa parte de sua palestra ela permitiu os apartes do colega Elias Umpierre, que revelou estar inconformado com essa situação que privilegia mais de uma centena de dirigentes.

Depois falou sobre os resultados do atual exercício, informando que em setembro o resultado negativo era de cerca de 2 bi e 600 milhões. Em agosto era de cinco bilhões, portanto já houve uma melhora. Se o exercício fechar negativo o BET não se sustenta, mas Celia acha que é cedo para se chegar a uma conclusão tão negativa. A bolsa dá sinais de melhoria e existe ainda o resultado do exercício anterior, de um bilhão, que pode ser utilizado, além de operações como a dos bônus, que foi aplicada no ano passado. Em sua opinião, deve ser cumprido o acordado no memorando de entendimentos que previa o BET até final de 2014.

Continua na PARTE II

Marcos Cordeiro de Andrade disse...

PARTE II - Final

Sobre empréstimos simples falou que em outubro ocorrerá a revisão e que o limite deverá ir para cento e trinta mil reais, mas se colocou a disposição para lutar por melhores condições no conselho e solicitou estudos e sugestões nesse sentido por parte da AFABB RS.

E sobre as pensionistas ela se referiu que é simpática à causa do aumento do índice das pensões e que assim que a conjuntura melhorar continuará lutando a favor delas.

A palestra da Celia foi abrilhantada pelos pronunciamentos do ex superintendente Leonidas Maia Albuquerque, que falou sobre o projeto do deputado Paulo Bauer contra a resolução 26 e pelo colega Luiz Dalton que apresentou diversas ponderações a respeito do posicionamento nefasto do Banco do Brasil perante a Previ, que deixou de ser um patrocinador para se transformar num mero apropriador indébito dos nossos recursos no fundo.

Celia prometeu voltar à AFABB RS mais vezes especialmente quando tiver notícias boas para transmitir aos associados, tendo conquistado o auditório com sua serenidade, simpatia e competência no trato dos assuntos que abordou.

Postado por Medeiros às 10:59 no site http://medeirosrs.blogspot.com.br/