terça-feira, 6 de novembro de 2012

A montanha pariu um gambá



Caros Colegas,

A indignação e a revolta andam de mãos dadas nesta noite de terror fabricado. Mais uma vez a juventude transviada dos que detêm o poder nos tronos da PREVI agiu com parcimônia. Também, esperar o quê? Eles são os guardiões da fortuna ajuntada por uma malta de irresponsáveis velhinhos trambiqueiros. Desocupados, cuja função na vida é engendrar meios de estraçalhar o dourado patrimônio do maior fundo de Pensão da América deste lado de baixo do Globo.

E agora velho idiota - eu, no caso - o que fazer das esperanças alimentadas pelos blogs inconsequentes e seus escrevinhadores idem? Como cobrar dos videntes de rabo de cornucópia todas as promessas feitas e que não lhes eram permitidas fazer?

Como sobreviver ao refluxo da maré de detritos que se empurrou com a barriga até hoje, data magna da enganação? E amanhã, como será? Como dizer ao neto que a promessa feita está desfeita? Como encarar a magra proximidade do Natal? Como pagar ao Genro a dívida que teve seguidos vencimentos flutuando ao sabor de promessas vãs? Como voltar a dormir sob o manto de um desamparo maior? Como lembrar que já foi gente se os que te iludiram provam que já não és mais nada?

Nada mudou, apesar das expectativas. Mas mesmo sem mudanças tudo ficou pior. Como se pior do que já é ruim fosse possível acontecer. Mas pode, o impossível sempre é possível para os desavergonhados que brincam com o destino dos velhos. A Lei de Murphy mais uma vez se faz presente. Graças aos blogueiros videntes e prestidigitadores da credulidade dos endividados tudo daqui em diante será insuportável – ou “mais pior” do que já era.

Amanhã será outro dia! Sim, mas com certeza pior do que o de hoje. Pois amanhecerá sem a busca por notícias no site da PREVI, que já chegaram. Palpáveis, trazendo prenúncio de desgraça por conta dos nababos, nutridos de forrados bolsos que zombaram da nossa condição de necessitados das migalhas que eles refugam – e prometeram o que estava ao alcance daqueles cujos jovens sacos vivem a babar.

Fazer o que? Somos velhos. E como tal devemos ser tratados.

Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR), 06 de novembro de 2012.

13 comentários:

Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Anônimo... disse...
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MM disse...
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Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Pedro Borges disse...
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Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Marcos Cordeiro de Andrade disse...
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Julita disse...
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carlosdomini disse...
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Anônimo disse...
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